Políticos belgas propõem que crianças com enfermidades terminais façam eutanásia


26.03.2008 - BRUXELAS - Os legisladores do partido de governo Flamencos Liberais e Democratas (VLD) da Bélgica impulsionaram a discussão sobre a lei de eutanásia no Parlamento belga para que se permita a "menores de idade com enfermidades incuráveis e pessoas com demência senil" poder "terminar com sua vida voluntariamente se esse for seu desejo".

"Não deixaremos o debate ético tal como está durante quatro anos", afirmou o chefe do VLD, Bart Tommelein e adicionou que por todos os meios procurassem a maioria para que se aprove a eutanásia em menores de idade e que se for necessário farão alianças com os conservadores e os socialistas francofalantes, conforme informaram alguns meios belgas.

O debate pela legitimidade moral da eutanásia cobrou impulso depois da morte por este meio do escritor belga Hugo Claus, quem padecia de Alzheimer, ato que foi aplaudido pelo companheiro de partido de Tommelein, Herman De Croo.

"Hugo Claus não queria dar uma imagem de morto em vida. Entendo seu gesto", indicou De Croo ao jornal Le Soir.

Por sua parte o Arcebispo de Bruxelas-Mechelen, Dom Godfried Danneels lamentou a abertura do debate sobre a eutanásia e indicou que "esquivar à morte não é um fato heróico".

A eutanásia foi passada na Bélgica em 2002 e em 2007 a associação Direito a uma morte digna contabilizou 495 casos de eutanásia.

Fonte: ACI

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Lembrando...

Santa Sé lamenta "crueldade" de eutanásia para bebês no Reino Unido

15.11.2006 - ROMA .- Em declarações à imprensa italiana, o Cardeal Javier Lozano Barragán, Presidente do Pontifício Conselho para a Pastoral da Saúde, considerou como uma "crueldade" a proposta de praticar a eutanásia a bebês nascidos com alguma incapacidade grave no Reino Unido. O Cardeal lembrou que "a posição da Igreja não varia, a vida não pertence ao homem, mas ao Senhor. Não se pode tirar a vida, quer seja com métodos diretos ou indiretos, de um ser inocente. A eutanásia não será nunca admitida. Isto vale também para os doentes terminais e para as crianças, inclusive os que nascem com graves problemas".

Segundo o Cardeal Lozano, "pôr fim na vida de uma pessoa inocente, embora seja um bebê nascido prematuramente e gravemente doente, equivale a praticar a eutanásia e isto é uma ação ilícita, além de um ato de crueldade".

Do mesmo modo, lembrou que a "Igreja Católica não impõe, mas sim expõe sua doutrina" já que "a dignidade da pessoa humana se apóia em um princípio primitivo que é a vida e que nós defendemos do principio ao fim".

Precisou que "não defendemos o excesso terapêutico, quer dizer, quando se trata do uso de medicamentos inúteis e desproporcionados que servem para prolongar a dolorosa agonia de uma pessoa que estaria já próxima da morte é outra situação. Ninguém pode ser obrigado a aceitar este tipo de terapia. Mas no caso que se expõe se trata de assassinar, é preciso recordar que o quinto mandamento diz não matarás".

Ao mesmo tempo, na Grã-Bretanha, o bispo anglicano do Southwark, Dom Tom Butler, precisou que sua igreja não apóia a eutanásia de bebês e pediu distinguir a eutanásia do rechaço ao excesso terapêutico.

Fonte: ACI digital

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Médicos católicos do mundo condenam Eutanásia infantil

ROMA, 03 Set. 2004 .- Mediante um enérgico comunicado assinado pelo Dr. Gian Luigi Gigli, Presidente da Federação Internacional de Associações de Médicos Católicos (FIAMC), esta organização considerou que a recente decisão da Holanda de permitir a eutanásia em meninos menores de 12 anos, é uma “violenta laceração dos fundamentos de nossa convivência em sociedade”.

O comunicado explica que o objetivo “oficial” da nova lei holandesa terminar com um “sofrimento insuportável”; mas segundo a FIAMC, “na realidade, permite-se matar pessoas humanas sem seu consentimento”.

“Isso acontece em uma sociedade –adverte o comunicado- na qual a eutanásia em adultos se realizou legalmente inclusive em pessoas deprimidas e onde, como foi documentado em estudos oficiais, existe já uma ilegal mas tolerada eutanásia realizada por médicos em pacientes que não deram seu consentimento”.

A FIAMC denuncia que “novamente, a decisão propõe uma solução de morte diante de situações que poderiam ser enfrentadas com cuidados paliativos modernos. Além disso, a decisão levanta as suspeitas sobre os interesses econômicos das autoridades públicas, já que diminui a ‘carga’ de prolongados e caros cuidados em situações clínicas nas quais qualquer extensão da vida é considerado um contra-senso”.

Os Médicos católicos adverte que é ainda pior o fato de que a nova lei “abre a porta, em uma escala nacional, a matar por ‘piedade’ a deficientes mentais sem seu consentimento, com razões apoiadas em uma apreciação externa de sua qualidade de vida.

Decisão nos EUA

A FIAMC também condenou no mesmo documento a decisão recente decisão da Suprema Corte de Kentucky, em que se conferia autoridade legal ao estado para acabar com a vida de um cidadão, o homem negro com leve atraso mental Matthew Woods, que foi conectado a um respirador depois de uma parada cardíaca à idade de 54 anos. O estado requeria permissão para retirar seu suporte vital, contrariando os desejos de seu tutor.

“Embora Woods tenha morrido por causas naturais durante o processo, a Corte se manifestou sobre a legalidade da petição do estado devido às questões legais implicadas. Antes de sua morte natural, Woods nunca se manifestou a favor da suspensão de seu suporte vital”, diz o documento.

“Os médicos católicos fazem um chamado a seus colegas, os médicos ainda comprometidos com o Juramento Hipocrático, para sentir o imperativo moral de rebater o pendente deslizante que, passo a passo, permitem as autoridades públicas, para tomar decisões sobre vidas que valem a pena serem vividas”, diz o comunicado da FIAMC.

O texto finalmente adverte que o seguinte passo “será a Lei de Capacidade Mental do Parlamento britânico e a tentativa por parte de autoridades locais de mudar o Código Ético dos médicos belgas. Os riscos de tais atitudes, em termos de violência e discriminação, deveriam ser evidentes para os médicos e chamar-lhes à resistência e à luta”.

Fonte: ACI

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Diz na Sagrada Escritura:

"Por que me perguntas a respeito do que se deve fazer de bom? Só Deus é bom. Se queres entrar na vida, observa os mandamentos". (Mt 19,17)

"Conheces os mandamentos: não mates; não cometas adultério; não furtes; não digas falso testemunho; não cometas fraudes; honra pai e mãe". (Mc 10,19)

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