Estados Unidos: Supervulcão de Yellowstone se elevou 18 cm desde 2004
13.11.2007 - Nos Estados Unidos, o supervulcão de Yellowstone está subindo. Sua "caldeira", uma grande baia de 60 km de comprimento e 40 km de largura situada no centro do parque nacional do mesmo nome e criada por uma enorme explosão vulcânica acontecida 642 mil anos atrás, se ergueu em 18 centímetros entre julho de 2004 e o final de 2006, o que representa uma média anual de 7 cm.
Essa elevação da caldeira de Yellowstone foi constatada pelas 12 estações do sistema de posicionamento global (GPS) instaladas na região do vulcão e pelo radar especializado do sistema Envisat, da Agência Espacial Européia (ESA).
O ritmo de elevação vem sendo bem mais rápido do que o observado de 1923 até recentemente. As elevações anuais médias são da ordem de 2 cm.
Os cientistas norte-americanos, que relataram essas observações em artigo publicado pela revista Science em sua edição de 9 de novembro, acreditam que o fenômeno se deva à recarga da câmara de magma gigante situada sob o vulcão, constituída de rochas fundidas e de matéria sólida. A isso se pode acrescentar a pressão mais elevada dos fluidos hidrotérmicos.
Pesquisas anteriores haviam demonstrado que a câmara de magma de Yellowstone se localiza em profundidade de entre 8 e 16 km. Ela tem a particularidade de ser alimentada de magma por um "ponto quente" localizado a mais de 600 km de profundidade. Situados na base do manto superior da crosta terrestre, os pontos quentes correspondem a uma concentração local de calor que serve de fonte à produção de rochas. Mais leves que o material circundante, estas sobem à superfície e perfuram a crosta terrestre, como um gigantesco maçarico.
No que concerne a Yellowstone, os pesquisadores se sentem divididos quanto à forma que uma eventual erupção poderia tomar: Correntes de magma ou projeção à atmosfera? Por enquanto, as observações não constatam "sinal de erupção vulcânica ou de explosão hidrotérmica iminentes", avalia Robert Smith, sismologista e professor de geofísica na Universidade de Utah, que dirigiu o estudo publicado pela Science.
Mesmo assim, o risco é real, já que o supervulcão de Yellowstone conheceu no passado erupções gigantes, acontecidas há 2 milhões de anos, 1,3 milhão de anos e 642 mil anos. As detonações foram, respectivamente, 2,5 mil vezes, 280 vezes e mil vezes mais fortes que a devastadora erupção do Monte Saint Helens, em 1980, que causou 57 mortes e US$ 1 bilhão de prejuízo, de acordo com Robert Smith. Desde então, apenas erupções vulcânicas de menor envergadura vêm acontecendo.
O Parque de Yellowstone registra atividade sísmica moderada mas regular, com centenas de abalos a cada ano. O mais violento, com magnitude 7,5 na escala Richter, aconteceu em 1959. O calor gerado pelo magma, situado a baixa profundidade, alimenta os processos geotérmicos característicos do parque, que conta com mais de 200 gêiseres e numerosas fontes e lagos hidrotérmicos.
Para antecipar um evento que poderia ser catastrófico, o observatório vulcanológico de Yellowstone decidiu, em 2006, equipar o local com sistemas de observação e alerta mais aperfeiçoados, sob os termos de um programa que se estenderá até 2015.
Fonte: Terra notícias
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Lembrando...
Documentário simula erupção de supervulcão nos EUA
15.03.2005 - A BBC exibiu nesta semana um documentário/drama sobre uma possível erupção do vulcão de Yellowstone, nos Estados Unidos. Supervolcano mistura ciência, dramaturgia e imagens criadas por computador para revelar o que poderia acontecer se o vulcão de Yellowstone, parque nacional que abriga o único supervulcão atualmente ativo do mundo, entrasse novamente em erupção.
O documentário custou 3 milhões de libras (cerca de R$ 15,8 milhões) e é uma co-produção entre a BBC e outras emissoras do mundo todo, incluindo o Discovery Channel.
O supervulcão do Parque Nacional de Yellowstone entrou em erupção pela última vez há 640 mil anos, levando o mundo a ter um inverno rigoroso que durou uma década e ameaçou a população humana de extinção.
Para acompanhar a exibição da superprodução, a BBC também produziu a série "Supervolcano: The Truth About Yellowstone" (Supervulcão: a Verdade Sobre Yellowstone), que revela toda a pesquisa que foi feita para a realização do documentário, com entrevistas com especialistas que monitoram o comportamento do supervulcão.
O documentário foi feito com base nas previsões desses especialistas e nas estratégias de evacuação de agências do governo americano. Cientistas acreditam que uma possível erupção do supervulcão tem potencial para matar diretamente 100 mil cidadãos americanos e causar nevascas, mudanças climáticas e fome no mundo todo, que deixariam muito mais mortos.
O Parque Nacional de Yellowstone é uma das atrações turísticas mais famosas e populares nos Estados Unidos.
Fonte: Terra Notícias
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Profecia de Nossa Senhora de La Salette, aparição na França em 1846, reconhecida pela Igreja em 1851.
"As estações serão mudadas, a terra não produzirá senão maus frutos, os astros perderão os seus movimentos regulares, a lua não refletirá senão uma luz avermelhada; a água e o fogo causarão ao globo terrestre movimentos convulsivos e horríveis terremotos, que farão tragar montanhas, cidades...
Chegou o tempo. O sol se escurece; somente a fé viverá".