Apostasia declarada: Sacerdotes mulheres rezam missas proibidas
25.06.2007 - Em um domingo de final de inverno, em San Diego, vestida com os trajes tradicionais de um sacerdote católico, um manto branco conhecido como alva, uma estola dourada envolvendo seus ombros estreitos e um longo roupão verde conhecido como casula sacerdotal, Jane Via estava rezando uma missa proibida diante dos 100 fiéis reunidos na Comunidade Apostólica Católica Santa Maria Madalena.
Via, 59 anos, seria um candidata ideal ao sacerdócio, não fosse o fato de que ela é mulher, casada e tem dois filhos. Ela se converteu ao catolicismo ainda caloura, na universidade, e tem um doutorado em Teologia, além de um diploma em direito. Trabalha como promotora pública assistente há 17 anos, em San Diego, cuidando para que ladrões, assassinos e molestadores de crianças sejam encarcerados.
Em seu segundo emprego, como sacerdote católica, no entanto, ela está deliberadamente violando a lei canônica n° 1.024, segundo a qual apenas homens batizados podem ser ordenados como sacerdotes. "Eu acredito há muito no princípio legal da desobediência civil", disse Via. "A lei canônica que proíbe mulheres sacerdotes é injusta. Temos de quebrá-la para promover mudanças".
Desde 2002, cerca de 40 mulheres católicas foram ordenadas como sacerdotes, desafiando as leis do Vaticano. Embora um pequeno número de mulheres trabalhando como sacerdotes possa parecer apenas uma pequena irritação, e não uma ameaça, ao Vaticano, o número não pára de crescer. Mais de 120 mulheres, muitas das quais há muito conectadas com a Igreja, como freiras, capelãs e líderes laicas, estão estudando para a ordenação, no momento. Cerca de 11 mulheres norte-americanas esperam ser ordenadas até setembro.
Os líderes da Igreja consideram essas mulheres como hereges, ou, talvez ainda pior, como simples imitadoras. "Para encontrar uma analogia na esfera laica, seria como se um amigo meu me empossasse como governador de Nova York", diz o cardeal Avery Dulles, professor na Universidade Fordham, em Nova York. "Isso me tornaria governador de verdade?"
Como aluna de pós-graduação, no começo dos anos 70, Via se deixou influenciar por teólogas feministas como Rosemary Ruether e Mary Daly. Em 1977, ela foi contratada como professora de estudos do Novo Testamento na Universidade de San Diego. Um ano antes, a Pontifícia Comissão Bíblica determinou que as escrituras não impõem obstáculos ao sacerdócio feminino, e Via era uma entre muitas mulheres católicas que acreditavam que a ordenação de mulheres não demoraria a começar. Mas o Vaticano se manteve firme por mais de 30 anos em sua posição: só homens podem ser padres e representar Jesus em termos simbólicos.
Então, em 29 de junho de 2002, frustradas com a falta de progresso, seis mulheres européias e uma norte-americana foram ordenadas por Romulo Braschi, um ex-padre controverso que alega ter sido ordenado bispo. Na opinião das mulheres, a presença de Braschi garantia sua posição na "sucessão apostólica", que as conecta aos apóstolos originais da Igreja. Elas depositaram uma cópia registrada em cartório de sua ordenação por Braschi em uma cofre de um banco europeu.
Para o Vaticano, a tentativa de documentar o status episcopal era irrelevante. Dentro de oito meses, foram todas excomungadas por decreto do cardeal Ratzinger, hoje Papa Bento XVI. Via, que trocou a vida acadêmica pela lei mas nunca perdeu seu apego à religião, escreveu a uma das sete mulheres ordenadas originalmente, e foi ordenada em 24 de junho de 2006, depois de concluir seus estudos preparatórios. Alugou espaço em uma igreja metodista e começou a conduzir missas católicas no local a cada domingo.
Em agosto passado, ela foi informada pelo bispo Robert Brom, de San Diego, que estava sob "interdição", por sua ordenação ilegal, e portanto impedida de receber sacramentos. Ele anunciou que reportaria o caso dela à Congregação de Defesa da Fé, para revisão.
Via não sabe quando, ou se Roma vai agir, mas não muda de idéia. Quando criança, ela se deixou fascinar por uma estátua de Santa Joana d¿Arc, pela altivez que ela exibia. Agora, vê a história da santa como outra forma de parábola. Joana foi morta na fogueira como herege, em 1413, e terminou canonizada posteriormente. Ou seja, a Igreja pode mudar, afinal.
Fonte: Terra notícias
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Nota do Portal Anjo, www.portalanjo,com
Diz na Sagrada Escritura:
"Ora, quanto à vinda de nosso Senhor Jesus Cristo e à nossa reunião com ele, rogamos-vos, irmãos, que não vos movais facilmente do vosso modo de pensar, nem vos perturbeis, quer por espírito, quer por palavra, quer por epístola como enviada de nós, como se o dia do Senhor estivesse já perto. Ninguém de modo algum vos engane; porque isto não sucederá sem que venha primeiro a apostasia e seja revelado o homem do pecado, o filho da perdição" (II Ts 2, 1-3)
"Dizia ainda ao povo: "Quando vedes levantar-se uma nuvem no poente, logo dizeis: Aí vem chuva. E assim sucede. Quando vedes soprar o vento do sul, dizeis: Haverá calor. E assim acontece. Hipócritas! Sabeis distinguir os aspectos do céu e da terra; como, pois, não sabeis reconhecer o tempo presente?"(Lc.12, 54-57)
"Vós sois o sal da terra. Se o sal perde o sabor, com que lhe será restituído o sabor? Para nada mais serve, senão para ser lançado fora e calcado pelos homens. (Mt. 5,13).
"Esteja em vós o temor ao Senhor, para o servirdes, e obedecerdes à sua voz e não vos rebelardes contra as suas vontades! Que vós sejais, vós e o vosso rei, dóceis ao Senhor, vosso Deus". (1Sm 12,14)
"...que cometestes outrora seguindo o modo de viver deste mundo, do príncipe das potestades do ar, do espírito que agora atua nos rebeldes". (Ef 2,2)
Homilia do Papa João Paulo II, em 06/02/1981
De todos os lados espalharam-se idéias que contradizem a verdade que foi revelada e sempre ensinada. Verdadeiras heresias foram divulgadas nos domínios do dogma e da moral, suscitando dúvidas, confusão, rebelião. A PRÓPRIA LITURGIA FOI VIOLADA. Mergulhados num relativismo intelectual e moral, os cristãos são tentados por um iluminismo vagamente moralista, por um cristianismo sociológico, sem dogma definido e sem moralidade objetiva.
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Lembrando notícias:
Apostasia: supostos católicos no Canadá ordenam mulheres e homem casado
28.05.2007 - Cinco mulheres e um homem casado foram "ordenados" padres e diáconos em uma cerimônia em Toronto, no Canadá, por uma mulher que é um bispo católico, em um desafio à doutrina aceita pela Igreja Católica Apostólica Romana.
O Vaticano diz, contudo, que não vai reconhecer nem as ordenações nem o grupo responsável por elas.
A cerimônia foi realizada em uma igreja protestante no subúrbio de Toronto conhecida por sua posição liberal.
No prédio havia uma multidão de pessoas entusiasmadas, que assistiram ao ritual presidido por Patricia Fresen, uma das personalidades mais conhecidas do movimento por mulheres sacerdotes na Igreja Católica.
Fresen, uma cidadã sul-africana que hoje vive na Alemanha, foi "ordenada" em uma cerimônia secreta na Espanha em 2003.
Mas a arquidiocese de Toronto disse que a organização responsável pelas ordenações não é afiliada e não tem diálogo com a Igreja Católica Romana.
Segundo a instituição, a ordenação de padres é um sacramento que não pode ser mudado.
Mas os bispos do movimento pela ordenação de mulheres dizem que são parte válida do apostolado da igreja, porque bispos católicos com boa reputação as ordenaram secretamente.
Segundo Fresen, esses bispos "acreditam que é injusto e pecaminoso excluir as mulheres da ordenação".
Fonte: 24 Horas News
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Suíça é "ordenada" sacerdotisa católica em desafio ao Vaticano
25.06.2006 - GENEBRA - Uma mulher suíça, divorciada e com quatro filhos, foi "ordenada" neste sábado, 24, sacerdotisa católica por duas teólogas durante uma cerimônia a bordo de um navio no Lago de Constança, em um desafio à Igreja Católica.
Monica Wyss tem 46 anos e recebeu os hábitos de outras duas mulheres, uma austríaca e uma americana, informou a imprensa local.
As três mulheres provavelmente serão excomungadas, já que a Igreja Católica romana não permite que as mulheres sejam ordenadas.
Além de Wyss, a primeira suíça a se ordenar em desafio à Igreja, há cerca de 20 mulheres no mundo que tomaram a mesma atitude e se nomearam sacerdotisas, apesar do risco da excomunhão.
Excomunhão
Em sua carta Ordinatio Sacerdotalis (1994), o papa João Paulo II afirmou que "a Igreja não tem de nenhuma maneira o poder para conferir a ordenação sacerdotal às mulheres... Essa posição deve ser definitiva e aceita por todos os fiéis da Igreja".
O sucessor de João Paulo II, Joseph Ratzinger, excomungou em 2002 outras sete mulheres quando chefiava a Congregação para a Doutrina da Fé.
Erro
As mulheres sacerdotisas que existem no mundo não quiseram renunciar a sua fé católica e adotar o protestantismo, que autoriza a nomeação, e consideram que a proibição do Vaticano "é um erro da Igreja e não uma regra ditada por Jesus Cristo".
Elas também afirmam não querer criar uma nova Igreja, mas sim lutar pela igualdade dos sexos dentro da Igreja Católica Romana.
O responsável pela ordenação em 2002 das sete mulheres que foram excomungadas pelo atual Papa Bento XVI foi o argentino Romulo Braschi, um bispo independente pertencente à Igreja Católica Apostólica Carismática de Jesus Rei, que se considera um cisma da católica romana, segundo circulou na imprensa.
Em 2005, uma francesa, sete americanas, uma alemã e uma canadense foram ordenadas, e há outras sessenta recebendo formação para fazê-lo no futuro.
Monika Wyss, que procede de uma família católica praticante da região de Basiléia, no noroeste da Suíça, iniciou seus estudos de teologia na Universidade de Lucerna, mas os interrompeu em 2003 por motivos de saúde e, segundo a imprensa local, pensa em retomá-los ainda este ano.
Fonte: Estadão