05.02.2018 - Nota de www.rainhamaria.com.br
Recebi um email do sr. Cássio Miranda, assessor do sr. Caio Rocha, dizendo o seguinte:
Trabalho no Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), e nosso Secretário de Segurança Alimentar e Nutricional, Caio Rocha, gostaria de ter a oportunidade de publicar um artigo neste site.
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Solidariedade em todos os tempos
Os períodos mais sombrios da história provam que más intenções podem – sim – vir ao plano das ações. Esses mesmos casos, porém, mostram outra constante diametralmente oposta: todas tentativas de atacar os fundamentos da sociedade e de promover a desunião – por mais fortes que tenham sido – não foram capazes de minar o genuíno sentimento humano de solidariedade.
É farto o exemplário de personagens que comprovam essa predisposição. Começando por Jesus Cristo – peça-chave na construção da civilização ocidental –, cuja trajetória revelou inigualável compromisso e mutualidade com o próximo. Ora, haverá maior demonstração de solidariedade do que abrir mão da própria vida em benefício dos outros? Ainda no esteio do legado cristão, Madre Teresa de Calcutá abandonou os bens materiais e dedicou sua passagem pela Terra aos mais necessitados.
Mesmo diante do caos, algumas passagens foram iluminadas em fazer exceção à regra do ódio fomentada por diversos fundamentalismos. É o caso, por exemplo, do empresário Oskar Schindler. Durante o império do nazismo na Alemanha, ele pôs sua vida em risco para salvar 1.200 judeus dos campos de concentração. Por aqui, aliás, feito heróico semelhante foi realizado por Dora Schindel, que conseguiu trazer ao Brasil 48 pessoas perseguidas pelo mesmo regime totalitário. Em ambos os casos, o perigo não foi suficiente para romper os laços de cooperação e compaixão entre os homens.
Hoje, muitas das ameaças do passado foram definitivamente afastadas. Outras, contudo, foram surgindo com o passar dos tempos e adquiriram forma e força. A construção de novos tempos só será possível, através da valorização da figura humana, e a superação das desigualdades sociais, e que cada um de nós façamos a nossa parte à construção de uma sociedade melhor, pois é fundamental o crescimento sócio econômico nas sociedades organizadas, mas é preciso atenção ao apego excessivo aos bens matérias, à riqueza, à concorrência desenfreada e ao lucro que sobrepujam os valores imprescindíveis.
Esse postulado não propõe subjugar a natural e saudável aptidão humana pelo desenvolvimento e o progresso. Mas, por outro lado, reivindica que a lógica puramente economicista não seja o único vetor moral da nossa sociedade. E a legião de excluídos mostra isso: já temos 13,4 milhões de pessoas em extrema pobreza e 52 milhões de pobres somente no Brasil. É exatamente dentro desse contexto que devemos unir esforços, tal como em outras passagens históricas, para despertar nossa sempre oportuna vocação para a solidariedade.
Caio Rocha - Secretário Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional do Ministério do Desenvolvimento Social.
Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário - (61) 2030-2058