12.08.2008 - MEXICO D.F.- O Presidente do Colégio de Advogados Católicos (CAC), Armando Martínez, advertiu que instaurar a pena de morte constituiria um passo atrás em matéria de direitos humanos, e indicou que uma alternativa seria aprovar a cadeia perpétua.
Em declarações à imprensa, o advogado expressou a postura do CAC sobre a proposta de aprovar a pena capital para os seqüestradores. “Não vemos que a pena de morte iniba absolutamente a ninguém (de cometer delito). Teriamos que analisar o tema da cadeia perpétua. Se não for um tema que vulnere, poderíamos aceitá-la”, assinalou.
O presidente do CAC pôs como exemplo o caso dos Estados Unidos, onde apesar desta medida, “os crímes e a violência seguem sendo estratosféricos, pois crianças de 14 anos de idade massacraram a seus companheiros”.
Martínez indicou que “a pena de morte é a pena sobre a pena mesma, quer dizer, estaríamos indo ao que é a vingança e quando vamos terminar? Se você matar a um criminoso, vai haver um sentido de ódio e de vingança e vai ser uma cadeia de nunca acabar”.
Indicou que o que sim pode reduzir a criminalidade é a educação, quer dizer, construir uma sociedade onde se respeite o Estado de direito.
Fonte: ACI
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Lembrando...
L'OSSERVATORE ROMANO publica últimos dados sob a pena de morte no mundo
17.04.2008 - Cidade do Vaticano - Vinte e quatro países e 1.252 pessoas executadas: esses são os números da pena de morte em 2007, segundo uma reportagem publicada ontem pelo jornal vaticano, "L'Osservatore Romano", que cita o último relatório de Anistia Internacional (AI).
A organização registra um aumento no ano passado de execuções no Irã (317 em 2007; 177 no ano precedente), na Arábia Saudita (143 frente a 39) e no Paquistão (135 contra 82). Esses números não incluem as execuções protegidas pelo segredo de Estado. Já o número de presos no corredor da morte é calculado em pelo menos 27 mil.
Mas 2007 também é o ano em que a Assembléia Geral das Nações Unidas adotou uma moratória para pôr fim à aplicação da pena de morte.
Essa "histórica decisão", aprovada com tão ampla maioria, mostra que a abolição global é possível, afirma Anistia Internacional, que pede a todos os governos sua adesão à moratória. (BF)
Fonte; Rádio Vaticano