11.05.2023 -
As aparições de Maria que falam de castigos de Deus” são absolutamente falsas”, afirma o padre franciscano Stefano Secchin, presidente da Pontifícia Academia Mariana Internacional (PAMI), em entrevista a Alfa & Omega, uma publicação de informação católica vinculada ao Arcebispado de Madrid.
O presidente da PAMI falava sobre o trabalho de um projeto que acaba de ser apresentado pela Academia – o Observatório Internacional das Aparições e Fenómenos Místicos ligados à Virgem Maria – que visa, entre outros objetivos, “aconselhar as igrejas locais e os bispos sobre os casos em estudo, sempre em contato com instituições académicas, tanto seculares como eclesiásticas”.
Sempre que surgem casos de aparições, explica Stepfano Secchin, eles “são examinados de forma interdisciplinar, numa perspectiva científica”, por uma comissão composta por médicos, advogados, psicólogo.
Aspectos como a moralidade dos videntes, o seu estado físico e mental ou a existência de condicionamentos ou interesses externos são passados à lupa. Com base na informação recolhida, cada membro da comissão pronuncia-se por escrito e emite o seu voto, positivo ou negativo. De seguida, “este material é entregue ao bispo, para que ele decida”, esclarece o presidente do PAMI.
A acompanhar o trabalho desta Comissão, está uma Comissão Científica, composta por 14 especialistas, entre os quais o diretor do departamento de Estudos do Santuário de Fátima.
Os bispos, a quem cabe a decisão final, são os primeiros a carecer deste tipo de peritagem e a necessitar de suporte sólido para a decisão a tomar, segundo o frade franciscano. “Muitas vezes, explica, eles são confrontados com situações destas e não sabem o que fazer, não estão preparados. Ou negam o fenómeno, ou são demasiado rápidos a dar-lhe um ar positivo; outras vezes são muito condescendentes”.
O Observatório foi criado, precisamente, como resposta a todos os problemas e confusões criados por algumas falsas aparições”, que o entrevistado tipifica: “gente que se quer aproveitar da credulidade das pessoas e da sua dor”, e até “máfias, que sabem que os santuários são uma fonte de dinheiro”.
Desde 1978 que a Santa Sé adotou um protocolo de “regras claras” para lidar com a situação. As suspeitas de falsidade podem vir de vários fatores. “Mas há sinais de alerta”, diz o diretor do Observatório., que exemplifica: “Será que uma mãe quer castigar os seus filhos, enviando-lhes doenças, a morte…? Nem pensar. Por isso, as aparições que falam de castigos de Deus são absolutamente falsas”.
Secchin, ele próprio doutorado em Mariologia, refere que a Pontifícia Academia Mariana é um organismo que depende diretamente da Cúria Romana, com competência específica no assunto da figura de Maria, contando com académicos acreditados pela Santa Sé.
Perguntado sobre o papel do Papa nestes processos, o presidente esclarece que ele não tem necessidade de aprovar ou não as aparições, uma vez que se trata de “revelações privadas”, que “não acrescentam nem diminuem as revelações públicas”. Adianta, por outro lado, que, enquanto para a Igreja “existem aparições e fenómenos místicos”, “no campo do Direito Canónico, a palavra aparição não existe”; no discurso jurídico o que existe é o “lugar de peregrinação”. São coisas diferentes, como se pode ver no caso Medjugorje, no Sul da Bósnia e Herzegovina, em que a aparição não seja aprovada e o lugar de peregrinação seja.
Via setemargens.com/aparicoes-de-maria-com-castigos-de-deus-sao-falsas
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Fim dos Tempos e a Guerra contra a Mulher Vestida de Sol
Nota final de www.rainhamaria.com.br
Publicado no site em 15.03.2019
Diz na Sagrada Escritura:
“O dragão vendo que fora precipitado na terra perseguiu a Mulher que dera à luz o Menino. Este (o dragão), então se irritou contra a Mulher e foi fazer guerra ao resto de sua descendência, aos que guardam os mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus" (Apocalipse 12, 13 e 17-18).
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