Video: A Epiclese na Divina Liturgia (Rito Bizantino)


21.01.2019 -

Via: senzapagare.blogspot.com

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Nota de www.rainhamaria.com.br

A epíclese, tal como se encontra na liturgia bizantina e em todas as liturgias orientais, é uma invocação a Deus Pai, para que envie seu Espírito Santo a fim de que este Espírito Santo transforme os dons e que estes dons santifiquem os fiéis que os receberão.

O lugar normal da epíclese é após a "anamnese", pela qual o sacerdote lembra os mistérios redentores do Salvador: paixão, morte, ressurreição e ascensão ao céu. Este último mistério leva naturalmente a recordar o Pentecostes, com a descida do Espírito Santo sobre os Apóstolos e sua ação invisível nas almas por meio dos sacramentos instituídos por Cristo.

Por outro lado, na oração eucarística o sacerdote dirigiu-se a Deus Pai, a quem o sacrifício é oferecido; quanto ao Filho, ele se ofereceu em vítima a seu Pai, renovando, pela boca do celebrante, o mistério da última ceia que tomou com seus discípulos; resta o Espírito Santo, cuja intervenção se invoca, na epíclese, para completar este mistério, transformando as oblatas e por elas santificando os fiéis.

Aliás, o Espírito Santo manifesta-se sempre com o Filho e completa sua obra. No dia da anunciação, desceu sobre Maria e fez o Filho se encarnar no seio da Virgem. No Batismo de Cristo, desceu sobre ele em forma de pomba e, com sua descida, ouviu-se a voz do Pai credenciando o Filho para sua missão: “Este é meu Filho muito amado em que pus as minhas complacências”. No dia de Pentecostes, desceu em forma de línguas de fogo sobre os discípulos reunidos no cenáculo e completou a obra do Filho na fundação da sua Igreja.

Em todos os sacramentos destaca-se a ação a ele atribuída: no Batismo, somos regenerados pela água e pelo Espírito Santo; na confirmação, recebemos o “Selo do dom do Espírito Santo”; na ordem, o Bispo pede a Deus que encha o futuro sacerdote da grande graça de seu Espírito Santo; na penitência, o confessor absolve em virtude do poder recebido do Salvador, quando, depois da sua ressurreição, soprou sobre os Apóstolos e lhes disse: “Recebei o Espírito Santo. Os pecados serão perdoados àqueles a quem os perdoardes e serão retidos àqueles a quem os retiverdes” (Jo 20,22); no matrimônio, é a graça do Espírito Santo que une os nubentes por um vínculo de amor que só a morte pode desatar; na unção dos enfermos, o doente é ungido com o óleo santificado pelo Espírito Santo, enviado pelo Pai; na eucaristia, sua ação não é menor: é ele que, por sua descida sobre os dons sagrados, os torna fonte de graça e de santificação. Por isso as palavras da Consagração não se devem separar da invocação ao Espírito Santo.

Fonte: dominumvobiscum.wordpress.com

 


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