26.05.2018 -
Os jornais e a mídia em geral dão a notícia de mais um ataque mortal feito a estudantes no recinto de escolas norte-americanas, desta vez em Santa Fé, Texas.
(Policiais chegam à escola em Santa Fé invadida por atirador na manhã desta sexta (18/05/2018) Policiais chegam à escola em Santa Fé invadida por atirador na manhã desta sexta (18) – Reprodução Twitter/HCSOTexas)
Nós, brasileiros, somos naturalmente inclinados à bondade e à comiseração para com os jovens estudantes brutalmente assassinados. Bom será também nos lembrarmos de rezar por eles.
A fotografia do jovem assassino de 17 anos – bem nutrido, forte, boa aparência –, nos leva a pensar por que teria ele premeditado e executado esse plano assassino. Faltava-lhe por acaso dinheiro, smartphone, automóvel ou algum outro recurso da sociedade de consumo tão adiantada nos EUA?
Não. Faltava-lhe algo muito mais importante e muito mais profundo: a formação de valores morais.
Como bem observou o presidente norte-americano em seu discurso, o problema não é novo. “Isso vem acontecendo há muito tempo em nosso país. Muitos anos, muitas décadas. […] afirmou. Enviamos nosso apoio e amor[…] aos estudantes, famílias, professores e funcionários em Santa Fé”.
“O problema não é novo”, ele tem um fundo moral e religioso
Realmente, tem razão o presidente norte-americano ao afirmar que o problema não é novo, mas de algumas décadas atrás.
Não se trata, portanto, apenas de leis para “um maior controle sobre a venda e acesso a armas”, como pretendem os pacifistas de todos os quadrantes, contra os quais reagiram muito bem os brasileiros quando rejeitaram em plebiscito o Estatuto do Desarmamento. Nossos compatriotas entenderam que o problema não está na arma, mas no homem, nos valores morais.
Nunca se ouviu dizer que em nosso País soldados ou policiais tomassem suas armas e fizessem chacinas em escolas ou vias públicas. Por que não o fazem? É porque eles foram formados na observância dos valores morais, da disciplina e do amor à ordem.
Uma mocidade sem fé, sem esperança, vazia de alma
Não poderia ser mais acertada a análise feita pela revista francesa La Vie catholique illustrée (20-01-2018), sob o título “Mocidade em blusão de couro”:
“A Suécia – paraíso do bem-estar e do conforto – está inquieta. Sua mocidade lhe causa preocupação. Uma mocidade em blusão de couro, posta em delírio pelo ‘Rock and roll’, pronta para o motim, a destruição e a crueldade gratuitos. De que se queixa essa mocidade? O que lhe falta? Precisamente no plano material, nada lhe falta. Mas, por isto mesmo, ela não tem diante de si nenhuma expectativa, nenhuma esperança, nada mais, enfim, por que combater.”
Continua o artigo: “E sobretudo no plano espiritual, isto é, o vácuo: não há mais fé, nem esperança. É principalmente em sua alma que a mocidade sueca está atingida”.(1)
***
Por sua vez, comentando o Prof. Plinio Corrêa de Oliveira em 1956 uma Pastoral do Episcopado Suíço (vejam os leitores como o problema é velho), ele dizia:
“‘à sede de prazeres e deleites, que cega literalmente tantos infelizes, […] a tantas transgressões dos Mandamentos de Deus’, tão numerosas ‘que se seria por vezes tentado a crer que, a despeito de aparências brilhantes, a vida cristã estará em breve reduzida a mera fachada’. Detenhamo-nos no quadro que o Episcopado Suíço pinta: uma crise moral gerada precisamente por uma prosperidade da qual os homens abusaram, voltando seus olhos para a terra, e ficando, em conseqüência, com um terrível vazio na alma”.
O que esperar de uma juventude vazia de alma? Qual é a solução do problema?
Não acha o leitor que se os bispos norte-americanos e brasileiros pregassem os valores morais e se empenhassem na formação religiosa da juventude, esses e outros problemas se resolveriam pelo menos na sua quase totalidade?
Mas a CNBB prefere investir na esquerda, favorecer as invasões, ou pelo menos calar-se quando o Brasil se levanta de Norte a Sul contra a deformação da alma nacional nos 13 anos de desgoverno petista.
(1)”La Vie catholique illustrée”, 20 janeiro de 1956
Visto em: ipco.org.br
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