Lembrando os Diálogos de Deus com Santa Catarina de Sena: Toda virtude é praticada no próximo. Quem não me Ama, também não ama os homens; por isso não os socorre. Para fazer o mal, basta que se deixe de fazer o bem


24.04.2018 - Nota de www.rainhamaria.com.br

Artigo publicado em 08.11.2015

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Vou explicar-te agora que toda virtude se realiza no próximo, bem como todo pecado.

Toda pessoa que vive longe de mim prejudica o próximo; e a si, dado que cada um é o primeiro próximo de si mesmo. Tal prejuízo pode ser desordem geral ou pessoal. Em geral, porque sois obrigados a amar os demais como a vós mesmos. De que maneira? Socorrendo espiritualmente pela oração, dando bom exemplo, auxiliando quanto ao corpo e quanto ao espírito, conforme as necessidades. No caso de alguém nada possuir, pelo menos há de ter o desejo de auxiliar!

Quem não me ama, também não ama os homens; por isso não os socorre.

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Quem despreza a vida da graça, prejudica antes de tudo a si mesmo, mas prejudica também os outros, deixando de apresentar diante de mim – como é seu dever – orações e aspirações em favor deles. Todo e qualquer auxílio prestado ao próximo deve provir do amor que se tem por aquela pessoa, mas como consequência do amor que se tem por mim. Da mesma forma, todo mal se realiza no próximo, e quem não me ama, também não tem amor pelos outros. A origem dos pecados está na ausência da caridade para comigo e para com o homem.

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Para fazer o mal, basta que se deixe de fazer o bem. Contra quem se age, a quem se prejudica na prática do mal? Primeiramente contra si mesmo; depois, contra o próximo. A mim, não me prejudica. Eu não posso ser atingido, a não ser no sentido de que considero feito a mim o que se faz ao homem. Será um prejuízo que leva à culpa com privação da graça e, nesse caso, coisa pior não poderia acontecer; ou será uma recusa de afeição e amor, obrigatórios e que exigem o socorro pela oração e súplicas diante de mim. Tudo isso é auxílio de ordem geral, porque é devido aos homens em comum.

O auxílio de ordem pessoal consiste na colaboração prestada às pessoas com quem convivemos, pois existe a obrigação aos homens de se ajudarem mutuamente com bons conselhos, ensinamentos, bons exemplos e qualquer outra obra boa de que se necessite.

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O bom conselho há de ser desinteressado como se fosse dado a si mesmo, sem segundas intenções egoístas. Quem não me ama, certamente não agirá convenientemente e prejudicará aos demais. Nem serão apenas prejuízos por omissão do bem, mas ações más e danos até repetidos.

Isto acontece da seguinte forma:

O pecado é externo ou interno. Externo, aquele praticado visivelmente; mas procede de um apego interior ao mal e de um desprezo interior pelo bem. É uma ação que procede do egoísmo, que destrói no homem a caridade devida a mim e aos outros. É tal egoísmo que gera, um após outro, os pecados contra o próximo; de várias maneiras, conforme aprouver à vontade pervertida, chegando-se, às vezes a uma verdadeira crueldade, seja de modo geral  como particular. De modo geral, quando uma pessoa põe a si mesma e aos demais em perigo de morte espiritual e condenação eterna pela privação da graça. A maldade chega a ser tão grande que o homem, sem amor pelo bem e sem fugir do mal, já não cuida de si, nem dos demais. Ao invés de dar bons exemplos, age com malícia e faz o papel dos demônios, afastando os outros da virtude e levando-os, quanto pode, para o vício. Trata-se de uma autêntica crueldade contra a própria alma, no esforço de priva-la da graça e dar-lhe a morte espiritual. Por ganância, pratica ações más, deixa de auxiliar o próximo com os bens que possui e até se apossa do alheio, espoliando os mais pobres.

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Outras vezes, por abuso de autoridade ou por engano e fraude, obriga o vizinho a vender seus bens e até sua pessoa.

Ó crueldade detestável, que não fruirás da misericórdia divina, a menos que o responsável retorne à piedade e ao amor pelos demais.

Acontece também que o pecador diga palavras injustas, provocando até homicídios.

Cometam-se ainda desonestidades e impurezas. Pessoas há que chegam a assemelhar-se aos animais irracionais, com muita podridão. Pior é que com tais atos não atingem apenas duas ou três pessoas, mas todos aqueles que deles se aproximam por amizade ou necessidade social. E a soberba, contra quem age? Exatamente contra o próximo, por causa da procura da fama pessoal. Acreditando-se maior que os demais, o orgulhoso desagrada aos outros e os ofende. No caso de ocupar cargos, pratica injustiças e maldades, qual mercador de carne humana.

Ó filha querida, lamenta-te porque sou ofendido. Chora sobre esses mortos, para que sua morte espiritual seja vencida pela oração. Vê como, em toda parte e em todas as classes sociais, peca-se contra e através do próximo. É contra o homem que se age, de modo oculto e manifesto. De modo oculto, negando-lhe aquilo a que tem direito; de modo manifesto, através dos vícios de que te falei.

É realmente verdade, portanto, que as ofensas cometidas contra mim acontecem através do homem.

O Diálogo – Santa Catarina de Sena

Fonte: http://catolicosribeiraopreto.com

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Nota de www.rainhamaria.com.br

Profetizou São Basílio de Kronstadt, no ano 1700

Sobre os cristãos/ católicos do Fim dos Tempos...

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"O amor entre os homens não será mais do que uma palavra sem significado sobre a qual se farão mil floreados. (discursos com belas palavras, mas não praticadas) Quem possuir ainda o dom do amor será visto como um homem diferente, um sobrevivente de uma guerra travada por um povo de vista curta, contra o sentimento do amor ao próximo. Não faltará a fé da palavra, mas faltará a fé do coração e será uma grande confusão entre o que floresce pelos lábios e o que morre no coração. (vão falar no amor ao próximo, mas não vão praticar em seus corações verdadeiramente este amor ao próximo) Os cristãos serão numerosos, mas terão esquecido as leis cristãs e a sua fé será de palavras. (não mais de atos concretos) Porque todos falarão de amor, mas já ninguém terá amor pelo próximo".

Disse São João Crisóstomo: "Que proveito resulta de a mesa de Cristo estar coberta de taças de ouro, se Ele morre de fome na pessoa dos pobres? Sacia primeiro o faminto, e depois adornarás o Seu altar com o que sobrar. Fazes um cálice de ouro e não dás um copo de água fresca. Honras a Deus no templo com vestes de seda, enquanto O abandonas lá fora ao frio e à nudez?"

Diz na Sagrada Escritura:

"O primeiro de todos os mandamentos é este: Ouve, Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor; amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu espírito e de todas as tuas forças. Eis aqui o segundo: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Outro mandamento maior do que estes não existe" (São Marcos 12, 29-31).

"O Senhor não vê como o homem: o homem vê a aparência, mas o Senhor vê o coração". (Samuel 16, 7)

"Mas, quando fizeres convite, chama os pobres, aleijados, mancos e cegos... E serás bem-aventurado; porque eles não têm com que te recompensar; mas recompensado te será na ressurreição dos justos" (São Lucas 14, 13-14).

"Então o Rei dirá aos que estão à direita: - Vinde, benditos de meu Pai, tomai posse do Reino que vos está preparado desde a criação do mundo, porque tive fome e me destes de comer; tive sede e me destes de beber; era peregrino e me acolhestes; nu e me vestistes; enfermo e me visitastes; estava na prisão e viestes a mim.

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Perguntar-lhe-ão os justos: - Senhor, quando foi que te vimos com fome e te demos de comer, com sede e te demos de beber?
Quando foi que te vimos peregrino e te acolhemos, nu e te vestimos?
Quando foi que te vimos enfermo ou na prisão e te fomos visitar?
Responderá o Rei: - Em verdade eu vos declaro: todas as vezes que fizestes isto a um destes meus irmãos mais pequeninos, foi a mim mesmo que o fizestes" (São Mateus 25, 34 -40).

 

Veja também...

Santo Afonso de Ligório: Ninguém pode amar a Deus sem que tenha amor ao próximo, porquanto o amor de Deus e o do próximo nascem da mesma caridade

Santo Afonso de Ligório: Se puderes dar esmolas, com as riquezas iníquas faze dos pobres os teus amigos; para que quando necessitares, te obtenham de Deus a graça de uma boa morte, e assim te recebam nos tabernáculos eternos

São Carlos Borromeu, procurava os pobres doentes dos quais ninguém lembrava, não se contentou em rezar e atender pessoalmente os moribundos, mas também esgotou seus recursos para ajudar os necessitados

São João de Deus, se distinguiu na assistência aos pobres e aos doentes, um exemplo de como uma pessoa simples e sem instrução, quando tem verdadeiro amor a Deus, pode fazer grandes coisas no campo da caridade, e chegar a Santidade

Beato Píer Giorgio Frassati: Jesus vem a mim a cada manhã na Santa Comunhão e eu o retribuo de uma maneira pequena visitando os pobres. Visitar os pobres, é visitar a Jesus!

São Martinho de Lima: Impelido com extraordinária força, pelo amor de Deus, a caridade de Martinho com os outros não tinha limites. Ele era a própria imagem da caridade para com os pobres e doentes

 


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