Invasão de cobras em grandes cidades próximas à Amazônia aumentou de forma significativa
12.03.2008 - O Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama) informou na terça-feira que o número de cobras que têm invadido as grandes cidades próximas à Amazônia aumentou de forma significativa neste ano. Segundo o Ibama, apenas em 2008 foram capturadas 21 cobras em Belém (PA). A informação é da CNN.
De acordo com o Ibama, a invasão das cobras nas cidades se deve ao aumento do desmatamento da Amazônia por parte de madeireiros, rancheiros e fazendeiros. Segundo a assessoria do instituto, em situações normais não há mais do que um ou dois chamados por mês para esse tipo de ocorrência.
Ainda de acordo com o Ibama, não houve registro de nenhuma cobra venenosa nas cidades, mas uma sucuri com cerca de 3 m de comprimento foi capturada.
O instituto informou também que possui uma equipe de veterinários treinados para capturar as cobras e levá-las em segurança para um zoológico ou para reservas florestais.
Redação Terra
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Lembrando...
Alerta dos biólogos: Escorpiões invadem as grandes cidades.
12.04.2007 - Segundo biólogos, animais estão saindo da mata para viver perto do homem.
De 2001 a 2005, número de picadas passou de 18 mil para 36 mil casos.
Biólogos fizeram o mapa de uma praga que tem se espalhado pelo Brasil, o escorpião, e alertam: esses animais estão se acostumando a viver em grandes cidades, perto do homem. De 2001 a 2005, o número de registros de picadas de escorpião no Brasil passou de 18 mil para 36 mil casos.
Pesquisadores do Instituto Vital Brasil, do Rio, perceberam um aumento no número de picadas de escorpião em lugares como casas simples, com terrenos grandes, cheios de entulho, principalmente tijolos. Buracos em tijolos são ideais para a reprodução do escorpião.
Toda vez que as pessoas acumulam entulho, lixo ou madeira, a gente vai ter ambientes onde o animal vai preferir em vez de ficar vivendo na natureza, onde tem de fugir do gavião, da coruja, do lagarto, correr atrás dos insetos, explica Cláudio Maurício, pesquisador do Instituto Vital Brasil.
Segundo o mapa traçado pelos cientistas, em Minas Gerais e Pernambuco há focos no tanto no interior quanto em Belo Horizonte e no Recife.
Na Bahia e em Alagoas, a maioria dos casos está aparecendo nas periferias de Salvador e de Maceió. O mesmo acontece no Distrito Federal. Em São Paulo, a ocorrência maior ainda é no interior do estado. No Rio de Janeiro, os escorpiões aparecem em quase todo o interior e agora também na Região Metropolitana.
Entre os biólogos, há uma certeza: os escorpiões não deveriam estar trocando a mata pelo asfalto. Nós estamos criando abrigo para eles, afirma o pesquisador Cláudio Maurício.
Fonte: Globo.com
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Alerta: Estado de Santa Catarina sofre com proliferação de taturanas assassinas
13.11.2007 - A descoberta de uma espécie rara e extremamente venenosa de lagartas numa residência localizada na Lagoa da Conceição, em Florianópolis, deixou as autoridades sanitárias do Estado em alerta. Segundo os especialistas, o registro das taturanas assassinas na região comprovaria que o desequilíbrio ambiental na capital catarinense é responsável por problemas sérios, como a proliferação da temida espécie.
Marlene Zannin, professora de Toxicologia e coordenadora do CIT (Centro de Informações Toxicológicas) de Santa Catarina, órgão vinculado à diretoria de Vigilância Sanitária do Estado, destaca que cerca de 170 lagartas foram encontradas em duas colônias. Um jardineiro ficou curioso pois nunca havia visto a espécie e levou para identificação.
Ela afirma que quem tiver contato com o animal deve procurar atendimento médico imediato. "Quem encosta numa lagarta tem que procurar assistência nas primeiras horas e, de preferência, levar uma amostra do animal para análise". Os centros de toxicologia dos hospitais são os mais indicados para orientarem a população sobre o que fazer caso novas taturanas sejam localizadas.
"É muito preocupante encontrar tantas lagartas em uma árvore no quintal, muito próximo da varanda da casa", diz a professora. "Qualquer familiar poderia ter encostado nestas lagartas ou até os animais domésticos e o contato poderia resultar no envenenamento. Em Florianópolis nunca tínhamos coletado tantas lagartas juntas".
Chamada de lonomia obliqua e também conhecidas popularmente como taturana assassina, a espécie chega a ter 8 centímetros de comprimento quando adulta e se caracteriza por possuir grandes espinhos verdes pelo corpo, em forma de pinheiro, e de viver em grupos alojadas em árvores. Nos espinhos, está o veneno, que chega a ser mais letal do que o de uma cobra jararaca.
Em contato com os seres humanos, a taturana libera o veneno que influencia na coagulação do sangue, provocando hemorragias, náuseas e até mesmo um quadro grave de insuficiência renal crônica. "O veneno ativa a coagulação do sangue, consome rapidamente as proteínas resultando numa incoagulabilidade sangüínea", destaca Zannin. "O paciente, horas depois, começa apresentar hemorragias graves e insuficiência renal aguda."
O que preocupa, no caso registrado em Florianópolis, é que a espécie nunca esteve tão perto do homem. "Estas lagartas sempre existiram, mas é importante destacar que em número controlado. Tanto a lagarta como os seus predadores (pequenas moscas e vespas) viviam mais na mata", afirma a coordenadora do CIT.
Para Zannin, o desmatamento e o uso contínuo de agrotóxicos podem ocasionar novos problemas. "O homem vem desmatando as florestas cada vez mais, conseqüentemente as lagartas migram para as árvores nos quintais, pomares das casas e parques das cidades", disse.
"Com o uso do agrotóxico, os predadores naturais das lagartas são mortos e o desequilíbrio é visível: o resultado é esta grande quantidade de lagartas e o risco da população acidentalmente no lazer ou no trabalho encostar nos espinhos e se envenenar".
Os primeiros casos de envenenamento no país foram registrados por pesquisadores em 1989. Seis pessoas morreram em Santa Catarina e outras 2 mil sofreram acidentes até que o Instituto Butantan conseguiu criar um soro para o veneno da lagarta.
A taturana assassina, ou lonomia obliqua foi registrada em várias regiões do oeste do Estado. Na capital catarinense nunca havia sido notada a sua presença até a tarde do último sábado. A fiscalização em alguns bairros pode aumentar nos próximos dias, mas as autoridades estão pedindo que a comunidade permaneça em alerta.
"Cada mariposa coloca em média 70 ovos nas folhas das árvores e após cerca de 15 dias nascem de 60 a 70 lagartas. A proliferação é grande e o risco também: durante o dia elas ficam agregadas no tronco das árvores, mimetizam o tronco da árvore, o que dificulta a sua visualização", revela Marlene.
As lagartas foram colocadas numa caixa de madeira e enviadas na noite desta segunda-feira para o Instituto Butantan, que produz um antídoto específico para o veneno liberado pela espécie, o soro Antilonômico. O soro é comprado pelo Ministério da Saúde e distribuído para as regiões sul e norte do Brasil.
Redação Terra