Miniguerra nuclear já causaria rombo na camada de ozônio, diz pesquisa


08.04.2008 - Cientistas avaliam impacto de possível conflito entre Índia e Paquistão.
Confronto, ainda que local, ameaçaria a humanidade em escala global.

a década de 1980, em plena Guerra Fria, foi comum discutir os efeitos de um confronto de escala mundial travado com armas nucleares. Isso levou ao consenso universal de que ninguém poderia realmente sair "vencedor" de um conflito assim. Mas e quanto a uma guerrinha nuclear em pequena escala? Também não é uma boa idéia, segundo um grupo de cientistas da maior potência nuclear do mundo, os Estados Unidos. E uma das maiores vítimas de um conflito assim seria a camada de ozônio da Terra.

Os pesquisadores liderados por Michael Mills, da Universidade do Colorado em Boulder, conduziram uma simulação climática e química detalhada do que aconteceria caso duas potências nucleares emergentes (o grupo cita Índia e Paquistão, rivais no sul da Ásia que vivem trocando farpas, como potenciais adversários) travassem um conflito nuclear.

Eles especularam um uso "modesto", de 100 dispostivos atômicos do mesmo porte do usado em Hiroshima, no Japão, pelos Estados Unidos, em 1945 -- mais ou menos metade de cada lado.

Isso, como já se sabe, levantaria uma quantidade brutal de fuligem para a alta atmosfera. E aí a simulação da equipe entrou em ação, para ver o que acontecia.

Os resultados mostraram que os efeitos de uma guerra nuclear local estão longe de ficar circunscritos aos países envolvidos. Na alta atmosfera, a poluição produzida causa imensa destruição à camada de ozônio. O buraco hoje existente na Antártida seria fichinha perto do resultado -- um rombo em escala global nesse cobertor que serve de proteção contra os raios nocivos emitidos pelo Sol. Sem ela, as taxas de câncer se elevariam brutalmente no mundo todo e os ecossistemas sofreriam modificações radicais.

"As reduções em escala global do ozônio previstas aqui por injeções relativamente pequenas de fumaça e fuligem na troposfera superior e na estratosfera inferior indicam uma sensibilidade inesperada associada a perturbações desse tipo e sugerem que certos eventos -- como conflitos nucleares regionais -- podem apresentar um perigo sem precedentes para a biosfera", escreveram os autores do estudo, num artigo publicado pela "PNAS", revista da Academia Nacional de Ciências dos EUA.

"A ameaça potencial ao ozônio global, e portanto ao biota terrestre, merece análise cuidadosa pelos governos do mundo, aconselhados pela comunidade científica", concluem os cientistas.

Fonte; G1

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Lembrando...

Irã diz que EUA preparam o terreno para uma terceira guerra mundial

19.10.2007 - O Irã rejeitou hoje a recente declaração do presidente dos Estados Unidos, George W, Bush, sobre o plano nuclear iraniano e considerou que os Estados Unidos é quem "preparam o terreno para uma terceira guerra mundial, com sua arrogância e seus planos expansionistas".

O sermão oficial da sexta-feira do aiatolá Ahmad Khatami, considerado o porta-voz da opinião oficial do país, comentava assim a declaração de Bush da quarta-feira, na qual pedia que a comunidade internacional impedisse a obtenção pelo Irã dos "conhecimentos suficientes para fabricar uma arma nuclear", se queriam evitar uma terceira guerra mundial.

"Se há um perigo que ameaça a paz e a segurança mundiais, este seria a política arrogante e expansionista dos dirigentes americanos e seus arsenais nucleares", disse Khatami.

"O mundo deve saber que o problema não é o Irã, e que deve fazer frente aos planos da América (EUA), já que, caso contrário, todo o mundo sofrerá as conseqüências", acrescentou Khatami, um dos importantes membros do Conselho de Especialistas, que tem o poder de nomear e destituir o líder supremo do Irã.

Ao mesmo tempo, reafirmou que as atividades nucleares de seu país são pacíficas e que Teerã "não busca a bomba atômica para se proteger, já que tem capacidade militar suficiente para repelir qualquer agressão contra a República Islâmica".

O regime xiita de Teerã não tem relações diplomáticas com Washington desde a vitória da Revolução Islâmica, em 1979, e considera que os EUA e Israel são seus principais inimigos.

Estados Unidos e a União Européia suspeitam que o plano nuclear iraniano tem fins militares e exigem que Teerã suspenda as atividades de enriquecimento de urânio, como exige o Conselho de Segurança da ONU, o que Teerã se recusa a fazer.

Fonte: Terra notícias

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"Quando os homens disserem: Paz e segurança!, então repentinamente lhes sobrevirá a destruição, como as dores à mulher grávida. E não escaparão". (1Ts 5,3)



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