06.04.2019 - Nota de www.rainhamaria.com.br
Publicado no Site em 02.02.2018
Mensagem recebida do amigo Frei Marcos. Agradeço por suas sábias palavras de conforto ao meu coração, diante das provações diárias vividas e da dura batalha, desta trincheira de combate do Fim dos Tempos.
========================================
Caríssimo Dilson Kutscher, sinta-se a vontade para publicar minhas palavras, somente peço que não publique meu nome completo nem a paróquia a qual sirvo. Vivemos tempos de grande perseguição dentro da Igreja. (contei a você os fatos que passei e ainda passo por aqui, somos cercados por novos "Judas" que se vendem por quase nada)
Em nossa troca de mensagens você mencionava a falta de apoio da maioria dos católicos na obra de evangelização, das dificuldades para manter seu trabalho evangelizador na internet e sua dedicação diária há 21 anos neste proposito de ser “pescador de homens”, conforme São Mateus 4, 19: “Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens”
Saiba que você não é o único nesta situação de carência de recursos para conseguir manter seu trabalho evangelizador ativo na internet. Muitos leigos tem projetos de evangelização na internet ou fora dela, estão na mesma situação de escassez de recursos para continuar seus projetos. Devemos lembrar que a verdadeira Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo sempre foi pobre. Não essa atual “Igreja”, dos Palácios Apostólicos, dos eventos pomposos, deste Clero em parte corrompido, de pastores comprometidos com inimigos da Cruz de Nosso Senhor, sem zelo, humildade, piedade e caridade, com uma maioria de Bispos e Cardeais, cercados de luxo e bens materiais.
Basta lembrar o Evangelho de São Mateus 6, 24, nos fala: “Ninguém pode servir a dois senhores: ou odiará a um e amará a outro, ou se apegará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e ao dinheiro”
Em, I Timóteo 6, 10-11: “Porque a raiz de todos os males é o amor ao dinheiro. Acossados pela cobiça, alguns se desviaram da fé e se enredaram em muitas aflições. Mas tu, ó homem de Deus, foge desses vícios e procura com todo empenho a piedade, a fé, a caridade, a paciência, a mansidão”
Uma grande maioria de leigos também vão pela mesma “estrada larga”, do amor ao dinheiro e bens materiais. Veja em São Mateus 19, 21, Nosso Senhor fala: “Se queres ser perfeito, vai, vende tudo o que tens e dá-o aos pobres, e terás um tesouro no céu; e vem, e segue-me”
Neste Evangelho Nosso Senhor chama-nos atenção à não acumularmos bens materiais em beneficio próprio. Devemos na medida do possível repartir em prol das necessidades dos que precisam, seja com os mais desfavorecidos, ou mesmo, nas obras de evangelização, que anunciam a Verdade, a Palavra do Senhor e salvam almas.
Mas quem hoje, que tem dois ou mais imóveis, vende algum para doar valores e ajudar os mais desfavorecidos ou apoiar obras de evangelização? Quem tem dois ou mais veículos, vende algum para este mesmo fim? Quando cito isto, refiro-me também aos religiosos de forma geral.
Conforme o Evangelho, em I Timóteo 6, 9: “Aqueles que ambicionam tornar-se ricos caem nas armadilhas do demônio e em muitos desejos insensatos e nocivos, que precipitam os homens no abismo da ruína e da perdição”
Caríssimo Dilson, os mártires, missionários e Santos, passaram por grandes provações, perseguições, humilhações e terriveis sofrimentos, que inclusive custou suas vidas, igualmente tiveram extrema falta de recursos materiais, no entanto, tornaram-se um exemplo a ser seguido por sua perseverança e fé inabalável na causa de Deus. Hoje desfrutam da eterna felicidade na Glória de Deus.
Faça o seu possível, que Deus poderá fazer o impossível. Falei a você certa vez que continue orando sem cessar, para que corações sejam tocados a auxiliar seu trabalho evangelizador e o de outros irmãos, que estão igualmente neste nobre proposito de salvar almas.
“Se queres sofrer com paciência as adversidades e misérias desta vida, sê homem de oração” (São Boaventura)
Paz e bem! Frei Marcos
Veja também...
Lembrando o artigo do Padre Rodrigo Maria: A Pobreza de Cristo na Igreja de Cristo
A Irmã Dulce, o anjo bom da Bahia, dormiu durante 30 anos em uma cadeira de madeira