Cientista alerta para onda de doenças infecciosas emergentes
22.02.2008 - O mundo poderá sofrer uma onda de Doenças Infecciosas Emergentes (DIEs), e os principais focos dessas novas doenças serão a Índia e a África Subsaariana. A defensora da idéia é Kate Jones, especialista em biodiversiddade da Sociedade Zoológica de Londres e a primeira autora do relatório de um estudo internacional nesta área, citada pelo jornal local The Times of India de hoje.
"A Índia correrá o risco de sofrer novas epidemias enquanto a população humana se expande para as zonas selvagens, entrando em contato com uma grande variedade de animais que poderão portar doenças incomuns", explicou a cientista.
De acordo com Kate Jones, as DIEs que poderão surgir na Índia no futuro serão causadas, principalmente, pela expansão humana para as zonas selvagens e despovoadas. Por isso, a prevenção contra uma futura intrusão nas áreas de alta biodiversidade é urgente, acrescentou.
Pesquisadores da Sociedade Zoológica de Londres, da Universidade de Geórgia e do Instituto da Terra da Universidade de Colúmbia, ambos dos Estados Unidos, analisaram 335 casos de DIEs registrados desde 1940.
De acordo com os resultados do estudo, as zoonoses são as mais correntes e importantes causadoras de novas DIEs. E a maioria dessas doenças emergentes, como a SARS e o vírus Ebola, vieram de mamíferos.
De acordo com o mesmo estudo, no mundo inteiro, as DIEs quase quadruplicaram nos últimos 50 anos. Mais doenças surgiram nos anos 1980 do que em qualquer outra década, provavelmente devido à pandemia de HIV/aids, causadora de outras novas doenças. Na década de 1990, doenças transmitidas por insetos chegaram ao seu ponto mais alto, provavelmente em reação às rápidas mudanças climáticas da década.
A equipe também elaborou um mapa detalhado que indica as zonas mais vulneráveis às DIEs. Além da Índia, a África Subsaara é uma outra região ameaçada.
De acordo com os pesquisadores, cerca de 20% de novas DIEs são variações de patologias já conhecidas, como tuberculose, mas que agora se apresentam resistentes a vários medicamentos.
Fonte: Terra notícias
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Lembrando...
Aquecimento global ameaça saúde pública, afirmam especialistas
18.09.2007 - O impacto do aquecimento global sobre as doenças contagiosas se tornará um desafio muito complexo de saúde pública no mundo, consideraram especialistas reunidos em Chicago. O tema foi incluído pela primeira vez nos discursos de abertura da Conferência Anual sobre Agentes Antimicrobianos e Quimioterapia (ICAAC), na noite de segunda-feira (17).
Organizada pela Sociedade Americana de Microbiologia, esta é a 47ª edição do evento, que reúne cerca de 12 mil médicos e pesquisadores de todo o mundo.
"O fato de o tema ter grande destaque no programa desta conferência revela sua importância", disse Anthony McMichael, do Centro Nacional de Epidemiologia e Saúde da População da Universidade de Canberra (Austrália). "Há alguns anos, provavelmente não o teríamos abordado, mas os indícios mostram que o aquecimento global aumenta mais rapidamente do que pensávamos há apenas cinco ou dez anos", acrescentou.
O tema é complexo e exige que sejam reunidos o mais rápido possível os dados para a elaboração de modelos baseados na evolução das doenças durante as últimas décadas para que se compreenda bem o risco futuro, acrescentou o especialista.
Um exemplo são os casos de vírus do Nilo Ocidental, que aumentaram exponencialmente nos Estados Unidos e no Canadá desde 1999, à medida que as mudanças climáticas permitem que o mosquito transmissor da doença se multiplique.
Um modelo elaborado para projetar a evolução da malária na África Ocidental mostrou que a incidência da doença provavelmente diminuirá nessa região à medida que ela se torna cada vez mais quente e seca, o que contém o desenvolvimento do mosquito transmissor do patógeno causador do mal.
Fonte: Terra notícias
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"Haverá grandes terremotos por várias partes, fomes e pestes, e aparecerão fenômenos espantosos no céu". (Lc 21,11)
"E vi aparecer um cavalo esverdeado. Seu cavaleiro tinha por nome Morte; e a região dos mortos o seguia. Foi-lhe dado poder sobre a quarta parte da terra, para matar pela espada, pela fome, pela peste e pelas feras". (Ap 6,8)