Arcebispo pede a escolas católicas para não falsificar ou confundir sua identidade eclesiástica


12.07.2007 - Considera uma “fraude” os centros docentes que são católicos só na aparência.

MADRI - O Arcebispo de Valência, Dom Agustín García-Gasco, expressou seu apoio e confiança na escola católica e pediu para não cair no "grave engano" de "falsificar" seu fundamento ou "confundi-lo com uma simples atividade trabalhista" pois sua realidade mais profunda que dá sentido é a própria missão da Igreja. "Uma escola ou um centro universitário que só seja católico sob sua aparência nominal suporia uma fraude", assegurou.

Em sua carta "Porque acreditam na educação", o Prelado assegura que "em tempos onde muitos experimentam a tentação de fugir de seu dever de educar, a Igreja aposta decididamente pelo compromisso com a educação, pelo caráter imprescindível desta tarefa e pelo entusiasmo que deve suscitar a vocação de educador e de professor".

Da mesma forma, o Arcebispo adverte que "seria um grave engano falsificar o fundamento da escola católica ou confundi-la com uma simples atividade trabalhista" e acrescenta que "uma escola ou um centro universitário que só seja católico sob sua aparência nominal suporia uma fraude nas expectativas dos pais que confiaram a educação de seus filhos, e uma fraude à própria Igreja cujo nome está utilizando".

A escola católica "se entende com plenitude quando seu encargo social se interpreta desde a realidade mais profunda que lhe dá sentido: a própria missão da Igreja, que anima um projeto educativo onde se fundem harmonicamente fé, cultura e vida", assegura Dom García-Gasco.

Por meio da escola católica "a Igreja local evangeliza, educa e colabora na formação de um ambiente moralmente são e firme no povo", assinala o Prelado e anima aos educadores a "saber dar resposta para que os aspectos menos positivos ou ambivalentes de nossa cultura possam ser adequadamente interpretados".

Em sua missiva, o Arcebispo indica que "as visões reducionistas do progresso, a sobrevalorização dos instrumentos e da eficácia produtiva, a crise moral que contrapõe a liberdade à verdade, ou os conflitos que às vezes derivam do pluralismo cultural", "não são impedimentos absolutos da tarefa de educar" mas sim "desafios que devemos atacar".

Por último, Dom García-Gasco assegura que "uma efetiva liberdade de ensino só é possível quando concorrem distintos projetos educativos que possibilitam que os pais exerçam o direito à formação religiosa e moral de seus filhos, segundo suas convicções".

Fonte: ACI


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