Cobras venenosas ameaçam moradores do Maranhão


09.06.2008 - Na época de chuvas no Maranhão, os moradores do extremo norte do estado sofrem com a invasão das cobras venenosas. Elas vivem na vegetação que cerca rios e lagos mas, quando essas áreas alagam, os animais buscam lugares mais altos e acabam se aproximando das casas.

Um catador de siris tem no pé a cicatriz de uma picada. “Senti logo uma dor de cabeça. Quando elas picam, você sente logo uma dor de cabeça”, disse.

Os ataques são atribuídos a uma espécie que o sertanejo batizou de pinta, que tem veneno forte e pode até matar. A cobra, muitas vezes, se confunde com a cor do capim seco dos galhos do manguezal. “O corpo da pessoa não fica mais do jeito que era, depois de mordido por uma pinta”, afirmou um jovem.

O perigo aumenta porque os moradores da região costumam trabalhar descalços. A canoa é o único modo de vencer o isolamento local e a pesca é uma das poucas fontes de renda. Os homens passam a maior parte do tempo buscando o sustento descalços dentro d’água. “É difícil ter alguém no campo que não seja picado dela”, contou um deles.

O manejo na criação de suínos também é feito a pé, em longas caminhadas no campo. Os prejuízos aumentam na hora de remover a criação para as regiões mais secas.

Fonte: G1

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Lembrando...

Desmatamento leva cobras para centros urbanos, dizem especialistas

07.04.2008 - Sem habitat natural, cobras procuram alimentos em conglomerados urbanos.
Grandes felinos e outros animais também se deslocam depois de desmatamento.

O aumento no número de cobras encontradas no meio urbano, em diversas cidades do país, pode ser justificado pelo desmatamento e pela destruição do habitat natural desses animais. É isso o que explica o coordenador de fauna do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), João Pessoa Moreira.

Para Moreira, o homem tem avançado e destruído os ambientes naturais desses e de outros animais. “Temos visto também o aparecimento de grandes felinos nas cidades. Isso acontece, tanto no caso das cobras como no caso de quaisquer outros animais, porque, em uma medida de emergência, as espécies vão procurar alimento nos conglomerados urbanos”, explica.

Segundo o biólogo Fausto Barbo, do Instituto Butantan, que realiza um trabalho de doutorado da Universidade Estadual Paulista (Unesp) sobre serpentes no meio urbano, algumas espécies de cobras podem se adaptar melhor do que outras ao meio urbano, como é o caso da falsa coral, da dormideira e da jararaca, em São Paulo.

Ainda de acordo com ele, não só o desmatamento pode trazer as cobras para as cidades. Outra possibilidade é que a cobra seja trazida de uma zona rural, como aconteceu na segunda-feira (31), em Belo Horizonte (MG), quando o dono de um veículo trouxe um filhote de cascavel em seu carro, sem saber, depois de uma pescaria. “Algumas cobras que chegam ao Instituto Butantan, por exemplo, vêm do Ceasa, nos caminhões de frutas e verduras”, afirma.

Caso encontre uma cobra em casa, Barbo aconselha que, antes de se aproximar do animal, o morador calce uma bota com cano alto, para evitar prejuízos em caso de ataque. Além disso, a orientação do biólogo é para jamais colocar a mão no animal.

Para transportar a cobra ao Instituto Butantan ou à instituição responsável em cada cidade, caixas de madeira ou recipientes em vidro podem ser utilizados.

Vale destacar que é importante não usar procedimentos caseiros em caso de acidente. "É preciso ir direto a um hospital", completa.

Fonte: G1

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