Onda de roubos eleva segurança em igrejas na Itália


24.08.2007 - O alto número de católicos fervorosos e a forte relação e proximidade com o Vaticano não foram suficientes para impedir o aumento do número de roubos em igrejas da Itália, um fenômeno que levou as autoridades a incrementarem a segurança nas igrejas.

Em média, 45 igrejas são roubadas por mês, num negócio que envolve criminosos especializados em patrimônio artístico, intermediários, colecionadores privados, restauradores e antiquários.

Os objetos que costumam ser furtados são candelabros de ouro, crucifixos antigos, altares e objetos de arte medievais, renascentistas e barrocos.

"Muitos desses objetos roubados são comercializados fora da Itália. Alguns sofrem modificações, para que não sejam identificados", disse à BBC Brasil o coronel Giovanni Pastore, vice-comandante do Núcleo de Tutela do Patrimônio Cultural dos Carabinieri.

"Outros são destruídos, depois de retiradas as partes em ouro ou pedras preciosas."

Conforme levantamento dos Carabinieri - a polícia militar italiana-, em 2004, foram registrados 464 furtos em igrejas, 483 em 2005, e 546 em 2006.

A quantidade de objetos roubados já ultrapassou 12 mil nos últimos três anos e meio: 2.840 em 2004, 2.993 em 2005, 3.919 em 2006 e 2.330 no primeiro semestre de 2007.

Entre os objetos há grandes e pequenas obras-primas, como imagens de santos católicos, estátuas de menino Jesus, relicários, vitrais, quadros, banheiras para imersão dos batizados, pias para água benta e confessionários, que alimentam um vasto mercado clandestino, em que um altar pode ser vendido por 500 mil euros, o equivalente a R$ 1,36 milhão.

Em alguns casos, como o ocorrido em uma igreja em Nápoles, os ladrões saquearam até mesmo o pavimento de mármore.

Na cidade de Turim, no nordeste da Itália, depois da ocorrência de inúmeros furtos, o padre da capela do Hospital San Giovanni - repleta de objetos preciosos e de antigüidades - afixou um cartaz na porta, avisando os fiéis que o local só voltaria a ser aberto depois da instalação de um sistema de segurança.

Na avaliação do coronel Pastore, a falta de sistemas de segurança na maioria das igrejas italianas facilita a ação da criminalidade especializada em patrimônio artístico, que encontra nos lugares sagrados um grande campo de atuação.

Enquanto cresce o número de roubos nas igrejas, nos museus - cada vez mais vigiados -, a situação é inversa: em 2006, foram registrados apenas 14 furtos e, no ano anterior, 18.

"Analisando o fenômeno com os olhos de quem acredita em Deus, é difícil dizer se é um pecado mais grave roubar na igreja que em outro lugar", afirma Don Stefano Russo, diretor do Departamento Nacional para os Bens Culturais Eclesiásticos, órgão da Confederação Episcopal Italiana (CEI).

"Mas, certamente, os roubos nos lugares sagrados têm o agravante de que o objeto furtado, além do valor artístico e econômico, é precioso para a comunidade de fiéis do ponto de vista religioso."

Uma das maneiras encontradas pela CEI para barrar a ação dos ladrões foi dar início a um inventário nacional dos bens culturais das igrejas e destinar todos os anos um fundo às dioceses para a instalação de sistemas de alarmes, portas anti-furto e câmeras.

"Até o momento, 48% das 85 mil igrejas italianas fizeram o inventário, catalogando com imagens digitais e descrições detalhadas cerca de dois milhões de bens", disse a arquiteta Laura Gavazzi, que trabalha no setor de bens culturais da CEI.

"E 5.254 igrejas, 6% do total, já contam com sistemas anti-furto."

A polícia preparou um grande arquivo informatizado com dados das obras roubados, conectado aos arquivos da CEI.

Segundo o coronel Pastore, objetos roubados que são recuperados, muitas vezes não podem ser devolvidos porque a proveniência é desconhecida. De acordo com ele, em torno de 20% dos furtos sequer são denunciados.

"Em algumas ocasiões, encontramos uma peça furtada e não temos para quem devolver, porque não foi feito um cadastro e os padres não reconhecem a procedência da mesma", afirma Pastore.

O fato de muitas igrejas ficarem situadas em lugares isolados, a falta de padres e de sistemas de segurança facilitam a ação daqueles que estão acostumados a roubar as igrejas italianas.

Mas, de acordo com Pastore, os métodos dos ladrões também se adequam à situação.

Ele lembra de casos em que os criminosos ficaram escondidos dentro das igrejas antes de os padres fecharem as portas e acionarem os sistemas de segurança.

"Dentro do local, eles atuam como querem", disse o coronel. "Roubam o que bem entendem, passam a noite lá e saem tranqüilamente no dia seguinte quando o alarme já foi desligado."

Diante da situação, o governo também resolveu agir. Há três meses, o Conselho de Ministros da Itália aprovou uma lei que prevê maiores punições e um maior prazo para o tempo de prescrição dos crimes contra o patrimônio cultural do país.

Fonte: O Globo Online

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Nota do Portal Anjo, www.portalanjo.com

Lembrando...

No centro de Sâo Paulo, fiéis são furtados durante a missa

16.10.2006 - Boa parte dos fiéis que freqüenta as igrejas do centro de São Paulo já sabe: nem durante uma missa pode-se bobear. Na hora de comungar, a bolsa precisa ir junto. Ao dar uma oferenda, não se deve abrir a carteira na frente de todo mundo. Celulares e relógios não podem ser ostentados.

Em igrejas como as da Consolação e de Santa Cecília e na catedral da Sé, são comuns casos de fiéis que são roubados durante as celebrações. Alguns, são vítimas do próprio descuido. "É comum as pessoas serem assaltadas nas missas", conta um funcionário da igreja de Santa Cecília, que pede para não ser identificado. "Temos um vigia aqui, mas ele não dá conta de tudo."

Para evitar qualquer dor de cabeça, sugere, o melhor é não deixar bolsas e carteiras nos bancos. "Quem bobeia perde tudo porque por aqui tem muito malandro." Freqüentadora da paróquia, Maria Emília Souza, 48, não desgruda dos seus pertences. "Graças a Deus nunca fui roubada, mas já vi ladrõezinhos furtando carteiras e celulares sem os donos nem perceberem", diz. "A gente não tem sossego nem para falar com Deus."

Fonte: UOL notícias

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Ladrões assistem à missa antes de assaltar igreja

15.05.2007 - Um grupo de cinco assaltantes aguardou o fim da missa do último domingo, na igreja Santa Cecília, em Porto Alegre, para render seis pessoas e roubar cerca de R$ 1,5 mil arrecadados em dízimos, um notebook, máquinas fotográficas digitais e celulares.

Antes de se recolher, o padre Edgar Jotz aproximou-se de um jovem que se ajoelhara em frente ao altar da Igreja Santa Cecília, após o encerramento da missa das 18h, no domingo, e ouviu dele a seguinte frase: - Estou rezando para minha mãe, padre.

Era mentira. O suposto fiel aguardava o término da missa para, com quatro comparsas, render seis pessoas - entre elas o padre Edgar - e roubar cerca de R$ 1,5 mil arrecadados em dízimos, um notebook, máquinas fotográficas digitais e celulares. Um religioso foi ferido com coronhadas na cabeça. O crime deixou chocados os freqüentadores da igreja Santa Cecília, que ontem permaneceu fechada.

Fonte: Jornal Zero Hora RS

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Sacrilégio: Desconhecidos roubam hóstias consagradas de igreja mexicana

25.07.2007 - MEXICO D.F - O Secretário Geral da Diocese de Aguascalientes (México), Pe. Raúl Sosa Palos, denunciou que no domingo, dia 15 de julho, foram roubadas hóstias consagradas da Igreja do Divino Menino na cidade de Lomas del Ajedrez e advertiu que poderiam ser usadas em atos satânicos ou profanos.

Em coletiva de imprensa o Pe. Sosa assinalou que os criminosos entraram "por algum dos vitrôs, abriram com alguma chave que levavam o sacrário, subtraíram sacrilegamente o Santíssimo Sacramento da Eucaristia e o levaram consigo. Não levaram nenhuma outra coisa, por isso o fato faz pensar que o fizeram com intenções perversas de profanação".

"Quem joga por terra as espécies consagradas, leva-as ou retém com alguma finalidade sacrílega, incorre por esse mesmo feito em excomunhão reservada a Sé Apostólica", recordou o presbítero e exortou severamente aos delinqüentes "a entregar imediatamente as sagradas espécies, a algum sacerdote e arrepender-se desse enorme pecado".

O sacerdote assinalou que não se apresentou nenhuma denúncia ante a Procuradoria Geral de Justiça do Estado porque o roubo tem um valor espiritual e religioso que não pode ser quantificado de forma material. "É um crime sacrílego, é a presença real de Jesus Cristo", finalizou.

Fonte: ACI

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Roubos sacrílegos constituem uma triste desgraça, denuncia Arcebispo salvadorenho

31.07.2007 - SAN SALVADOR - O Arcebispo de São Salvador, Dom Fernando Sáenz Lacalle, denunciou que os roubos de imagens de distintas igrejas no país constituem "uma triste desgraça, em primeiro lugar porque é um sacrilégio, em segundo pelo valor artístico-histórico que estas imagens têm como um patrimônio nacional e pelo valor material que têm".

Fonte: ACI

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"Porque é do interior do coração dos homens que procedem os maus pensamentos: devassidões, roubos, assassinatos..." (Mc 7,21)



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