Banco de dados da Polícia britânica tem DNA de mais de 4 milhões de pessoas


30.07.2008 - O banco de dados genéticos da Polícia britânica, o maior existente no mundo, já tem o DNA de mais de quatro milhões de pessoas.

Entre estas informações estão as de um milhão de pessoas que não foram declaradas culpadas de crime algum, incluídos 100 mil menores, afirma em um relatório a Comissão de Genética Humana.

Entre os registrados predominam os jovens negros - 40% do total - em comparação ao 13% de asiáticos e apenas 9% de homens brancos.

A Polícia britânica realizou testes genéticos de todas as pessoas que detém com independência de serem ou não acusados após algum crime, e seu DNA fica então neste registro central.

Os agentes podem prender alguém por mendicidade, bebedeira, por alteração da ordem pública ou por participar de uma manifestação ilegal.

Há casos de menores registrados por jogar futebol em locais indevidos e inclusive por lançarem bolas de neve, diz a publicação.

Segundo um membro da Comissão de Genética Humana, este banco de dados é "o primeiro passo para um Estado totalitário".

A Comissão pediu que, após algum tempo, sejam eliminadas desta base de dados informações de responsáveis por crimes menores.

Ao mesmo tempo, afirma que o fato de conservar de forma permanente o DNA dos adultos, até quando não tiverem sido considerados por um crime ou tiverem cumprido sua pena, equivale a os criminalizar por toda a por vida.

"Atualmente não se distingue entre alguém detido por alteração da ordem pública ou um assassino convicto", diz o relatório da Comissão, cujos membros querem alertar o público sobre os perigos deste banco de dados.

Um porta-voz do Ministério do Interior britânico disse ao jornal "The Independent" que "o banco de informações genéticas é uma ferramenta chave que revolucionou a forma como a Polícia pode proteger o público identificando os criminosos e fazendo com que haja mais penas".

Fonte: Terra notícias

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Lembrando...

Revista britânica diz que Reino Unido é o pais mais vigiado do mundo

04.10.2006 - Os cidadãos do Reino Unido se tornaram os mais vigiados do mundo pelas câmaras de circuito fechado de televisão que se proliferam em todas as esquinas e nos meios de transporte de Londres e de outras cidades, afirma uma reportagem publicada na última edição da revista britânica "The New Statesman".

As cinco milhões de câmeras que operam no país atualmente representam mais de 20% das que funcionam no mundo todo. Levando em consideração que a Grã-Bretanha ocupa apenas 0,2% da massa habitada do planeta, o número impressiona.

Um morador de Londres pode ser observado diariamente em suas atividades cotidianas por até 300 câmeras. Nas estações ferroviárias de Londres há mais de 1.800 câmeras, enquanto nos ônibus e metrôs da capital este número sobe para seis mil.

Além das que são instaladas pelas autoridades, há um número crescente de empresas privadas que têm seus próprios sistemas de vigilância e monitoramento por câmeras.

Apoiados pelo Ministério da Defesa, cientistas britânicos estão desenvolvendo equipamentos com tal nível de sofisticação que poderão ser capazes de reconhecer se uma pessoa caminha de forma suspeita para, se for o caso, emitir um alertar a um operador humano.

No mês passado, Middlesbrough foi a primeira cidade britânica a instalar câmeras que falam e repreendem quem manifestar um comportamento anti-social ou jogar lixo no chão, por exemplo.

Um repórter da revista visitou um dos centros de controle de Westminster, em Londres, a Polícia Metropolitana e várias empresas particulares.

Até agora, o centro piloto de Westminster recebeu cinco mil visitantes de mais de 30 países cujos Governos ou forças policiais querem adotar sistemas similares de controle.

Os que defendem essa rede de vigilância argumentam que a população não considera que as câmeras sejam um "Big Brother", mas sim um pai benévolo preocupado com que nada de errado aconteça.

No entanto, alguns analistas questionam a eficácia do sistema. O professor de criminologia da Universidade de Leicester, Martin Gill, fez um estudo encomendado pelo Ministério do Interior sobre 14 sistemas de vigilância desse tipo em diferentes regiões do país e concluiu que as câmeras tiveram um impacto muito limitado na redução do número de crimes.

Fonte: UOL notícias
 


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