10.07.2008 - Por Mark Mallett - USA
PERDENDO O FOCO
Há uma história circulando por meio das grandes fontes de notícias no mundo ocidental, a respeito de um homem que supostamente teve um bebê. O único problema com a história é que não é um homem, mas uma mulher que teve seus seios removidos, e que tomou hormônios para que pudesse ter barba.
Ela teve um bebê esta semana. Isto em si mesmo não é notável, embora ela tivesse engravidado com uma seringa para alimentar pássaros. O que causa assombro é que, de modo geral, a mídia insiste em chamar esta mulher de "homem", ou referir-se a ela como "ele", como se isso fosse uma coisa normal.
Porque a mídia, os políticos e os tribunais de direitos humanos desejam chamar uma maçã de pêssego, isso não muda o fato de que a maçã é ainda uma maçã (mesmo se ela tivesse uma penugem de pêssego). O propósito de tal estratégia da mídia, de certo, é fazer sensacionalismo para o público. Se nós chamamos uma maçã de pêssego por longo tempo, então muitas pessoas começarão a aceitar isso, embora a natureza mostre que a maçã não é nem pode ser um pêssego. Se um homem implantar uma cauda de um gato em seu traseiro e colocar pelos, e insistir com a mídia que ele é um felino, a mídia começaria a noticiar que ele era um gato?
Tal é o fruto de uma sociedade que têm abraçaçdo a moral do relativismo como ideologia central. Se tudo é relativo, então tudo, ou qualquer coisa, pode se tornar moralmente aceitável pelo público em geral. A razão e a lógica não são guias principais, nem são leis morais e naturais. Se a voz de Deus está incluída, é apenas uma interpretação do que a pessoa sente que Deus está dizendo, não o que Ele diz de fato.
Assim, o mundo está agora num caminho subjetivo, onde as mulheres podem dizer que são homens, os cientistas podem criar clones híbridos, de seres híbridos, como homens/porcos, e os abortistas tais como o dr. Henry Morgentaler, do Canadá, pode ser condecorado com a mais alta honra cívica do país, um homem que é pessoalmente responsável por mais de 100.000 mortes de não-nascidos. Porque tudo é relativo. Não há nada absoluto. No próximo ano, talvez será um porco humano (um homem-porco) que receba a Ordem do Canadá.
"Pois virá o tempo em que as pessoas não irão tolerar a sã doutrina, mas seguirão seus próprios desejos, de curiosidade, e terão muitos mestres, deixando de ouvir a verdade e acreditar em fábulas" (II Tim 4:3-4)
A PEDRA DE TROPEÇO
Há apenas uma grande pedra de tropeço a esta nova religião mundial: a Igreja Católica. Enquanto um signigicativo número de membros desta Igreja têm caído na moral relativista, a Igreja em si mesma não caiu. Os ensinamentos do catolicismo são conforme Jesus disse que eles seriam: construídos sobre a rocha, resistentes às tempestades que os assolaram em cada século.
A Igreja não irá dizer, nem pode ela mesma dizer, que uma maçã é um pêssego. Ela irá amar a maçã, e ela irá amar o pêssego, mas ela nunca será falsa e dizer que uma coisa é a outra.
A Igreja aceita as pessoas como elas são. Jesus disse que a Igreja é como uma rede, que une a todos, todos pertencem à Igreja, há pecadores, há santos, há pessoas com idéias erradas. Mas a Igreja continua a proclamar o que Jesus ensinou.
"Não há lugar na Igreja para a aceitação de idéias que são uma aberração. Há lugar na Igreja para acolher, compreender e amar as pessoas, quem quer que sejam. Não para dizer a elas que o que estão advogando é certo, não para justificá-lo. Há algumas pessoas que dizem que a Igreja é intolerante. Não! Nós aceitamos as pessoas, mas não podemos ser infiéis a Cristo. Nós não iremos aceitar o casamento gay. A Igreja tem explicado muito sobre isso, diversas vezes, e ela terá de continuar a explicar" - Cardeal Justin Rigali, arcebisto da Filadelfia - 28 de junho de 2008
Não tenhais dúvida: os inimigos da Igreja compreendem esta posição imutável. Em um editorial aberto, criticando um sincero clérico canadense, o bispo Fred Henry, os membros de um forte grupo de advogados gays do Canadá escreveram:
"Nós prognosticamos que o casamento gay irá de fato resultar no crescimento da aceitação da homossexualidade, agora clandestino, como teme Henry. Mas o casamento, igualmente, irá também contribuir para o abandono do tóxico das religiões, libertando a sociedade do prejuízo e do ódio que têm poluído as culturas por tanto tempo, graças em parte a Fred Henry e sua classe". - Kevin Bourassa e Joe Varnell, - 18 de janeiro de 2005 - Igualdade para Gays e Lésbicas de todos os lugares.
Tóxico. Prejuízo. Ódio. Poluição. E nós deveríamos acrescentar à lista "loucos", conforme São Paulo disse que nós seríamos chamados pelo mundo, por nos mantermos fiéis à verdade.
SENDO FIÉIS
Eu me recordo da homilia que um padre deu sobre um casamento gay. Foi simples, mas muito forte. Ele disse:
"Nós sabemos que, se você mistura azul e amarelo, obtém o verde. Mas há alguns em nossa sociedade que insistem que se você misturar amarelo e amarelo, terão o verde. Mas isso não muda o fato de que apenas o azul e o amarelo podem originar o verde, mesmo que eles queiram dizer que este não é o caso".
A Igreja é obrigada a falar a verdade sobre o casamento e sobre a pessoa humana, não porque ela é uma agência reguladora, mas porque ela é a guardiã e a dispensária da verdade, a verdade que nos liberta!
Uma maçã é uma maçã. Um pêssego é um pêssego. Azul e amarelo dão origem ao verde. Como minha esposa diz: "O DNA tem a palavra final". Nós somos o que somos. Estas são verdades que a Igreja irá manter, mesmo se for preciso derramar o seu sangue. Pois, sem a verdade não pode haver liberdade, e a liberdade foi comprada pelo preço do sangue de um Homem inocente, o próprio Deus.
Se nós dizermos a nós mesmos que a Igreja não deve interferir em tais matérias, nós não podemos senão responder: nós não estamos preocupados com o ser humano? Não podem os crentes, pela virtude da grande cultura da sua fé, terem o direito de fazer um pronunciamento sobre tudo isso? Não é nosso dever elevar nossas vozes para defender o direito do ser humano, esta criatura que, precisamente na inseparável unidade do corpo e do espírito, é a imagem de Deus?" - papa Bento 16 - 11 de dezembro de 2006
"Todo aquele que perder sua vida por minha causa e por causa do Evangelho será salvo" (Marc 8:35)
Published in: DAILY JOURNAL, SINAIS - 4 DE JULHO DE 2008
( tradução de Marisa Bueloni ><>)