21.07.2008 - Londres - Realizar-se-á na próxima quinta-feira dia 24, em Londres, capital inglesa, uma manifestação contra a pobreza no mundo.
Católicos, anglicanos, muçulmanos, judeus, budistas, hinduístas e siques, guiados por seus líderes, atravessarão o centro de Londres para lembrar aos 189 chefes de governos do mundo que eles ratificaram a Declaração dos Objetivos do Milênio no ano 2000, a fim de diminuir a pobreza no mundo e garantir o ensino fundamental universal até 2015. Os governos, porém, não estão mantendo suas promessas. A Declaração do Milênio, aprovada por esses países, menciona que os governos "não economizariam esforços para libertar nossos homens, mulheres e crianças das condições abjetas e desumanas da pobreza extrema".
A manifestação em Londres intitulada "passeata do testemunho" contará com a participação do cardeal-arcebispo de Westminster, Cormac Murphy-O’Connor, com o primaz da Igreja Anglicana, Dr. Rowan Williams, com o rabino-chefe do Reino Unido, Jonathan Sacks e com o presidente do Conselho Muçulmano da Grã-Bretanha, Ibrahim Mogra. Além de mil e quinhentos líderes religiosos participarão também os 650 pastores anglicanos que participam em Cantuária, da Conferência de Lambeth, encontro que reúne a cada 10 anos os bispos anglicanos do mundo.
Durante a passeata os líderes religiosos levarão cartazes com a frase "Manter as promessas. Diminuir a pobreza até 2015". Além disso, a residência de Dr. Williams, Lambeth Palace, será coberta de cartazes com o mesmo slogan.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, promoveu um encontro para o dia 25 de setembro próximo a fim de discutir sobre as promessas não cumpridas pelos governos em relação aos objetivos de desenvolvimento do milênio. (MJ)
Fonte: Rádio Vaticano
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Lembrando...
Padre de 72 anos pedala milhares de quilômetros contra fome |
11.01.2008 - Há sete anos, Pe. Antônio Monteiro, percorre dezenas de milhares de quilômetros do Vaticano até Fátima em bicicleta, para chamar a atenção para o fato que milhares de crianças morrem diariamente de fome. Pe. Antônio Monteiro, 72 anos, natural de Alcobaça, pertencente à congregação franciscana “Irmãos de Jesus”, acaba de voltar ao Vaticano após ter completado a sétima peregrinação, passando por Lourdes e pelo Caminho de Santiago até chegar a Fátima, numa viagem que durou quase dois meses. Pe. Antonio leva consigo “um protesto contra os Governos de todo o mundo pelas cinco mil crianças que todos os dias morrem de fome”. “Os Governos dizem que não há dinheiro para ajudar, mas para bombas, armas e guerras há dinheiro. Para salvar as crianças, não”, lamentou o franciscano, que em sua romaria em bicicleta recolhe donativos para a sua missão. Formado em psiquiatria na Universidade de Coimbra, trabalha como psicólogo num convento em Roma, ocupando-se de 150 crianças abandonadas. É sacerdote há 22 anos, e antes de se ordenar, Pe. Antônio foi casado, tem oito filhos, 24 netos e um bisneto. Sobre as dificuldades da viagem, durante a qual pernoita em albergues de peregrinos e quartéis de bombeiros, comentou que “não é sacrifício nenhum. O Senhor Jesus sofreu muito mais”. Fonte: Canção Nova news |
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Papa Bento XVI: fome e desnutrição não são aceitáveis |
03.06.2008 - O papa Bento XVI disse hoje que a fome e a desnutrição são "inaceitáveis em um mundo que dispõe de níveis de produção, recursos e conhecimentos suficientes para pôr fim a tal drama e a suas conseqüências". Assim assinalou o pontífice em mensagem lida pelo secretário de Estado vaticano, Tarcisio Bertone, durante a abertura da cúpula da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO) sobre segurança alimentar. "A pobreza e a desnutrição não são uma simples fatalidade provocada por situações adversas", assinalou o papa em seu discurso. Embora Bento XVI reconheça que lutar contra a falta de alentos é uma tarefa "difícil", reiterou que "ninguém pode ficar impassível perante o chamado daqueles que passam fome". "O grande desafio de hoje é o de globalizar não só os interesses econômicos e comerciais, mas também as expectativas da solidariedade", indicou. Bento XVI expressou seu desejo de que os participantes da cúpula da FAO assumam novos compromissos e os levem adiante "com grande determinação". "A Igreja Católica deseja unir-se a este esforço com espírito de colaboração, para pôr fim ao problema do aumento do preço dos alimentos e seus efeitos sobre a população pobre", acrescentou. O papa fez referência à sua visita, em maio último, à sede das Nações Unidas, onde indicou que era "urgente" superar o paradoxo de um consenso multilateral que segue em crise por "sua subordinação às decisões de alguns poucos". Além disso, pediu a colaboração "cada vez mais transparente" das organizações da sociedade civil que trabalham para superar as diferenças entre pobreza e riqueza. "O direito à alimentação responde a uma motivação ética, e está intrinsecamente vinculado à proteção da vida", afirmou. Fonte; Terra notícias |