Estados Unidos: Califórnia teme terremoto com poder de destruição


31.10.2007 - O temor do "Big One", um lendário terremoto com grande capacidade de destruição, que poderia causar um prejuízo de até US$ 150 bilhões à Califórnia, voltou a atormentar os moradores do Estado na noite de terça-feira, quando um abalo sísmico atingiu o norte do Estado.

Os californianos são alvo de cerca de 15.000 abalos sísmicos por ano, a maioria muito fraca. Contudo, São Francisco sempre está a espera do "Big One", que de acordo com certos geólogos, tem 70% de possibilidades de acontecer nos 30 próximos anos.

Os peritos acreditam que, a cada 150 anos, acontecem importantes movimentos na parte do sul da falha de "San Andreas", que atravessa todo o Estado. Dessa maneira, os dois últimos grandes tremores de terra na Califórnia aconteceram exatamente há 150 anos (El Tejon, 1857) e 101 anos (São Francisco, 1906), com grau 8 na escala Richter.

A região de São Francisco, no norte do Estado, se encontra entre a grande falha tectônia que contorna a costa ocidental americana, e o sistema de "San Andreas" e "Howard", que passa ao leste de Oakland.

No último mês de janeiro, sismólogos reunidos na Universidade da Califórnia do Sul (USC) de Los Angeles, afirmaram que o "Big One" é iminente. "Pode-se dizer que o segmento sudeste da falha de San Andreas está grávida de nove meses", explicou Thomas Jordan, diretor do Centro Sismológico da Califórnia do Sul.

Com a acelerada urbanização da Califórnia, que passou de 360.000 habitantes em todo os Estado, em 1857, para atuais 18 milhões apenas na megalópole de Los Angeles/San Diego, o que poderia ter conseqüências sérias no caso de um grande tremor, apesar das construções respeitarem normas rígidas sobre essa questão.

O "El Tejon" deixou apenas dois mortos em 1857, enquanto que "São Francisco" causou 3.000 mortes e cerca de 500 milhões de dólares em estragos. Entretanto, se o terremoto de "El Tejon" acontecesse atualmente, causaria cerca de 150 bilhões de dólares em estragos, ou seja, um décimo do Produto interno bruto (PIB) do Estado da Califórnia, o equivalente ao PIB de Israel, segundo cálculos da sociedade consultores Risk Management Solutions.

O custo humano subiria para a 150 mortes e 5.000 feridos, de acordo com este mesmo estudo.

A falha de San Andreas é supervisionada permanentemente graças a sismógrafos, aparelhos de detecção a laser dos deslocamentos da crosta terrestre e por cálculos por GPS.

Entretanto, se o "Big One" é uma certeza para todos os especialistas que estudam a evolução da falha de San Andreas, a data em que ele acontecerá permanece um mistério.

Fonte: Terra notícias

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Lembrando...

Especialistas americanos garantem grande terremoto que fará Los Angeles ruir.

Revista Isto É, de 05.07.2006

A Califórnia vai tremer: Em 1906, um terremoto arrasou São Francisco. Agora, dizem, o Big One periga voltar, ainda mais devastador e poderá mandar Los Angeles pelos ares.

Sempre se falou do risco de o Estado americano da Califórnia enfrentar um gigantesco terremoto, o “Big One”, que dividiria a região ao meio. A ameaça deve-se à sua localização sobre uma falha geológica, de 1,3 mil quilômetros de extensão, batizada San Andreas. Nos últimos dias, o temor do Big One cresceu. O Instituto de Oceonagrafia Scripps, nos EUA, constatou que essa falha geológica, um fenômeno natural que se movimenta de forma imprevisível a 15 quilômetros abaixo da superfície, “vive um momento de tensão inigualável se comparado a qualquer outra ocasião”. Em sua extremidade sul, sob Los Angeles, não houve nenhum movimento drástico nos últimos tempos. Isso é bom? Não. Eis o paradoxo do terremoto: é justamente esse sossego, essa contida panela de pressão, que dá aos especialistas a certeza de que a Califórnia vai ruir. “A quietude aumenta a probabilidade de ocorrer um evento sismológico, essa energia represada é mais que suficiente para causar o Big One”, diz o cientistaYuri Fialko, autor do mais detalhado estudo sobre o San Andreas. Em 1906, foi esse mesmo fenômeno geológico o responsável por reduzir a pó a cidade de São Francisco. Em 1994, Los Angeles sofreu 20 tremores consecutivos que abalaram a estrutura de edifícios em Hollywood e incendiaram casas no Vale San Fernando. Agora, segundo os geólogos, que nada mais fazem na vida a não ser estudar o San Andreas e tentar cravar uma data para o Big One, com a finalidade de que o governo americano e a defesa civil se previnam e protejam a Califórnia, do subsolo virá uma explosão que arremessará para os ares, a uma altura de mais de dez metros do chão, prédios, casas, árvores, pontes e viadutos. E pessoas.

No interior do nosso planeta, no ponto que os oceanógrafos chamam de “umbigo da Terra” e no qual se localiza a fronteira entre a crosta terrestre e os mantos de magma, há placas tectônicas que se encaixam como peças de um quebra-cabeça. Em algumas áreas do globo, essas placas deslizam umas sobre as outras e essa dança gera um atrito tão forte que empurra a crosta terrestre para cima – isso é um terremoto. Esse é o caso do San Andreas que está entre duas dessas placas tectônicas: a do Pacífico e a Norte-Americana.

O San Andreas foi analisado de cima a baixo com imagens de alta qualidade obtidas através de satélites que mediram os abalos sísmicos entre 1985 e 2005. Quando o pesquisador Fialko cruzou as imagens do defeito geológico com dados de seus últimos movimentos, percebeu o quanto um lado da placa da América do Norte vem deslizando além da placa do Pacífico. Ou seja: elas estão entre seis e oito metros, aquém da posição em que deveriam estar. Essa dimensão de deslizamento é equivalente a um devastador terremoto de magnitude 8 na escala Richter (a escala vai até 9 pontos). Só para efeito de comparação, em 1906 a falha de San Andreas gerou tremores menos intensos de 7,8 pontos e eles foram capazes de desmoronar São Francisco como se desmantela um castelo de cartas. A “Paris das Américas” estava no auge do desenvolvimento econômico e urbano quando tudo o que estava sobre o seu solo foi lançado a uma distância de seis metros. Dos 800 mil habitantes, cerca de três mil morreram e milhares ficaram feridos. Rachaduras engoliram postes e edifícios. No lugar da bela e pujante São Francisco, ficou uma tétrica cidade fantasma. Os abalos sísmicos na falha de San Andreas acontecem em ciclos e, pelos cálculos dos cientistas, o Big One está atrasado, o que aumenta a tensão dos que residem na região de Palm Springs, San Bernardino e Riverside. Finalmente, o medo também sobe de escala porque foi descoberto um ramo do sistema meridional de San Andreas, chamado Falha San Jacinto, que está se deslocando duas vezes mais rapidamente do que se acreditava. “É o próprio sistema nervoso central dessa região”, diz Yuri Fialko. “E esse sistema nervoso está sob pressão e muito abalado."

(25 mil bombas atômicas promovem uma destruição semelhante ao Big One)

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"Na cidade restou apenas desolação, a porta está demolida, em ruínas". (Isaías 24, 13)

"Quem fugir do grito de pânico, cairá na cova, quem se levantar da cova será preso pelo laço. Porque as comportas do alto se abrem e os fundamentos da terra tremem. A terra se quebra, a terra é abalada violentamente, a terra é fortemente sacudida. A terra cambaleia como um bêbado, é agitada como uma cabana. Sua rebelião pesa sobre ela, ela cairá e já não se levantará". (Isaías 24, 18-20)

"Disse Jesus: Haverá grandes terremotos e em muitos lugares fome e peste, acontecerão coisas terríveis e grandes sinais no céu". (Lucas 21, 11)


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