12.03.2018 -
Taisid, ficou órfão de mãe muito cedo, não teve o doce amor de uma mãe. Só lembrava que, quando criança, os sacerdotes com suas vestes negras o levaram para longe de sua casa e nunca mais voltou.
Aos quinze anos deixou a cidade em busca de aventura. Buscou trabalho em uma embarcação com piratas e pescadores de pérola. No barco todos os dias ocorriam brigas, intrigas e espancamentos. Aquela vida de aventura, de porto em porto, em mares em busca de pérolas não lhe deu a alegria e a paz que procurava.
Um dia, me mar calmo, o vento soprava com tamanha força que o barco ficou desgovernado. De repente, um forte golpe foi sentido no fundo navio. Logo o silencio. Eles haviam encalhado.
O capitão do barco chamou o jovem Taisid, e disse para por um traje de mergulho, descer e observar o casco para ver houve alguma avaria. Taisid mergulhou. Examinou o casco minuciosamente e viu que nada havia acontecido com ele, mas a embarcação ficou presa entre duas rochas. Era preciso esperar a maré subir para o navio flutuar e desalojar o navio.
Taisid, antes de voltar a superfície, olhou cuidadosamente ao redor, e surpreendido avistou uma ossada humana. Aproximou-se e deparou com uma corrente prateada com um relicário a ponta, envolta do pescoço do esqueleto. O jovem pescador pegou a corrente e o relicário. Ao retornar a embarcação disse ao capitão a situação do navio.
Taisid foi a sua cabine e abriu, curiosamente o relicário, esperando encontrar algo de valor. Mas ao abrir viu apenas um pedaço de papel com o escrito:
“Jamebel Ben Agar: Missionário católico nas terras da Arábia. Oh, doce Jesus, agradeço-lhe porque me deu um frutífero e grande apostolado. Senhor, grande é na verdade a messe, mas os operários são poucos. Mande operários para a sua messe.”
Aquela oração fervorosa a Cristo penetrou a alma de Taisid. Mostrou o que descobrira aos seus companheiros. Um deles contou que, a três anos um navio chegando da Arábia foi jogado pela força dos ventos contra os arrecifes. O navio começou a afundar e a tribulação em desespero buscou se salvar.
Um homem que estava na embarcação, um missionário católico, falou com todos sobre Deus, perdoou os seus pecados e lhes encorajou com a esperança da felicidade do Céu.
O jovem pescador sentiu a transformação de sua alma perante o pedido do missionário por trabalhadores para a messe do Senhor. Com coragem e determinação, tomou um propósito: Torna-se Padre!
Assim, o Padre Taisid, um jovem aventureiro, que por um relicário achado no fundo do mar, tornou-se sacerdote.
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O Senhor usa de estranhas maneiras para chamar o homem ao seu serviço; alguns foram chamados enquanto pescavam, outros coletando impostos; Taisid quando estava no fundo do mar. O importante não é quando o Senhor nos chama, mas se ouviremos quando nos chamar. Pode ser em qualquer hora, como lemos neste conto.
Fonte: adelantelafe.com via espelhodejustica.blogspot.com.br
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