Perseguição aos cristãos: Igrejas e convento são atacados no Iraque


08.01.2008 - Pelo menos quatro pessoas ficaram feridas ontem em ataques lançados por desconhecidos contra três igrejas e um convento de freiras na cidade de Mosul, cerca de 400 quilômetros ao norte de Bagdá, informaram fontes de segurança locais.

Segundo seu relato, os quatro civis ficaram feridos pela explosão de um carro-bomba na entrada da Igreja da Virgem Maria, localizada no bairro de Al-Nur, no leste da cidade.

A detonação causou grandes danos na grade exterior e janelas do templo, e casas contíguas. A explosão de um veículo perto de uma igreja na área de Al Muhandisin, no norte de Mosul, não deixou vítimas, explicaram as fontes.

Esse atentado também originou destroços na grade exterior do prédio, afirmaram as fontes que, além disso, disseram que uma bomba explodiu no interior de um convento de freiras no bairro de Jazrech, no centro da cidade.

A explosão causou danos nos muros, mas não vítimas, já que o convento está abandonado desde que foi desencadeada a violência sectária no Iraque.

Bomba em igreja

Por último, uma bomba, que explodiu em uma igreja da área de Mosul Al-Jadidah, no sudoeste da cidade, também deixou apenas destroços, concluíram as fontes.

Os ataques contra os templos e mosteiros cristãos no Iraque começaram em março de 2003, quando o regime do ex-presidente iraquiano Saddam Hussein foi derrubado por uma coalizão militar anglo-americana.

Segundo números extra-oficiais, cerca de metade do 1,5 milhão de cristãos que habitava o país fugiu para o estrangeiro, ou se deslocou para outras zonas mais seguras do Iraque, devido aos ataques e ameaças lançados por grupos armados radicais islâmicos sunitas e xiitas.

A maioria dos cristãos do Iraque pertencem às Igrejas Caldéia Ortodoxa, Caldéia Católica e Assíria.

Fonte: Portas Abertas

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Lembrando...

Perseguição aos cristãos na Índia: fome e medo após incêndio em 90 igrejas e centenas de casas

07.01.2008 - O distrito de Kandhamal, no Estado de Orissa, permanece sob tensão 10 dias após uma série de ataques anticristãos terem começado, e milhares de cristãos cujas casas foram incendiadas estão enfrentando fome e medo. Eles pedem orações de irmãos em todo o mundo.

“Cristãos locais que fugiram para as montanhas por temerem por suas vidas começaram a voltar devido à ostensiva presença da polícia e de seguranças pessoais”, disse o pastor Victor John.

O pastor foi à vila Udaigiri, na área de Mallikapur, em Kandhamal, como pregador convidado pela igreja batista no dia 24 de dezembro, dia em que começaram os ataques pelos extremistas hindus do Vishwa Hindu Parishad (Conselho Mundial Hindu ou VHP).

Victor John disse ao Compass que a atmosfera ainda está tensa apesar do deslocamento das tropas. “Eu estou planejando voltar para minha casa no Estado de Chhattisgarh, mas é muito arriscado”, declarou ele em um claro tom de nervosismo. “Preciso de orações.”

Um policial disse ao Serviço de Notícias Indo-Asiático (IANS) que apesar de não terem relatos de violência nos últimos dias, “a situação continua crítica”.

O IANS também declarou que pelo menos três casas foram queimadas em três ataques distintos no último dia 31 de dezembro nas vilas de Rabingia, Barpada e Daringbadi.

Saldo dos ataques

De acordo com um memorando submetido à Comissão Nacional de Direitos Humanos, líderes cristãos disseram que pelo menos 9 pessoas morreram, aproximadamente 90 igrejas foram incendiadas, 600 casas foram destruídas ou queimadas, e 5000 pessoas foram afetadas.

O memorando foi assinado pelo arcebispo católico de Délhi, o reverendo Vincent Concessão; pelo presidente do Conselho Geral dos Cristãos da Índia (AICC, sigla em inglês), Joseph D’Souza; pelo porta-voz da arquidiocese católica de Délhi, reverendo Dr. Dominic Emmanuel; e pelo secretário da Associação Cristã Legal, Lansinglu Rongmei, entre outros.

Dr. John Dayal, secretário- geral da AICC, declarou ao Compass que não há um relato oficial de quantas pessoas morreram nos tiroteios com a polícia, pela violência da multidão ou outros acontecimentos ocorridos durante o período de violência anticristã que começou na véspera de Natal.

“Muitas pessoas, incluindo moças, ainda estão desaparecidas”, disse Dayal, que estava visitando o distrito de Kandhamal numa missão de levantamento dos fatos.

“Nós não temos informações, e não sabemos se a polícia está procurando por eles. Fomos informados que cristãos foram presos, mas não há nenhuma declaração oficial. Os arruaceiros parecem estar livres em todo o distrito apesar do toque de recolher noturno”, disse o secretário da AICC.

Dificuldade de acesso, dificulta envio de ajuda

Dayal reclamou que nenhum grupo ligado às igrejas teve permissão de visitar as áreas afetadas, então o AICC não pode providenciar apoio psicológico às vítimas traumatizadas.

A polícia pediu que a equipe de Dayal deixasse Kandhamal no domingo (30 de dezembro), mas depois de ir para a capital do Estado Bhubaneswar, ele retornou para as vilas afetadas.

“Nós soubemos através de nossos líderes e outras pessoas que se comunicaram conosco que estão acontecendo discriminações na distribuição de ajuda, e que muitas famílias ainda não foram assistidas”, ele acrescentou.

"Funcionários do governo não estão ajudando as mulheres", ressaltou Dayal, dizendo que as mulheres deveriam trazer seus maridos ou filhos. “Nós tememos que isso seja uma desculpa para prender os homens”, ele disse.

Resposta violenta a conversões

As tensões em Kandhamal começaram no dia 24 de dezembro quando cristãos católicos e protestantes estavam levantando uma tenda para as comemorações de Natal.

Uma multidão liderada pelo VHP deu início ao violento ataque contra os cristãos e suas lojas para protestar contra o plano da celebração.

Cristãos locais disseram que o líder do VHP, Swami Laxmananda Saraswati, um conhecido opositor dos cristãos por mais de uma década, estava por trás do ataque.

“Foi Saraswati que instigou a multidão a nos atacar”, declarou um cristão de Brahmani pedindo anonimato.

“Depois, os cristãos souberam que Saraswati estava vindo para começar novos ataques. Vários cristãos tentaram impedi-lo no caminho, o que resultou em um confronto entre os dois grupos; depois disso o VHP declarou que seu líder havia sido ferido e anunciou que agora os cristãos seriam atacados como vingança”.

Saraswati disse à mídia em 25 de dezembro que a razão para a violência foram as conversões dos cristãos locais. Estima-se que os cristãos sejam 16% do total da população do distrito de Kandhamal.

Pedidos de proteção

Cristãos de várias denominações de todo o país fizeram vários comícios para mostrar solidariedade com as vítimas, e se encontraram com líderes políticos, incluindo o primeiro- ministro, pedindo que eles garantissem a segurança dos cristãos em Orissa.

Pedidos por escrito foram submetidos ao primeiro ministro Manmohan Singh, ao presidente Pratibha Patil, ao ministro da Casa Civil, Shivraj Patil, ao ministro-chefe do Estado de Orissa, Naveen Patnaik, e ao governador Murlidhar Chandrakant Bhandare.

Um grupo de autores cristãos pediu um boicote contra o VHP por seu papel nos acontecimentos violentos em Orissa.

O Fórum dos Escritores, que se reúne em seu segundo encontro anual em Panjim, no Estado de Goa, requereu o boicote em um memorando ao presidente Pratibha Patil na segunda-feira (31 de dezembro).

O Fórum acusou os governos federal e do Estado de Orissa de apatia e falta de ação por causa de sua incapacidade de interromper com a violência premeditada, dizendo que os abusos em andamento trazem “prejuízos internacionais para a reputação da Índia”.

A polícia, no entanto, diz que o terreno peculiar da área dificulta seus movimentos e esforços para chegar aos locais de conflito em tempo.

"Kandhamal, que tem uma área de 8.021 quilômetros quadrados, tem apenas 15 delegacias de polícia com uma força de 647 policiais, que cuida de uma população de 648.201”, disseram as autoridades ao jornal “Hindustan Times”.

Fonte: Portas Abertas

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Nota do Portal Anjo, www.portalanjo.com

Diz na Sagrada Escritura:

"Então sereis entregues aos tormentos, matar-vos-ão e sereis por minha causa objeto de ódio para todas as nações". (Mt 24,9)

"Quem nos separará do amor de Cristo? A tribulação? A angústia? A perseguição? A fome? A nudez? O perigo? A espada?" (Rm 8,35)

"Pois todos os que quiserem viver piedosamente, em Jesus Cristo, terão de sofrer a perseguição". (2Tm 3,12)

"Somos perseguidos, mas não ficamos desamparados. Somos abatidos, mas não somos destruídos". (2Cor 4,9)


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