31.08.2008 - BUENOS AIRES.- O Arcebispo de Santa Fé da Vera Cruz (Argentina), Dom José María Arancedo, lembrou que "somos cristãos na medida que vivemos deste encontro com Jesus Cristo "e não quando levamos o nome como uma etiqueta.

Depois de assinalar que "se Jesus Cristo passar a ser mais uma idéia junto a outras, se eu não chegar a uma opção pessoal, é sinal que ainda não me encontrei com ele", o Prelado sustentou que o encontro com Ele não significa que se "adie ou anule outras relações ou pessoas" mas sim "pelo contrário, sua presença as ilumina, purifica e preserva".

"Há um modo cristão de viver todos os aspectos da vida, seja pessoal, social, trabalhista ou político" e é "o encontro com Jesus Cristo, que me leva à conversão" e "implica um não decidido a tudo aquilo que se opõe ao Evangelho", assegurou em uma recente entrevista radial.

Do mesmo modo, o Arcebispo de Santa Fé precisou que é no "diálogo com o Senhor, e na resposta que dermos, joga-se o central da vida cristã", por isso como loembrou o Papa Bento XVI em Aparecida "não se começa a ser cristão por uma decisão ética ou uma grande ideia, senão pelo encontro com um acontecimento, com uma Pessoa, que dá novo horizonte à vida e, com isso, uma orientação decisiva".

"Somos cristãos na medida que vivemos deste encontro com Jesus Cristo", e este encontro "não é um adjetivo a mais, algo exterior que usamos, não é uma etiqueta, senão que deve chegar ao mais profundo de nossa vida para que seja verdadeiramente um princípio de mudança e vida nova", adicionou.

Em outro momento, Dom Arancedo indicou que a Jesus somente se lhe encontra "onde ele e como ele quis ficar" e o indica claramente ao final do relato do Evangelho quando logo depois da confissão do Pedro lhe diz: ‘Você é Pedro e sobre esta pedra edificarei minha Igreja’, quer dizer só na Igreja católica.

A Igreja "é lugar de encontro com Jesus Cristo, onde ele permanece vivo através de sua Palavra, a oração, os sacramentos, a mesma comunidade da qual formamos parte", asseverou.

Fonte: ACI

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Lembrando...

Responda: Você também é um católico apenas de etiqueta?

25.07.2006 - Arcebispo esclarece a católicos de "etiqueta" que se opõem a ensinamentos da Igreja.

BUENOS AIRES .- O Arcebispo de La Plata, Dom Héctor Aguer, pediu aos argentinos que não se confundam com aqueles políticos ou funcionários que colocando a etiqueta de "católico" discordam publicamente dos ensinamentos fundamentais da Igreja.

No programa televisivo "Chaves para um mundo melhor", o Arcebispo explicou que com freqüência, "pessoas que têm uma atividade pública relevante, políticos ou funcionários", costumam dizer: "Eu como católico respeito a opinião da Igreja mas não estou de acordo com ela".

Segundo Dom Aguer, "não se referem a opiniões como pode ser a de um bispo sobre uma junta social ou econômica, um problema cultural. Mas bem se referem ao ensinamento oficial da Igreja sobre matérias de muito peso como pode ser a ordem familiar, o matrimônio, a educação sexual, o aborto, a esterilização cirúrgica e outros temas".

O Arcebispo advertiu que se pode "receber com cordialidade e agradecimento que um agnóstico, um judeu, um muçulmano ou qualquer pessoa que não pertence a nossa confissão de fé diga isso. Neste caso essas afirmações seriam um sinal cordial de respeito à opinião da Igreja porque para eles é uma opinião".

"Mas que alguém diga ‘como católico’ e se manifeste contrário ao ensinamento oficial da Igreja e, muitas vezes, a ensinamentos pronunciados com grande solenidade que indicam que nenhum católico pode dizer que não está de acordo, quer dizer que há uma grande confusão sobre como se usa o nome de católico", esclareceu.

Dom Aguer questionou por que "nesses casos se aplicam essa etiqueta. Podem ser pessoas que terão recebido o Batismo na Igreja Católica, que possivelmente receberam sua instrução catequética na infância e fizeram sua Primeira Comunhão mas que, agora, nem pensam nem sentem como católicos. Por isso é que consideram o ensinamento da Igreja em matérias de grande importância como uma mera opinião".

Diante desta situação, pediu "um laicado comprometido com a realidade social, econômica ou política da vida da Nação que pense verdadeiramente como católico. Que procure, segundo as normas que regem nosso sistema republicano, que essas verdades -que são muitas vezes verdades da ordem natural e têm que a ver com a ordem básica da sociedade- possam chegar a entrar em plena vigência entre nós".

Do mesmo modo, considerou que "ainda fica muito por compreender sobre qual é a obrigação de um católico que atua na vida pública de pensar e de manifestar-se verdadeiramente como católico".

"O ser católico é não fazer-se eco da opinião geral ou acomodar a verdade às conveniências políticas do momento. Trata-se de dar testemunho com plena coerência do que crê e o que pensa procurando que isso ilumine a vida da sociedade", acrescentou.

Fonte> Aci Digital