Lembrando Santa Margarida Maria Alacoque: Horror ao pecado, e as Promessas do Sagrado Coração de Jesus encontradas nos seus escritos


15.10.2018 -

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Santa Margarida Maria Alacoque nasceu na aldeia de Lautecour, na Borgonha, no dia 22 de Julho de 1647, no seio duma família religiosa, honesta, de boa posição, reputação e de seriedade. Seu pai, Claude Alacoque, era notário real. Sua mãe, Philiberte Lamyn era filha também dum notário do rei, François Lamyn.

Horror ao pecado

Os seus pais perceberam logo o horror que Margarida Maria tinha pelo pecado quando ainda era pequena de três anos. Bastava lembrar-lhe que um ato qualquer ofendia a Deus para que a menina se afastasse horrorizada. Nas suas memórias a Santa afirma que Deus lhe fez ver “o grande horror do pecado, o que me horrorizou tanto que a mais mínima mancha resultava para mim num tormento insuportável.” (1)

A essa aversão ao pecado acrescentou-se logo um agrado muito grande pela oração e pela penitência, juntamente com uma tendência enorme para ajudar os pobres. “Deus, escreve a Santa, deu-me um amor tão terno pelos pobres que eu teria desejado só ter contato com eles. Ele incutiu-me uma compaixão tão grande pelas suas misérias que, se estivesse em meu poder, abandonaria tudo por eles. Quando tinha dinheiro, dava-o aos pobres para os estimular a aproximarem-se de mim e então ensinava-lhes o Catecismo e a rezar.” (2)

A missão de Santa Margarida Maria Alacoque

Em 1647, quando nasceu Santa Margarida Maria, a devoção ao Sagrado Coração não era muito conhecida, se bem que já existia. A sua missão foi dar-lhe um impulso e uma difusão universal, precisar o seu espírito, adapta-lo às necessidades da Igreja nos tempos modernos e fixar as práticas de piedade mais adequadas às novas circunstâncias.

Santa Margarida Maria foi uma simples freira que nunca transpôs os muros do seu convento e morreu antes de completar 45 anos, em 1690. A Providência compraz-se deste modo em realizar um desígnio imenso a partir de uma humilde religiosa que, para fugir do mundo, tinha-se retirado a um obscuro convento da Ordem da Visitação e levou ali uma vida apagada aos olhos dos homens e até das freiras visitandinas com as quais convivia.

O quadro hoje é completamente diverso. Ornato da Ordem da Visitação, a religiosa então apagada foi elevada ao ápice de glória na Igreja e, do alto dos altares, da sua santidade despede raios de salvação à terra inteira, enquanto a maioria dos homens famosos e importantes da sua época são desconhecidos pelos nossos contemporâneos.

O Papa Pio XII, depois de fazer a lista dos Santos que a precederam na prática e difusão da devoção ao Coração de Jesus, diz a este propósito: “Mas entre todos os promotores desta excelsa devoção, merece um lugar especial Santa Margarida Maria Alacoque que, com a ajuda do seu diretor espiritual, o Beato Cláudio de la Colombière (hoje santo) e com o seu zelo ardente, obteve, não sem a admiração dos fiéis, que este culto adquirisse um grande desenvolvimento e, revestido das características do amor e da reparação, se distinguisse das demais formas da piedade cristã.”

As promessas de Jesus encontradas nos escritos de Santa Margarida Maria. As Seis Promessas autênticas são as que seguem (retiradas do livro A Grande Promessa, Ed. da Divina Misericórdia):

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1ª – Para aqueles que trabalham pela salvação das almas
“Meu Divino Salvador fez-me entender que aqueles que trabalham pela salvação das almas, terão o dom de tocar os corações mais endurecidos e trabalharão com êxito maravilhoso se tiverem uma terna devoção para com o divino Coração.” (Vida, pág. 275 – II Obras, pág. 627)

2ª – Para as comunidades religiosasSagrado Coração
“Ele me prometeu… que derramará a suave unção de sua ardente caridade sobre todas as comunidades religiosas que O honrarem e se colocarem sob a sua especial proteção, e desviará delas todos os golpes da divina justiça, a fim de colocá-las em estado de graça, quando tiverem caído em pecado.” (II Obras, pág. 300)

3ª – Para os leigos
“Os leigos encontrarão, por meio desta amável devoção, todo o socorro necessário a seu estado, ou seja, a paz nas suas famílias, o alívio nos seus trabalhos, as bênçãos do Céu em todos os seus empreendimentos, a consolação nas suas misérias e encontrarão, precisamente, neste Sagrado Coração, o lugar de refúgio, durante toda a sua vida e, principalmente, na hora da morte.” (II Obras pág. 627 – Vida, pág. 275)

4ª – Para as casas onde for entronizada e honrada a Imagem do Sagrado Coração de Jesus
“Assegurou-me que sentia um prazer singular em ser honrado sob a figura desse Coração de carne, do qual queria que a Imagem fosse exposta em público, a fim de tocar, por esse meio, o coração insensível dos homens.”
“Prometeu-me que derramaria com profusão, nos corações daqueles que O honrarem, todos os dons de que está pleno o seu Coração e que esta Imagem, em toda a parte onde for entronizada, a fim de ser especialmente honrada, atrairá todas as espécies de bênçãos.” (II Obras, pág. 627 – Vida pág. 275)

5ª – Promessas de salvação para com todos os que Lhe forem devotados e consagrados
“Eu me sinto toda abismada neste divino Coração. Nele me encontro como que num abismo profundo, onde me são revelados os te-souros de amor e de graças para com aquelas pessoas que a Ele se consagrarem e se sacrificarem, como fim de Lhe renderem e obterem toda a honra, amor e glória que estiver ao seu alcance.
Ele me confirmou que o prazer que sente em ser amado, conhecido e honrado pelas criaturas é tão grande que Ele me prometeu que todos aqueles que Lhe forem devotados e consagrados, jamais perecerão.” (II Obras, págs. 300 e 396)

6ª – Para aqueles que comungarem nas primeiras sextas-feiras de nove meses seguidos
“Numa primeira sexta-feira, durante a Sagrada Comunhão, Ele disse as seguintes palavras à sua indigna escrava:
«Eu prometo, na excessiva misericórdia do meu Coração, que meu amor todo-poderoso concederá a todos aqueles que comungarem, em nove primeiras sextas-feiras do mês seguidas, a graça da penitência final, que não morrerão em desgraça, nem sem receberem seus sacramentos e que o meu divino Coração será o seu asilo seguro no último momento.»” (II Obras pág. 397)

 

As 12 promessas que se costuma divulgar são estas:

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    Darei às almas dedicadas ao meu Coração todas as graças necessárias ao seu estado.
    Farei reinar a paz em suas famílias.
    Eu as consolarei em suas penas.
    Serei seu refúgio seguro durante a vida e sobretudo na hora da morte.
    Derramarei copiosas bênçãos sobre todos os seus trabalhos na vida.
    Os pecadores acharão em Meu Coração a fonte e o oceano infinito da misericórdia.
    As almas tíbias se tornarão fervorosas.
    As almas fervorosas elevar-se-ão rapidamente a uma grande perfeição.
    Abençoarei as casas em que se achar exposta e for venerada a imagem do Meu Coração.
    Darei aos sacerdotes o dom de tocar os corações mais endurecidos.
    As pessoas que propagarem esta devoção terão seus nomes escritos indelevelmente no Meu Coração.
   O amor todo-poderoso do Meu Coração concederá a todos os que, por nove meses seguidos, confessarem-se e comungarem na primeira sexta-feira, a graça da perseverança final.

 

Ato de Consagração ao Sagrado Coração de Jesus

Dulcíssimo Jesus, Redentor do gênero humano, lançai os vossos olhares sobre nós, humildemente prostrados diante de vosso altar. Nós somos e queremos ser vossos; e para que possamos viver mais intimamente unidos a Vós, cada um de nós neste dia se consagra espontaneamente ao vosso Sacratíssimo Coração.

Muitos nunca Vos conheceram; muitos desprezaram os vossos mandamentos e Vos renegaram. Benigníssimo Jesus, tende piedade de uns e de outros e trazei-os todos ao vosso Sagrado Coração.

Senhor, sede o Rei não somente dos fiéis que nunca de Vós se afastaram, mas também dos filhos pródigos que Vos abandonaram; fazei que eles tornem, quanto antes, à casa paterna, para que não pereçam de miséria e de fome.

Sede o Rei dos que vivem iludidos no erro, ou separados de Vós pela discórdia; trazei-os ao porto da verdade e à unidade da fé, a fim de que em breve haja um só rebanho e um só pastor.

Sede o Rei de todos aqueles que estão sepultados nas trevas da idolatria e do islamismo, e não recuseis conduzi-los todos à luz e ao Reino de Deus.

Volvei, enfim, um olhar de misericórdia aos filhos do que foi outrora vosso povo escolhido; desça também sobre eles, num batismo de redenção e vida, aquele sangue que um dia sobre si invocaram.

Senhor, conservai incólume a vossa Igreja, e dai-lhe uma liberdade segura e sem peias; concedei ordem e paz a todos os povos; fazei que de um a outro pólo do mundo, ressoe uma só voz: Louvado seja o Coração divino, que nos trouxe a salvação! A Ele, honra e glória por todos os séculos dos séculos. Amém.

S.S. Pio XI, 11 de dezembro de 1925

Via: www.rainhamaria.com.br

 


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