24.10.2021 - Nota de www.rainhamaria.com.br
Publicado no site em 29.12.2015
A Igreja Católica define de forma muito clara (CIC 65, 66) que a revelação pública, oficial, está concluída e é a que vemos nos livros canônicos da Bíblia. Corresponde à fé cristã compreender gradualmente seu conteúdo.
Isso não impede que haja revelações privadas (CIC 67), que não melhoram nem completam a Revelação definitiva de Cristo, mas sim podem ajudar a vivê-la mais plenamente em uma determinada época histórica. Ou seja, pode haver livros inspirados, mas não canônicos.
O especialista François Michel Debroise nos dá uma informação muito completa sobre o tema.
Maria Valtorta, mística italiana falecida em 1961, foi um exemplo de alma extraordinária com vida extraordinária. Foi uma das 18 grandes místicas marianas. Aos 23 anos, um anarquista a espancou com uma barra de ferro, deixando-a com limitações físicas. Ficou 9 anos de cama. E uniu todas as suas dores à paixão de Jesus.
Seu confessor, ao ver a grandeza dessa alma, pediu-lhe que escrevesse sua biografia. Tudo isso aconteceu em plena guerra mundial. Depois de escrever sua biografia, de 1943 a 1950, ela começou a receber uma série de visões, que transcreveu em 17 volumes, entre eles sua obra mais conhecida e polêmica: “O Evangelho como me foi revelado”. Em 4800 páginas, ela relata a vida de Cristo, dia a dia.
O Papa Paulo VI apoiou a leitura da obra de Maria Valtorta, assim como o Padre Pio. A Madre Teresa de Calcutá era uma leitora assídua dos seus escritos. A celebração dos 50 anos da morte de Maria Valtorta foi acompanhado por altas personalidades da Igreja.
Do ponto de vista histórico, os biblistas se surpreendem com como uma pessoa que não teve estudos possa ter um conhecimento tão detalhado.
O leitor desta narração fica preso, porque a obra o introduz nas cenas da vida de Jesus como um espectador presente. É uma narração extraordinária do ponto de vista teológico, histórico e científico. (Fonte: Aleteia)
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Eu estou em cada mendigo, em cada necessitado do mundo.
ENSINAMENTOS DE JESUS PARA SE VIVER COM JUSTIÇA.
Diz Jesus:
“Estou vendo tudo. E todas estas coisas quem vos ajudou a construí-las não foram esses que agora, por entre queixumes vos pedem um pão? Vós dizeis que sim? E, então, porquê é que vós estais aproveitando do que eles vos ajudaram a ter, não dais a eles nem uma migalha de prazer? O pão, sem que eles o peçam. Uma pequena cama, para que eles não sejam obrigados a dividir as cavernas com os animais selvagens. Um socorro para as suas doenças que, se forem curadas, eles teriam ainda um modo de fazer alguma coisa, em vez de ficarem se aviltando em um ócio forçado e humilhante.
Como podeis sentar-vos contentes à mesa e repartir com alegria o alimento abundante por entre os filhos sorridentes, sabendo que pouco longe deles estão alguns vossos irmãos passando fome? Como ir tomar descanso em um leito bem confortável, quando sabeis que lá fora, no meio da noite, há homens que não têm nem uma moedinha para comprar um pão?
Vós me dissestes que credes no Senhor Altíssimo e que observais a Lei, que conheceis os profetas, e os livros da Sabedoria. Vós me dissestes que credes em Mim e que estais ávidos da minha Doutrina. Mas então, haveis de ter um coração bom, porque Deus é amor e prescreve o amor, porque a Lei é Amor, porque os profetas e os livros da Sabedoria aconselham o amor, se a minha doutrina é uma doutrina de amor. Os sacrifícios e as orações são vazios, se eles não tiverem por base e altar o amor do próximo, especialmente do próximo indigente, ao qual podem ser dadas as formas de amor com o pão, a cama, a roupa, junto com o conforto e o ensino e com um acompanhamento para levá-los a Deus. A miséria, aviltando o homem, leva o espírito à perda daquela fé na Providência, que é essencial para se poder resistir nas provações desta vida.
Como podeis pretender que o miserável seja sempre bom, paciente, piedoso, quando ele vê que os beneficiados nesta vida, que segundo o conceito comum, assim o são pela Providência, ficam duros de coração e sem uma verdadeira religião, porque a religião deles faz falta a primeira e a mais essencial das partes: o amor, e ficam sem paciência, e, aqueles que tudo têm não sabem suportar nem mesmo o pedido de quem está com fome? As vezes eles maldizem a Deus e a vós? Mas, quem os leva a este pecado?
Nunca pensais vós, ó ricos cidadãos de uma cidade rica como esta, que tendes um grande dever: o de ensinar a Sabedoria aos que ficam abandonados pelo vosso modo de agir.
Eu já ouvi alguém dizer: “Todos gostaríamos de ser teus discípulos, para pregarmos a tua doutrina.” A todos Eu digo: bem que o podeis fazer. Esses que vêm com medo, com vergonha, porque suas vestes estão rasgadas, com seus rostos chupados, são os que estão esperando a Boa Nova, a que veio sobretudo para os pobres, a fim de que eles tenham um conforto sobrenatural, na esperança de uma vida gloriosa, depois da realidade de sua triste vida presente. Vós a podeis viver com menos cansaço material, mas com mais cansaço espiritual, pois que as riquezas são perigosas para a santidade e a justiça, esta é a minha doutrina. Eles com cansaços de toda sorte, o podem fazer. O pão que falta, a roupa insuficiente, o teto inexistente os movem a fazer esta pergunta: “Como eu posso crer que Deus é meu Pai, se eu não tenho nem o que um passarinho do ar tem?” As durezas do próximo como é que podem fazer crer a eles que é preciso que se amem como irmãos? Vós tendes a obrigação de ensinar-lhes que Deus é Pai e que vós sois irmãos, com o vosso amor por meio de boas obras. A Providência existe, e dela vós sois os ministros, vós, os ricos do mundo. Considerai que estes meios são como a maior honra que Deus vos faz, como único meio para tornar santas as perigosas riquezas.
E agi como se em cada um deles vísseis a Mim mesmo. Eu estou neles. Eu quis ser pobre e perseguido para ser como eles, e porque a lembrança do Cristo pobre e perseguido continuasse pelos séculos afora, projetando uma luz sobrenatural sobre os pobres e os perseguidos como Cristo, uma luz que vo-los fizesse amar como a outros Mim mesmo. Pois Eu de fato estou no mendigo, ao qual matastes a fome, ao qual matastes a sede, ao que vestistes, ao que abrigastes. Eu estou no órfão que foi recolhido com amor, no velhinho socorrido, na viúva ajudada no peregrino hospedado, no doente curada. Eu estou no aflito confortado, no ignorante que foi instruído. Eu estou onde se recebe amor. E tudo o que for feito a um irmão pobre, tanto com meios materiais, como espirituais, a Mim foi feito. Porque Eu sou o Pobre, o Aflito, o Homem das dores, e o sou para dar Riqueza, Alegria, Vida sobrenatural a todos os homens, que muitas vezes nem o sabem, mas assim é, são ricos apenas na aparência, e alegres com uma alegria apenas aparente, e são todos pobres das riquezas e alegrias verdadeiras, porque estão sem a Graça por causa da Culpa Original, que os priva dela.
Vós sabeis que sem a Redenção, não há Graça, não há alegria nem Vida. E Eu, para dar-vos Graça e Vida, não quis nascer como um rei ou poderoso, mas como um pobre, um homem do povo, um humilde, porque nada é a coroa, nada é o trono, nada é o poder para quem vem do Céu, a fim de conduzir para o Céu, pois tudo isso é o exemplo que um verdadeiro Mestre deve dar, para dar força à sua Doutrina.
Porque os em maior número são os pobres e os infelizes, ao passo que os poderosos e os felizes são em menor número. Porque a bondade é Piedade. Para isto é que Eu vim, e que o Senhor ungiu o seu Cristo: para que Eu anunciasse a Boa Nova aos mansos, e cuidasse dos que têm o coração amargurado, para pregar a liberdade a ser dada aos escravos, a liberdade aos prisioneiros, para consolar aos que choram, colocar nos filhos de Deus, nos filhos que sabem permanecer tais, tanto na alegria como na dor, o seu diadema, a veste da justiça, e transformá-los de árvores selvagens em plantas do Senhor, em seus campeões, em suas glórias.
Eu sou tudo para todos e a todos quero comigo no Reino dos Céus. Este para todos está aberto, contanto que se saiba viver na justiça. A justiça está na prática da Lei e no exercício do amor. A esse Reino não se chega por direitos de censo, mas pelo heroísmo de santidade. Quem quer entrar nele, que me siga, e faça o que Eu faço: ame a Deus sobre todas as coisas, e ao próximo como Eu o amo, não blasfeme contra o Senhor, santifique as suas festas, honre os seus pais, não levante a mão violenta contra o seu semelhante, não cometa adultério, não roube ao seu próximo de maneira nenhuma, não dê falso testemunho, não deseje o que não tem e que ou outros têm, mas fique contente com a sua sorte, pensando que ela é sempre transitória, e é o caminho e o meio par conquistar uma sorte melhor e eterna, ame os pobres, os aflitos, os peregrinos da terra, os órfãos, as viúvas, não pratique usura. Quem fizer isto, seja qual for a sua nação e língua, sua condição e categoria, poderá entrar no Reino de Deus, do qual Eu vos abro as portas.
Vinde a Mim, todos vós de reta vontade. Que não vos espante o que sois, ou o que fostes. Eu sou Água que lava o passado e fortifica o futuro. Vinde a Mim, vós que sois pobres de Sabedoria. Na minha palavra há Sabedoria. Vinde a Mim. Refazei para vós uma vida nova, baseada em novos conceitos. Não tenhais medo de não saberdes, de não poderdes fazer. A minha doutrina é fácil, o meu jugo é leve.
Eu sou o Rabi, que dá sem pedir compensação, sem pedir outra compensação, a não ser o vosso amor. Se me amardes, amareis a minha Doutrina e por isso também ao vosso próximo, e tereis a Vida e o Reino. Ricos, despojai-vos do apego as riquezas, e comprai com elas o Reino, com todas as obras de um misericordioso amor ao próximo. Pobres despojai-vos do vosso aviltamento, e vinde para o caminho do vosso Rei. Com Isaías, Eu vos digo: “Sedentos, vinde às águas, vós também, que não tendes dinheiro, vinde comprar.” Com o amor comprareis o que é amor, o que é alimento que não perece, alimento que realmente sacia e fortifica.”
(de Jesus à Valtorta, Vol. 7, pgs. 145 a 148)
Fonte: www.provasdaexistenciadedeus.blogspot.com.br (do amigo Antonio Calciolari)
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Nota de www.rainhamaria.com.br
Diz na Sagrada Escritura:
Disse o Rei Jesus - Em verdade eu vos declaro; todas as vezes que fizestes isto a um destes meus irmãos mais pequeninos, foi a mim mesmo que o fizestes. (São Mateus 25, 40)
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