26.01.2018 -
COMO SERIA SE MORRÊSSEMOS AGORA?
Aprendi de um padre mexicano (não recordo o nome, mas posso investigar...), a catequese mais simples e profunda... Imagine-se que a cada um foi dado o direito de possuir duas casas. Numa delas, se poderia viver apenas um ano, um único ano, e, na outra, se passaria o resto da vida. Então, perguntou o padre, em qual das casas investiríamos nosso capital?
A maioria, como é constatável, investe tudo naquela qual se viverá apenas um ano. Trocam-se os telhados, pintam-se as paredes, fazem-se jardins lindíssimos, há sauna, piscina, cozinhas moderníssimas, aparelhos ultra e mega incríveis, garagem para vários autos e assim por diante.
A outra casa, coitadinha, fica abandonada. As telhas vão-se quebrando, a pintura descascando, a cerca apodrecendo, o mato, comendo solto e tudo nela lembra abandono, tristeza, miséria.
O ano de gloriosa vida na casa em que tudo se investiu vai transcorrendo deliciosa e despreocupadamente até que, pela lei da vida, acaba abruptamente - e somos despejados. Damos, imediatamente, de cara com a casa abandonada. “Meu Deus, eu não quero viver aqui!”, dizemos. “Não aceito esta casa. Investi tudo na outra”, ou, então: “Como posso viver aqui sem os confortos que conquistei”.
Assim é a vida, diz o padre. Um ano, passamos neste mundo e todo o resto, a eternidade, numa bela mansão ou na miséria do inferno.
Tudo depende do investimento que fazemos agora. O exemplo citado é de quem investiu tudo no mundo material, na vida breve e passageira. Investiu o tempo nos prazeres e na futilidade, no consumismo e na falsa alegria, enquanto a vida do espírito, a busca por Deus, a leitura da Palavra, a meditação, a oração, as obras de caridade, o sacramento do perdão, tudo isso, abandonado.
Termina o padre perguntando: em qual das casas investimos mais capital? Quem investiu tudo na outra, não se importa com o despejo. A morte, neste caso, é lucro, como diz São Paulo. Os santos, a rigor, não veem a hora de ocuparem suas belas e derradeiras mansões, porque, quase nada investiram nessas casas passageiras. São Francisco, por exemplo, sequer possuía um par de sapatos. Jesus, ele mesmo, diz que o Filho do Homem não tinha onde repousar a cabeça. Suas outras casas, em compensação, estão repletas da luz eterna, do gozo sem fim e da paz infinita. E a nós, como seria se fôssemos agora, nesse instante, chamados à outra vida?
Por Professor Bellet
Visto em: www.catolicismoromano.com.br
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Nota de www.rainhamaria.com.br
"Hás de morrer na hora menos pensada. Quer penses, quer não penses nisso, quer acredites, quer não acredites, morrerás e serás julgado, e te salvarás ou condenarás, conforme o bem ou o mal que houveres praticado; disso não escaparás por mais que digas ou faças. E que te aproveitará ganhar todas as riquezas e alcançar todas as honras, e dar ao corpo todos os prazeres, se vier a perder a tua alma?" (Santo Antônio Maria Claret)
Diz na Sagrada Escritura:
“Ao morrer nada poderá levar, sua glória não descerá com ele” (Salmos 49, 18).
“Exorta os ricos deste mundo, que não sejam orgulhosos nem ponham sua esperança nas riquezas volúveis, mas em Deus, que nos dá abundantemente todas as coisas, para delas desfrutarmos. Que pratiquem o bem, se enriqueçam de boas obras, sejam generosos, comunicativos, acumulem um tesouro sólido para o futuro a fim de conquistarem a vida verdadeira” (1 Timóteo 6, 17-19).
"Não ajunteis para vós tesouros na terra, onde a ferrugem e as traças corroem, onde os ladrões furtam e roubam. Ajuntai para vós tesouros no céu, onde não os consomem nem as traças nem a ferrugem, e os ladrões não furtam nem roubam. Porque onde está o teu tesouro, lá também está teu coração" (São Mateus 6, 19-21).
"Eu ouvi uma voz do céu, que dizia, Escreve: Felizes os mortos que doravante morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, descansem dos seus trabalhos, pois as suas obras os seguem" (Apocalipse 14, 13).
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