Derretimento no Ártico atingiu nível crítico, dizem cientistas


28.08.2008 - Cientistas americanos advertiram que a área coberta de gelo no Ártico se reduziu a seu segundo menor nível desde o início dos registros por satélite, há 30 anos - o pode indicar que o derretimento chegou a um nível em que seus efeitos começam a se tornar irreversíveis.

O derretimento este ano foi medido mais cedo que o normal. Por isso, os cientistas acreditam que a área pode diminuir ainda mais, para uma superfície menor que a registrada em setembro do ano passado, a menor já registrada.

"Podemos muito bem estar em uma rápida trajetória rumo a superar um ponto sem volta", disse o cientista sênior do Centro Nacional de Monitoramento de Neve e Gelo (NSIDC), no Colorado, Mark Serreze.

Em 26 de agosto, a área coberta de gelo do Ártico media 5,26 milhões de quilômetros quadrados. Em 2005, foi registrada uma área coberta semelhante, de 5,32 milhões de quilômetros quadrados.

No recorde de derretimento, registrado em setembro de 2007, o gelo cobria apenas 4,13 milhões de quilômetros de quadrados. A título de comparação, a extensão de 1980 era de 7,8 milhões de quilômetros quadrados.

A maior parte da cobertura atual consiste em uma camada relativamente fina de gelo, formada durante um só inverno e que derrete mais facilmente que o gelo formado ao longo de muitos anos.

Verões sem gelo

Independentemente de o recorde de 2007 se manter ou ser quebrado nas próximas semanas, a tendência no longo prazo é evidente, dizem os cientistas: o gelo está declinando de forma mais acentuada que há uma década, o que transformará progressivamente o Ártico em uma região de mar aberto durante o verão.

Uma previsão feita há alguns anos estimava que até 2080 o verão ártico se caracterizará por ser uma estação sem gelo. Posteriormente, modelos de computador começaram a antecipar as datas para algo entre 2030 e 2050; hoje, alguns cientistas crêem que isto pode ocorrer dentro de cinco anos.

Um fenômeno que trará novas oportunidades, incluindo a chance de explorar petróleo e gás na região. A queima deste combustível elevaria o nível das emissões de gases que causam o efeito estufa na atmosfera.

A ausência de verões gelados no Ártico teria impactos locais e globais. A imagem do urso polar em busca de gelo já é familiar; mas outras espécies, como focas, também sofreriam mudanças em seu hábitat, assim como muitos habitantes do Ártico.

Globalmente, o derretimento do gelo ártico reforçaria o fenômeno do aquecimento, já que águas abertas absorvem mais energia do sol que o gelo.

Fonte: Terra notícias

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Lembrando...

Pólo Norte pode ficar sem gelo no próximo verão

28.06.2008 - O Pólo Norte pode perder seu gelo neste verão devido ao aquecimento global, que está reduzindo a calota polar há uma década, algo sem precedentes na atualidade, advertiu nesta sexta-feira o cientista americano Mark Serreze.

"É muito provável que não haja calota no Pólo Norte no final deste verão, já que o Pólo está coberto apenas por uma fina camada de gelo", explicou Serreze, pesquisador do Centro Nacional da Neve e Gelo dos Estados Unidos, com sede em Boulder (Colorado).

Segundo Serreze, há 50% de chance de ocorrer tal situação, tornando "concebível que em meados de setembro veleiros possam navegar do Alasca ao Pólo Norte".

"O que observamos nos últimos dez anos foi uma grande redução no gelo do Ártico, especialmente nos três últimos anos, e esta tendência a longo prazo fará com que não haja mais gelo no verão no oceano ártico até 2030".

Fonte: Terra notícias

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Lembrando...

Depois de 3.000 anos, geleira do Ártico se separa de ilha canadense

01.01.2007 - Uma geleira de 65 metros quadrados que se sobressaiu do Oceano Ártico por 3,000 anos da costa norte do Canadá se partiu abruptamente no verão de 2005, aparentemente solto por temperaturas severamente quentes, ventos e ondas, cientistas disseram sexta-feira.

A geleira Ayles, como a antiga placa grossa de 30m era chamada, foi levada por um golfo pela costa norte da Ilha Ellesmere quando a geleira que pressionava a costa lá, mesmo no verão, foi substituída pelo mar aberto devido ao aquecimento da temperatura, disseram os cientistas.

A mudança foi primeiramente anunciada por Laurie Weir do Serviço Canadense de Gelo, quando ela examinou imagens de satélite tiradas de Ellesmere e ao redor depois de 13 de agosto de 2005. Em menos de uma hora por volta do meio dia desse dia, uma larga fenda se abriu e foi a caminho do mar.

A geleira é uma das poucas restantes de uma ampla expansão de geleiras flutuantes que antes se projetavam pela costa de Ellesmere, algo parecido com a aba do chapéu.

Tais geleiras são muito mais grossas e velhas do que as capas de gelo que andam pelo Oceano Ártico. Elas consistem em massas de gelo flutuantes variando de 90cm á 2m de espessura que cresceram em poucos anos.

O gelo do mar Ártico experimentou agudos recuos no verão por várias décadas, acrescentando como uma evidência de aquecimento significante próximo ao Pólo Norte. (Nem geleiras derretendo ou mar de gelo contribuem para o aumento do nível do mar porque eles já estão no mar, como cubos de gelo em uma bebida).

Aproximadamente 90% de 6,280 metros quadrados de geleiras que existiam em 1906 quando o explorador do Ártico Robert Peary pesquisou a região, de acordo com Luke Copland, o diretor do laboratório da Universidade de Ottawa para pesquisas.

Em um evento resumindo o evento, mas ainda não publicado, Copland e outros pesquisadores disseram que a transformação da geleira Ayles de uma geleira para uma ilha de gelo flutuante parece ser o resultado de um aquecimento estranho em 2005 no topo de uma tendência de aquecimento de longo prazo.

Fonte: New York Times

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"Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas. Na terra a aflição e a angústia apoderar-se-ão das nações pelo bramido do mar e das ondas". (Lc 21,25)


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