Acredite se quiser: Holanda isenta cigarro de maconha de lei antifumo
28.03.2008 - O uso de cigarros puros de maconha será isento das restrições antifumo que passarão a vigorar na Holanda em três meses. Segundo as regras, o fumo - hoje proibido em prédios e escritórios públicos - será proibido também em lugares como bares, cafés, restaurantes, clubes e teatros a partir de 1º de julho.
Entretanto, cigarros de maconha pura, hoje consumidos abertamente em locais públicos, ficarão de fora das regras. Uma porta-voz do Ministério da Saúde holandês explicou à BBC Brasil que a regra tem como alvo o consumo de tabaco. "Se o cigarro não contiver tabaco misturado com cannabis, automaticamente as regras passam a não se aplicar", ela disse.
A permissão de fumar maconha na Holanda vem de políticas liberais introduzidas nos anos 1970. Desde então, o uso e o comércio de cannabis movimenta mais de US$ 5 bilhões por ano, de acordo com uma estimativa publicada no jornal The Daily Telegraph.
O ministro holandês da Saúde, Ab Klink, disse que o objetivo da lei antitabaco não é combater a maconha. "Se quisermos modificar nossa política de tolerância em relação ao uso de drogas leves, agiremos diretamente, e não através da proibição ao fumo", ele declarou ao Parlamento durante a discussão da legislação, no ano passado.
Tendência
A ofensiva antitabaco na Holanda vai ao encontro da orientação da União Européia, cujo comissário da Saúde, Markos Kyprianou, já expressou desejo de ver uma proibição total ao fumo em locais públicos em toda a Europa em questão de poucos anos.
Como em outros países na Europa, a lei antitabaco holandesa permitirá que os bares tenham áreas de fumante - mas os funcionários do estabelecimento não serão obrigados a servir clientes no recinto, afirmou o governo holandês.
"O principal objetivo da lei é proteger os trabalhadores destes estabelecimentos", disse a porta-voz do Ministério da Saúde.
Segundo números da organização Stivoro, 26% dos adultos holandeses fumava em 2006.
Fonte: G1
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Lembrando...
Sinal dos Tempos: Califórnia USA, começa a permitir venda de maconha em máquinas
30.01.2008 - Tão fácil quanto comprar uma lata de refrigerante, mas possível apenas mediante a apresentação de uma receita médica: é com essa simplicidade que, desde terça-feira, alguns californianos compram maconha para fins terapêuticos em máquinas automáticas.
O equipamento em que é feita a compra é bem familiar. Tem teclas numeradas para as diferentes opções da mercadoria, um espaço para se colocar o dinheiro e outro para a retirada do produto.
Mas, para usar a máquina, o paciente portador de uma receita médica que justifique o uso terapêutico da droga precisa, antes, ser fotografado e tirar suas impressões digitais.
Cumpridos esses passos, o doente receberá um cartão pré-pago que dará acesso ao equipamento, explicou Vince Mehdizadeh, proprietário do Centro de Nutrição de Ervas de Los Angeles, à emissora de TV "KWTX", filial da "CNN".
Mehdizadeh, em cujo centro se encontra uma das duas máquinas que começaram a funcionar na Califórnia, explicou que as mesmas servirão para que pacientes necessitados adquiram doses extras da droga quando suas reservas acabarem.
"As pessoas serão recebidas por um segurança ali mesmo.
Introduzirão o cartão e terão sua identidade verificada pela máquina por meio de suas impressões digitais", acrescentou.
"Uma câmera se encarrega de fotografar o paciente para comprovar se a pessoa que solicita a medicação está realmente autorizada", explicou Mehdizadeh.
Nas ruas, as máquinas já são conhecidas por sua sigla, AVM ("Anytime Vending Machines") - algo como "máquinas que vendem a qualquer momento".
Onze estados americanos permitem o uso medicinal da maconha, principalmente para a redução da dor causada por muitas doenças e para abrir o apetite do paciente. Seu emprego, porém, continua gerando controvérsias.
Embora o Governo dos Estados Unidos não reconheça nenhum uso legal da maconha - proibida oficialmente no país, segundo a Lei de Substâncias Controladas, de 1970 -, muitos acham que estas máquinas que solicitam a prescrição médica podem se tornar bem populares no país.
Vince Mehdizadeh afirmou que este tipo de venda é seguro, oportuno e mais barato que outros métodos, já que reduz as despesas com pessoal e permite que a mercadoria seja oferecida a um preço menor do que a média.
"Agora, além de bebidas com sabor de cereja, há maconha com esse aroma em máquinas", brincou o proprietário do Centro de Nutrição de Ervas de Los Angeles, segundo quem a "Cannabis indica" é a mais recomendada para a redução de dores.
Geoff Dulebohn, especialista que trabalha no centro, explicou que as máquinas simplificam e aceleram o processo de aquisição da mercadoria, e venderão, sempre com receita, outros produtos que até agora só podiam ser encontrados em farmácias, como medicamentos contra a impotência sexual.
O fato é curioso num estado em que é cada vez mais difícil encontrar máquinas de cigarro, para evitar que menores tenham acesso a esse tipo de produto.
Oficialmente, ninguém se pronunciou a respeito, mas os moradores da Califórnia já deixaram clara sua opinião.
"Parece-me interessante, porque a legalização da maconha para uso terapêutico encontrou muita oposição, mas, afinal de contas, é uma decisão do médico sobre o que considera conveniente para seu paciente", disse à Agência Efe uma moradora de Santa Mônica.
Javier Simón, membro do Instituto Nacional de Saúde, considerou "acertada" a prática no estado da Califórnia.
"Os doentes terminais de câncer sofrem muito e a maconha pode ser um alívio para eles. Além disso, as medidas empregadas aqui diminuem os riscos de a droga ser comprada sem justificativa", reconheceu.
Fonte: Terra notícias
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"Quando vedes soprar o vento do sul, dizeis: Haverá calor. E assim acontece.
Hipócritas! Sabeis distinguir os aspectos do céu e da terra; como, pois, não sabeis reconhecer o tempo presente?" (Lc 12, 55 - 56)