04.08.2008 - ESPANHA - MADRI - Faz um ano, o Arcebispado de Burgos recolhe informação para impulsionar a causa de beatificação de Marta Obregón, uma jovem espanhola assassinada em 1992 por defender sua pureza.
A noite de 21 de janeiro desse ano, festa de Santa Inês, Marta retornava a casa, do clube Arlanza, localizado apenas 300 metros de seu lar. Nunca chegou. Foi seqüestrada por Pedro Luis Gallego, um delinqüente acusado de numerosas violações e homicídios.
Conforme lembra esta semana o jornal El Mundo, Gallego a levou em seu carro a uns cinco quilômetros de Burgos onde tentou violá-la junto à cerca de uma granja. Marta opôs toda sua resistência e evitou o ultraje. O chamado “violador do elevador” a golpeou grosseiramente e lhe enfiou 14 punhaladas na parte esquerda do peito. O corpo de Marta apareceu nu e martirizado perto da rodovia Burgos-Portugal.
Marta Obregón Rodríguez nasceu em 1 de março de 1969 na Coruña. Era segunda de quatro irmãs, uma jovem vivaz e atrativa. Sua mãe é supernumerária do Opus Dei, mas ela –depois de superar a rebeldia adolescente- ingressou no Caminho Neocatecumenal e pensava que tinha encontrado o amor de sua vida em seu noivo Francisco Javier Hernando, militante do Círculo Católico.
"Marta atraía como um ímã. Entrava em um lugar e criava laços imediatamente. Triunfava onde pisava. Todo mundo queria estar com ela, falar com ela, saber dela", lembra Javier.
Marta estudou jornalismo na Universidade Complutense de Madri, onde viveu em uma residência das agustinianas missionárias. Em 1990 decidiu ir um verão a Taizé, um lugar de encontro e oração de milhares de jovens. Daí escreveu a uma amiga: “Deus é o mais importante em minha vida, meu amor. A vida é genial, porém, mais curta do que pensamos".
Em dezembro de 2006 se apresentou seu caso em uma sessão ordinária do Conselho Presbiteral de Burgos, presidido pelo Arcebispo local, Dom Francisco Gil Hellín.
O Padre Taciturno López Santidrián expôs que se estava estudando a vida da jovem porque poderiam existir motivos para uma possível causa de beatificação. O sacerdote foi nomeado Postulador Diocesano da causa da Marta em sua fase diocesana.
Dom Gil Hellín apresentou em Roma a causa da Marta à Congregação para a Causa dos Santos e em abril do ano passado o Vaticano emitiu o "Nihil Obstat", declarando que não existe nenhum obstáculo por parte da Santa Sé para o início da causa.
Em julho de 2007, o Arcebispo de Burgos, publicou um decreto exortando a todos os diocesanos, sacerdotes, religiosos e fiéis, para que se manifestem sincera e livremente sobre tudo quanto pudesse ser útil ao início da causa.
Para maior informação sobre esta jovem espanhola se pode visitar o website http://www.causademarta.net
Fonte: ACI