Pároco denuncia que viver em Gaza é como viver em um porão de torturas


15.02.2008 - Gaza - O centro juvenil greco-ortodoxo de Gaza (Young men's christian association - Ymca) foi atacado na noite de ontem por ativistas ilsâmicos. O atentado não provocou vítimas, mas a biblioteca, com milhares de livros, ficou completamente destruída.

Segundo o pároco católico de Gaza, Padre Manuel Musallam, o centro era visto como demasiado liberal e, para ele, o ataque não foi contra a comunidade cristã, mas contra um certo estilo de vida ocidental.

No entanto, o sacerdote aproveitou a ocasião para denunciar a difícil situação em Gaza. Ele relata a falta de alimentos, de água e de energia elétrica. "As lojas estão vazias, falta trabalho e os medicamentos são difíceis de serem encontrados. As crianças choram e estão desesperadas. E a comunidade internacional permanece no silêncio", acusa o pe. Musallam.

Para o pároco, existe o risco de um ataque do exército israelense: "As fronteiras estão fechadas, mas não vivemos em uma prisão, mas sim reclusos em um porão de torturas. As condições da população são dramáticas". (BF)

Fonte: Rádio Vaticano

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Lembrando...

Cristãos pedem o fim do estado de sítio na Faixa Gaza

28.01.2008 - ISRAEL E PALESTINA - Os líderes das igrejas de Jerusalém e da Terra Santa pediram à comunidade internacional e ao Estado de Israel para que acabem com o estado de sítio na Faixa de Gaza, que motivou cortes de eletricidade e limitou remessas de medicamentos, combustível, alimentos e outros bens e levou milhares de palestinos a romperem a fronteira com o Egito para comprar gêneros de primeira necessidade.

declaração dos líderes eclesiais, emitida na última quarta-feira, 23, sublinha que o estado de sítio em Gaza “aprisiona” cerca de 1,5 milhão de pessoas que carecem de alimentos e remédios apropriados.

Eles destacam que se trata "de um castigo coletivo ilegal, um ato imoral que viola tanto o direito básico humano e natural como o direito internacional. Não se pode tolerar mais. O estado de sítio em Gaza deve terminar imediatamente".

Na manifestação, os chefes de igrejas convidam os palestinos a se unirem para pôr fim às diferenças em benefício da população de Gaza, e instam o Estado de Israel a atuar com responsabilidade.

Em carta publicada ontem, o secretário-geral do Conselho Mundial de Igrejas (CMI), Samuel Kobia, pediu às 347 igrejas membros do organismo ecumênico internacional que orem pelo fim dos sofrimentos em Gaza e a se pronunciarem, frente aos seus governos, em favor da população de Gaza.

A carta pede solidariedade com as igrejas da Palestina, apoiando o trabalho que elas e as organizações humanitárias realizam.

Fonte: Portas Abertas



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