24.02.2019 - Nota de www.rainhamaria.com.br
Diz na Sagrada Escritura:
"Mas, quando deres uma ceia, convida os pobres, os aleijados, os coxos e os cegos. Serás feliz porque eles não têm com que te retribuir, mas tu receberás na ressurreição dos justos. A estas palavras, disse a Jesus um dos convidados: Feliz daquele que se sentar à mesa no Reino de Deus!" (São Lucas 14, 13-15)
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Um casal de Guarapari, no Espírito Santo, surpreendeu familiares e amigos ao decidir trocar a festa de casamento por um jantar solidário para famílias carentes. Envolvidos com causas sociais, Ana Paula Meriguete, de 23 anos, e o educador físico Victor Ribeiro, de 24, comemoraram a união ao lado de desconhecidos.
“Abri mão de algo em troca da paz que Deus deixou no meu coração”, disse a jovem.
Ana Paula e Victor namoraram por dois anos e meio antes de trocarem as alianças. A cerimônia religiosa, imprescindível para os dois, aconteceu no dia 16 de fevereiro. A festa de casamento não era um sonho, por isso, começaram a pensar em outra possibilidade de comemorar a data.
“A gente começou a rezar para ver o que Deus queria de nós. E, rezando, a gente foi tendo várias confirmações”, contou Ana Paula.
A decisão de fazer um jantar solidário surgiu após dias de oração em conjunto. Além disso, uma música religiosa ajudou o casal a se inspirar.
“O caráter decisivo para a gente bater o martelo foi um dia que a gente estava tocando em uma missa uma música que falava ‘Se uma ceia quiseres propor, não convide amigos, irmãos e outros mais. Sai à rua a procura de quem não puder recompensa te dar, que o teu gesto lembrado será por Deus’”, lembrou Victor.
Segundo o casal, à medida em que a notícia se espalhava, mais pessoas interessadas em ajudar se colocavam à disposição.
“A gente começou a somar forças. Amigos levaram a música ao vivo, uma empresa emprestou as cadeiras, outra emprestou as toalhas, a decoração, levou voluntários. Conseguimos pessoas para ajudar a preparar o jantar. No final, conseguimos algo muito melhor do que esperávamos”, disse Victor.
O jantar para cerca de 160 pessoas do Centro Social de Santa Mônica aconteceu na noite de quinta-feira (21), com ajuda de familiares e amigos dos noivos. Os convidados foram as crianças atendidas pelo projeto e seus familiares.
Para o casal, que já tinha o hábito de se envolver em ações sociais - como ceia de Natal e café da manhã para moradores de rua -, a festa de casamento solidária foi ainda mais especial que todas as experiências anteriores.
“Não foi mais uma ação solidária. Para mim, foi marcante do início ao fim. Quando a primeira família entrou, a gente se emocionou bastante. E eu sei que foi muito importante e emocionante para eles também”, falou Ana Paula.
“Durante o jantar, as crianças e até os pais delas vinham nos abraçar e dar os parabéns. A gente vivenciou aquilo realmente como a nossa festa de casamento”, completou Victor.
A iniciativa, vista como uma loucura por algumas pessoas próximas, acabou caindo nas graças dos familiares, que também participaram do jantar. Diante da experiência, Victor e Ana Paula tiveram certeza de que fizeram a escolha certa.
“A gente recebe muito mais do que dá. A gente saiu de lá muito preenchido. Quando terminou o jantar, a gente olhou um para o outro e foi uma sensação de realização. O sentimento é de gratidão”, concluiu Victor.
Visto em: G1 notícias
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Nota de www.rainhamaria.com.br
Das Homílias de São João Crisóstomo: Reconhecer Cristo no pobre.
"Queres honrar o Corpo de Cristo? Então não O desprezes nos seus membros, isto é, nos pobres que não têm que vestir, nem O honres no templo com vestes de seda, enquanto O abandonas lá fora ao frio e à nudez. Aquele que disse: «Isto é o Meu Corpo» (Mt 26, 26), e o realizou ao dizê-lo, é o mesmo que disse: «Porque tive fome e não Me destes de comer» (cf. Mt 25, 35); e também: «Sempre que deixastes de fazer isto a um destes pequeninos, foi a Mim que o deixastes de fazer» (Mt 25, 42.45). Aqui, o corpo de Cristo não necessita de vestes, mas de almas puras; além, necessita de muito afeto. [...] Deus não precisa de vasos de ouro, mas de almas que sejam de ouro. Não vos digo isto para vos impedir de fazer doações religiosas, mas defendo que simultaneamente, e mesmo antes, se deve dar esmola. [...] Que proveito resulta de a mesa de Cristo estar coberta de taças de ouro, se Ele morre de fome na pessoa dos pobres?
Sacia primeiro o faminto, e depois adornarás o Seu altar com o que sobrar. Fazes um cálice de ouro e não dás «um copo de água fresca»? (Mt 10, 42). [...] Pensa que se trata de Cristo, que é Ele que parte errante, estrangeiro, sem abrigo; e tu, que não O acolheste, ornamentas a calçada, as paredes e os capiteis das colunas, prendes com correntes de prata as lâmpadas, e a Ele, que está preso com grilhões no cárcere, nem sequer vais visitá-Lo? [...] Não te digo isto para te impedir de tal generosidade, mas exorto-te a que a acompanhes ou a faças preceder de outros atos de beneficência. [...] Por conseguinte, enquanto adornas a casa do Senhor, não deixes o teu irmão na miséria, pois ele é um templo e de todos o mais precioso".
São João Crisóstomo (c. 345-407), presbítero em Antioquia, depois Bispo de Constantinopla, Doutor da Igreja
Homílias sobre o Evangelho de Mateus, n°50, 3-4 (a partir da trad. breviário)
Diz na Sagrada Escritura:
(Que o vosso coração possa sempre lembrar)
"Sabeis qual é o jejum que eu aprecio? - diz o Senhor Deus: É repartir seu alimento com o faminto, abrigar o pobre desamparado, vestir o nu que você encontrou, em vez de desviar-se de seu semelhante.
Então tua luz surgirá como a aurora, e tuas feridas não tardarão a cicatrizar-se; tua justiça caminhará diante de ti, e a glória do Senhor seguirá na tua retaguarda...se deres do teu pão ao faminto, se alimentares os pobres, tua luz levantar-se-á na escuridão, e tua noite resplandecerá como o dia pleno. O Senhor te guiará constantemente, alimentar-te-á no árido deserto, renovará teu vigor. Serás como um jardim bem irrigado, como uma fonte de águas inesgotáveis". (Isaías 58, 6-11)
"Perguntar-lhe-ão os justos: - Senhor, quando foi que te vimos com fome e te demos de comer, com sede e te demos de beber?
Quando foi que te vimos peregrino e te acolhemos, nu e te vestimos?
Quando foi que te vimos enfermo ou na prisão e te fomos visitar?
Responderá o Rei: - Em verdade eu vos declaro: todas as vezes que fizestes isto a um destes meus irmãos mais pequeninos, foi a mim mesmo que o fizestes" (São Mateus 25, 34 -40).
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