17.07.2007 - A diretora-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Margaret Chan, afirmou hoje que nenhum país está preparado para enfrentar uma possível pandemia de gripe aviária e que, caso isso ocorresse, todas as partes do mundo seriam afetadas, em maior ou menor medida.

Chan insistiu em que os habitantes de qualquer país seriam vulneráveis ao vírus H5N1, responsável pela gripe aviária, por isso a situação só poderia ser revertida com o trabalho coletivo dos 193 países-membros.

Sobre as medidas adotadas pela OMS, a diretora-geral afirmou que a organização reservou 3 milhões de doses do remédio Tamiflu para "conter a doença em um primeiro momento" e outras 2 milhões de doses "porque alguns países em desenvolvimento não teriam acesso" ao medicamento.

"A gripe aviária se estendeu a muitos países, mas a boa notícia é que continua sendo uma doença animal e que ainda não sofreu mutações", ressaltou. Chan afirmou que, com base nos números de pessoas infectadas, que chega a mais de 300 casos, dos quais 187 morreram, "a taxa de mortalidade é de 60%".

"Por isso, é muito importante entender ao máximo o vírus, sua evolução, e isto se relaciona com o apelo feito a todos os países-membros para que compartilhem as amostras conosco", acrescentou. A diretora da OMS disse que "isso nos permitirá caracterizar o vírus e saber se (o H5N1) adquiriu o potencial para causar a transmissão de humano a humano de uma maneira eficiente".

Segundo Chan, até agora foram registrados alguns casos de transmissão entre humanos "de uma maneira limitada", como entre membros de uma mesma família e com um contato muito direto. A OMS mantém um nível de alerta 3 - de um total de 6 - na escala de risco de pandemia de gripe aviária e pediu a todos os países que colaborem ao máximo para prevenir, detectar e informar sobre a aparição do vírus.

Chan advertiu que a globalização fez com que doenças erradicadas em grande parte do mundo, mas freqüentes em alguns países, tenham se transformado em um risco mundial. "A poliomielite ainda é endêmica em Índia, Paquistão, Afeganistão e Nigéria, e por isso o risco é global.

É preciso dizer aos países-membros (da OMS) que não pensem que estão a salvo, que isto é coisa de quatro países", e apelou aos doadores que contribuam na luta contra este tipo de doenças.

Fonte: Terra notícias

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"E vi aparecer um cavalo esverdeado. Seu cavaleiro tinha por nome Morte; e a região dos mortos o seguia. Foi-lhe dado poder sobre a quarta parte da terra, para matar pela espada, pela fome, pela peste e pelas feras". (Ap 6,8)