06.06.2018 -
Congo enfrenta novo surto da doença mortífera e a Igreja age para prestar auxílio à população
Chamou a atenção nas redes sociais, entre o fim de maio e o começo deste mês, uma imagem que veio da República Democrática do Congo, na África: ela mostra o arcebispo coadjutor da capital do país, Kinshasa, dom Fridolin Ambongo Besungu, dando a bênção ao pe. Lucien Ambunga, contagiado pelo vírus do ebola depois de atender um homem que agonizava pela mesma doença.
O pe. Ambunga pertence à Congregação da Missão e é pároco em Itipo, na diocese de Mbandaka-Bikoro, norte do país. Após uma quarentena em que precisou ficar hospitalizado, ele recebeu alta no dia 26 de maio.
A foto é anterior à alta e mostra o padre ainda doente, recebendo o apoio do bispo. Publicada no Twitter em 24 de maio pelo usuário Katako Arnold, a imagem foi repostada e compartilhada por centenas de outros internautas. Muitos deles ofereceram orações pela recuperação do sacerdote e postaram comentários como:
“Que Deus o ajude, porque ele foi compassivo com os doentes” (Jeanpierre Mbanga)
“[Que ele] seja curado em nome de Jesus, que lhe permita continuar servindo à humanidade, ao povo de Deus” (Oressoh)
“Esta é a igreja na África. Sem dúvidas é cheia de fé, dependente de Deus, humilde e deseja seguir Jesus” (Obianuju Ekeocha, líder pró-vida).
Surto alarmante de ebola urbano
O ebola causa febre, dores musculares, vômito, diarreia e pode levar a hemorragias. Doença grave, é fatal quando não tratada. A transmissão ocorre por animais selvagens e se propaga de pessoa para pessoa, podendo facilmente se transformar em epidemia.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) confirmou no início de maio um novo surto de ebola na República Democrática do Congo.
Rose Mkunu, médica da Cáritas Congo em Mbandaka, declarou à agência vaticana Fides:
“A situação é alarmante porque é uma epidemia urbana, diferente das anteriores. A Cáritas está fazendo todo o possível para conscientizar e informar os líderes comunitários e religiosos a respeito da doença, sobre como se proteger e prevenir o contágio, mas temos recursos limitados”.
O presidente da Conferência Episcopal do Congo, dom Marcel Utembi Tapa, também afirmou:
“Devido à natureza da doença e à falta de informação, teme-se o risco da sua propagação numa cidade de 1,2 milhão de habitantes e nas cidades vizinhas”.
No entanto, dom Utembi pediu aos fiéis para “não cederem ao medo nem à estigmatização, que podem impedir a resposta à epidemia”.
Com informações das agências Fides e ACI Digital via Aleteia
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