22.09.2021 - Nota de www.rainhamaria.com.br
Artigo publicado no site em 13.10.2019
Alexandrina Maria da Costa, também conhecida como Beata Alexandrina de Balasar, foi uma mística portuguesa, que nasceu em 30 de Março de 1904 e morreu em 13 de Outubro de 1955, tendo passado quase toda vida na sua cidade natal, Póvoa do Varzim, num povoado chamado Calvário.
O pai abandonou a família, sendo criada apenas pela mãe. Pôde estudar apenas durante 18 meses e com nove anos já trabalhava. Quando tinha 12 anos, enquanto ajudava a fazer um tapete de flores para a Procissão do Santíssimo, colhendo flores, teve sua primeira experiência mística ao começar a sangrar da cabeça; segundo ela, Jesus colocou-lhe uma coroa de espinhos e passou a chamá-la Alexandrina das Dores.
Paralisia
Aos 14 anos, no Sábado Santo de 1918, estava com a irmã e outra menina em casa, trabalhando com costura, quando quatro homens forçaram a porta de entrada. Para escapar do ataque, Alexandrina pulou de uma janela com mais de quatro metros de altura, tendo partido várias vértebras. Até os 19 anos ainda conseguia se arrastar até a Igreja, onde permanecia em oração quase todo dia.
Segundo Alexandrina, até 1928, dez anos após o ataque, ainda pedia a graça da cura, prometendo que sairia como missionária pelo mundo, até que compreendeu que a sua salvação seria pelo sofrimento. Disse: "Nossa Senhora concedeu-me uma graça ainda maior. Depois da resignação deu-me a conformidade completa à vontade de Deus e, por fim, o desejo de sofrer”, e também: "Jesus, tu és prisioneiro no Tabernáculo. E eu por tua vontade prisioneira na minha cama. Far-nos-emos companhia”.
Paixão de Cristo
De Sexta-Feira, 3 de Outubro de 1938 a 24 de Março de 1942, ou seja por 182 vezes, viveu, em todas as Sextas-Feiras, os sofrimentos da Paixão: Alexandrina, superando o estado habitual de paralisia, descia da cama e com movimentos e gestos, acompanhados de angustiantes dores, repetia, durante três horas e meia, os diversos momentos da Via Crucis. Depois disso, a partir de 27 de Março de 1942, Alexandrina deixou de se alimentar, vivendo exclusivamente da Eucaristia durante 13 anos, até à sua morte.
Em 1936, Jesus disse-lhe que deveria escrever ao Papa para que consagrasse o Mundo ao Coração Imaculado de Maria. Este pedido foi renovado várias vezes, até que, em 31 de Outubro de 1942, o Papa Pio XII celebrou esta consagração em língua portuguesa, e renovou-a, no Vaticano, em 8 de Dezembro, na Festa da Imaculada Conceição.
Neste ponto da vida, a sua fama de santidade já era conhecida e muitas pessoas vindas de longe visitavam-na, pediam conselhos e orações. Da sua cama pedia que as pessoas organizassem novenas, jejuns e rezassem intensamente. Tornou-se também uma colaboradora salesiana.
Falecimento e beatificação
No início de 1955 foi-lhe revelado que deveria preparar-se, pois morreria ainda naquele ano. Em 12 de Outubro pediu a Extrema Unção. No dia seguinte rezou o rosário em honra a Nossa Senhora de Fátima e faleceu tranquilamente, após dizer: “Sou feliz porque vou para o Céu”.
Sobre o seu túmulo, que está numa capela na igreja de Balasar, pediu para escrever:
“Pecadores, se as cinzas do meu corpo puderem ser úteis para a vossa salvação, aproximai-vos: passai todos por cima delas, pisai-as até desaparecerem, mas não pequeis mais! Não ofendais mais o nosso Jesus! Pecadores, queria dizer-vos tantas coisas. Não bastaria este grande cemitério para escrevê-las todas! Convertei-vos! Não queirais perder a Jesus por toda a eternidade! Ele é tão bom! Amai-O! Amai-O! Basta de pecar!”
Fonte: tesourosdaigrejacatolica.blogspot.com via senzapagare.blogspot.com
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