28.08.2008 - O Papa Bento 16 protestou formalmente contra a exposição, num museu de Bolzano, no norte da Itália, de uma obra de arte que retrata uma rã verde crucificada como Jesus Cristo, informou nesta quarta-feira o governador do Tirol, Franz Pahlco.
A reclamação formal do pontífice foi feita em carta endereçada ao governador, com data de 7 de agosto - durante o período em que Bento 16 esteve de férias na região.
Na correspondência o líder dos católicos criticou a exposição da escultura Primeiro os Pés ("Zuerst die Fusse", em alemão), do artista alemão Martin Kippenbeger.
A peça tem um metro de altura e é feita de madeira pintada de verde. Ela retrata uma rã crucificada que, em uma das "mãos", segura um ovo e, na outra, uma jarra de cerveja.
"[A obra] feriu o sentimento religioso de muitas pessoas que vêem na cruz o símbolo do amor de Deus e da nossa salvação, que merece reconhecimento e devoção religiosa", diz a carta.
Pahlco é candidato do partido conservador SVP nas eleições regionais de outubro, e um dos mais fortes opositores da obra de Kippenberger. Ele chegou a fazer greve de fome contra a exposição da "rã crucificada".
"A minha batalha não terminou", declarou ao terminar a greve.
''Remoção''
Martin Kippenberger é considerado um dos nomes mais importantes da arte contemporânea européia dos anos 80 e 90 e chegou a ser comparado com Andy Warhol, um dos expoentes da "pop art". Morreu em 1997, aos 44 anos de idade, e sua carreira foi marcada por obras polêmicas.
Segundo o artista, a escultura da rã representa uma sociedade hipócrita, corrompida internamente enquanto que mantém uma imagem exterior irrepreensível.
Logo que foi exposta como parte da mostra Olhar periférico e corpo coletivo, no Museu de Arte Moderna e Contemporânea de Bolzano, em maio passado, recebeu criticas da comunidade católica, do bispo local e de grupos conservadores.
Desde então, as polêmicas em torno da "rã crucificada" não pararam, mas a direção do museu recusou o pedido de diversos grupos católicos e autoridades religiosas para que a obra fosse retirada da mostra.
A diretora, Corinne Diserens, que sempre defendeu a escultura, apenas mudou a obra de lugar - antes ela estava exposta na entrada do prédio, depois passou para o terceiro andar .
"Não é prevista a remoção (da obra), e nenhuma mudança na montagem da mostra até o dia de encerramento, em 21 de setembro", disse Corinne Diserens aos jornais italianos.
Fonte: Terra notícias
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Lembrando...
A polêmica continua: Rã verde crucificada como Jesus Cristo, permanecerá exposta em museu italiano
27.05.2008 - A escultura do artista alemão Martin Kippenberger, que causou polêmica por retratar uma rã verde crucificada como Jesus Cristo, permanecerá exposta no museu de Bolzano, no norte da Itália, apesar de o governador local ter pedido que a obra fosse retirada por ofender os católicos.
A escultura chama-se Primeiro os Pés ("Zuerst die Fusse", em alemão), tem um metro de altura e é feita de madeira pintada de verde. Ela retrata uma rã crucificada que, em uma das "mãos", segura um ovo e, na outra, uma jarra de cerveja.
A obra de Kippenberger é de 1990 e já conhecida. Mesmo assim, sua exposição como parte da mostra Olhar Periférico e Corpo Coletivo, que inaugurou o novo museu de arte moderna e contemporânea da cidade de Bolzano, na região do Tirol, na Itália, no fim de semana passado, recebeu fortes críticas.
A escultura serviu como uma espécie de introdução à exposição e foi colocada na entrada do museu. Isso chocou os visitantes, na opinião do bispo da cidade de Bolzano, Wilhelm Egger.
"Hoje, os símbolos da fé cristã muitas vezes são desprezados, mas o respeito pelos símbolos e sentimentos religiosos é fundamental", afirmou o bispo.
"Uma mostra de obras como essa não ajuda a paz entre as culturas e religiões", disse o Egger aos jornais locais.
Ofensa
O governador de Bolzano, Luis Durnwalder, pediu que a escultura fosse retirada da exposição, alegando que a obra representa uma ofensa aos valores católicos.
"É uma falta de respeito", disse Durnwalder ao jornal Alto Adige. "O artista não deve estar totalmente bem se concebeu uma obra como esta."
Mas, pouco depois, o governador chegou a um acordo com os responsáveis pelo museu, que prometeram expor ao lado da obra informações que expliquem como a escultura foi feita e o seu significado.
"Como museu de arte moderna, estamos abertos ao diálogo", disse à BBC Brasil a assessora de imprensa da entidade, Caterina Longo. "As obras expostas podem provocar debates e escandalizar, isso faz parte do jogo, mas abrimos um diálogo com o público."
Na avaliação do vice-diretor do museu, Antonio Lampis, em qualquer evento de arte contemporânea há obras mais ou menos fortes, envolvendo a religião.
"Faz parte da vida das pessoas, é normal que seja um ingrediente da arte", afirmou Lampis em entrevista ao jornal Alto Adige. "A sociedade está se acostumando a ter uma hipersensibilidade a respeito de certos temas, mas ninguém pode se sentir ofendido por uma obra."
Fonte: BBC
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Nota por Dilson Kutscher - www.rainhamaria.com.br
Meus parabéns ao referido artista, já que garantiu um lugar de honra para si e sua suposta obra de arte lá no inferno. Ah, meu caro artista inovador, faço idéia como foi o seu encontro com DEUS, espero que o Juiz Supremo tenha lhe concedido Misericórdia, diante da sua zombaria artística deixada aqui na Terra.
Diz na Sagrada Escritura;
"Sabei antes de tudo o seguinte: nos últimos tempos virão escarnecedores cheios de zombaria, que viverão segundo as suas próprias concupiscências". (2Pd 3,3)