04.11.2018 -
Por Pedro Erik - Doutor em Relações Internacionais.
Como é comum vermos tanta gente que não sabe nada de religião cristã dizer coisas como: "Ah, Cristo é tolerância", "Cristo é só amor, não é ódio", "Cristo não julga ninguém", "Cristo quer que você seja você mesmo". Na boca delas, temos um cristo piegas, bobinho, vestido de pijama que não faz mal a ninguém, nem converte ninguém, nem fala em pecado e é "amiguinho" do demônio.
Aquele ser encarnado que chamou muitos de "sepulcro caiado", "raça de víboras", "demônio" (até São Pedro foi chamado disso), que desceu o chicote no templo, que expulsou demônios, e que disse que todos deveriam se converter a Ele, está desaparecido.
Dependendo da pessoa que fala daquele cristo "tolerante", eu respondo de uma maneira ou de outra. Se eu identifico que a pessoa tem alguma salvação, isto é, se vejo que ela realmente não sabe nada de Cristo e quer aprender, eu respondo de uma maneira. Mas na maioria dos casos a pessoa simplesmente já está dominada por um sentimentalismo político. O erro está enraizado, então respondo de forma mais direta sem esperança que ressoará no coração dela. Pois sei que o próximo passo é eu ser xingado, não gosto de perder tempo.
O que mais entristece é que essas afirmações descabidas tanto em termos de religião, como em termos de lógica (eu não preciso conhecer a Bíblia para derrubar esses argumentos), já dominam dentro do Vaticano, no pontificado do Papa Francisco, desde o seu "quem sou eu pra julgar" do Papa dito no começo do pontificado sobre os homossexuais.
Tudo é "pastoral", "misericordioso", "sem pecado", "manso", "efeminado".
Hoje, leio um artigo do Dr. Samuel Gregg justamente sobre sobre o sentimentalismo dentro da Igreja de Francisco, que ele chama de Affectus per solam. (Só sentimentos).
Vejamos parte do texto dele publicado no Catholic World Report
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Fé e razão estão sob o cerco de uma idolatria de sentimentos.
O catolicismo sempre atribuiu grande valor à razão. Por razões, não me refiro apenas às ciências que nos dão acesso aos segredos da natureza. Também quero dizer o motivo que nos permite saber como usar essa informação corretamente; os princípios da lógica que nos dizem que 2 vezes 2 nunca podem ser iguais a 5;
Um Jesus que "concorda" com tudo e com todos, um Jesus sem sua Ira Sagrada, sem a dureza da Verdade e do amor verdadeiro, não é o Verdadeiro Jesus, como a Escritura mostra, mas uma "caricatura" miserável. Uma concepção de “evangelho” na qual a seriedade da Ira de Deus está ausente não tem nada a ver com o evangelho bíblico.
A palavra "seriedade" é importante aqui. O sentimentalismo que infecta grande parte da Igreja tem a ver com diminuir a gravidade e a clareza da fé cristã. Isso é especialmente verdadeiro em relação à salvação das almas. O Deus totalmente revelado em Cristo é misericordioso, mas também é justo e claro em suas expectativas sobre nós porque nos leva a sério.
Então, como grande parte da Igreja acabou afundando em um pântano de sentimentalismo? Aqui estão três causas principais.
Primeiro, o mundo ocidental está se afogando em sentimentalismo. Como todo mundo, os católicos são suscetíveis à cultura em que vivemos. Se você quiser comprovar, basta ligar o seu navegador. Você logo notará o grande emotivismo que permeia a cultura popular, a mídia, a política e as universidades. Neste mundo, a moralidade é sobre o seu compromisso com causas específicas. O que importa é como “apaixonado” (note a linguagem) você é sobre o seu compromisso, e o grau de politicamente correto da causa.
Segundo, vamos considerar como a fé é entendida por muitos católicos hoje. Para muitos, parece ser uma “fé de sentimento”. Com isso, quero dizer que o significado da fé cristã é julgado principalmente em termos de sentir o que ela faz por mim, meu bem-estar e minhas preocupações. Mas adivinha o que? Eu mesmo e não sou o foco da fé católica.
O catolicismo é, afinal, uma fé histórica. Envolve-nos decidir que confiamos naqueles que testemunharam a vida, morte e ressurreição de Jesus Cristo, que transmitiram o que viram através de textos escritos e tradições, e que, concluímos, disseram a verdade sobre o que viram. Isso inclui os milagres e a ressurreição que atestam a divindade de Cristo. O catolicismo não os vê como “histórias”. Ser católico é afirmar que eles realmente aconteceram e que Cristo instituiu uma Igreja cuja responsabilidade é pregar isso até os confins da terra.
Terceiro, a penetração do sentimentalismo na Igreja deve alguma coisa aos esforços para rebaixar e distorcer a lei natural desde o Vaticano II. A reflexão da lei natural estava em forma mista em todo o mundo católico nas décadas que antecederam a década de 1960. Mas sofreu um eclipse em grande parte da Igreja depois. Isso é em parte porque a lei natural era parte integrante do ensino da Humanae Vitae.
Visto em: thyselfolord.blogspot.com
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Nota de www.rainhamaria.com.br
Por Dilson Kutscher
Tristes dias para humanidade e igualmente para Santa Igreja Católica. Onde homens inspirados pelo "pai da mentira", a velha serpente que já os enganou antes, está seduzindo novamente seus corações, querendo tomar de assalto o Lugar Santo de DEUS. Com discurso de "misericórdia para todos", aboliu o pecado, dando ao homem plena liberdade para pensar, agir e cometer atos, que ofendem as Leis e Preceitos do Altíssimo.
Apagando de seus corações a Verdade, rasgando a Palavra de Deus dos corações, pois está escrito...
Disse o Mestre Jesus: "Vai e não tornes a pecar". (São João 8, 11)
Agora, aqueles que deveriam zelar pela Palavra de DEUS, usam de pretexto a "misericórdia" do SENHOR, para justificar que todo procedimento indigno, vergonhoso, pecaminoso, que ofende a DEUS, pode ser sempre cometido, pois, declaram que a Misericórdia de DEUS, sempre perdoará seus pecados, não importando mais que o "pecado" se torne algo comum em suas vidas, que o pratiquem cada vez mais.
No entanto, diz na Sagrada Escritura:
"Não digas: A misericórdia do Senhor é grande, ele terá piedade da multidão dos meus pecados, pois piedade e cólera são nele igualmente rápidas, e o seu furor visa aos pecadores". (Eclesiástico 5, 6)
Então, se aqueles que tinham por obrigação zelar pela Santa Palavra de Deus, que são os sacerdotes, bispos, cardeais... querem justificar o pecado, tornando-o algo banal, ao invés de seguir os ensinamentos do Eterno Bom Pastor Jesus, dizendo igualmente a suas ovelhas: "Vai e não tornes a pecar"(São João 8, 11). Mas, agora dizem: "Vai e tornes a pecar quantas vezes quiserdes".
"Aquele que peca é do demônio, porque o demônio peca desde o princípio. Eis por que o Filho de Deus se manifestou: para destruir as obras do demônio". (I São João 3, 8)
Para estes, que se vestem como "cordeiro", mas falam como "dragão", usando de pretexto a Misericórdia do Altíssimo, para aprovar todo o procedimento indigno, vergonhoso e pecaminoso, que ofende a DEUS, o SENHOR VOS DIZ...
"Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos os meus caminhos, diz o Senhor. Porque assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos mais altos do que os vossos pensamentos". (Isaías 55, 8-9)
"Ele usará de todas as seduções do mal com aqueles que se perdem, por não terem cultivado o amor à verdade que os teria podido salvar". (II Tessalonicenses, 2, 10)
"Desse modo, serão julgados e condenados todos os que não deram crédito à verdade, mas consentiram no mal". (II Tessalonicenses 2, 12)
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