A triste herança lulopetista: Entre 2015 e 2016, mais de 9 milhões de pessoas engrossaram a fatia da população abaixo da linha de pobreza. Para os autores desse estudo, o fenômeno teve seu início em 2014


02.01.2018 -

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Pobreza não se cria da noite para o dia. Em geral, é resultado de anos de má administração, combinada com ideias equivocadas sobre o papel do Estado na economia. Pode-se adiar seu aparecimento, pode-se até mesmo dar a impressão de que se conseguiu erradicá-la, mas, cedo ou tarde – geralmente cedo –, os erros vão resultar em degradação da renda de parte significativa da população, que antes experimentou a ilusão da ascensão social.

Assim, não há como se dizer surpreso com a informação de que 52,168 milhões de brasileiros, ou um quarto da população total, encontravam-se abaixo da linha de pobreza medida pelo Banco Mundial em 2016 – menos de US$ 5,50 por dia –, conforme dados da Síntese de Indicadores Sociais de 2017, recentemente divulgados pelo IBGE. Já no patamar de extrema pobreza, com US$ 1,90 por dia, vivem cerca de 13,3 milhões de pessoas, ou 6,5% da população. Esse imenso contingente não empobreceu em razão de alguma guerra ou catástrofe natural, mas como consequência direta das decisões econômicas irresponsáveis tomadas pela presidente cassada Dilma Rousseff, que geraram dois anos de recessão, com alta inflação e crescente desemprego.

Os números resultam de uma nova métrica de pobreza do Banco Mundial, razão pela qual foram apresentados sem comparação com pesquisas anteriores. Mas é possível visualizar o tamanho do desastre a partir de dados da Fundação Getúlio Vargas (FGV) sobre o mesmo tema, segundo os quais o total de brasileiros abaixo da linha de pobreza saltou quase 20% em 2015, primeiro ano do segundo mandato de Dilma Rousseff. Há ainda outra pesquisa, do Instituto de Estudos do Trabalho, publicada pelo Valor, que mostra que, entre 2015 e 2016, mais de 9 milhões de pessoas engrossaram a fatia da população abaixo da linha de pobreza. Para os autores desse estudo, o fenômeno teve seu início em 2014.

Uma parte desse aumento do número de pobres se deve à aceleração da inflação, que em 2015 passou de 10%. Além disso, segundo disse ao Estado Marcelo Néri, pesquisador da FGV e que presidiu o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) no governo de Dilma, houve congelamento do valor dos benefícios do Bolsa Família entre 2015 e 2016, que a presidente se viu obrigada a fazer como resultado direto da necessidade de cortar custos, depois do descontrole de gastos dos anos anteriores.

Esse cenário contrasta brutalmente com a situação verificada entre 2004 e 2014, a “era de ouro” do lulopetismo.

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Nesse período, o número de pessoas que deixaram de ser consideradas pobres no País caiu, em média, cerca de 10% ao ano. Foi o suficiente para que os petistas se jactassem da façanha de ter tirado de 36 milhões a 40 milhões de brasileiros da miséria – os números variam conforme o palanque. Para essa turma, tanto o impeachment de Dilma como os processos judiciais contra Lula resultam de uma conspiração do grande capital para impedir a continuidade da ascensão dos pobres.

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.Como os números mostram, porém, o “milagre” petista não passou de empulhação. Milhões de brasileiros deixaram a linha de pobreza exclusivamente em razão do Bolsa Família, isto é, o aumento da renda não se amparava senão no benefício estatal. Isso significa que não foram criadas condições para que a melhora socioeconômica dessa parcela da população se consolidasse e se sustentasse no longo prazo.

A situação é ainda mais dramática justamente nas regiões do País em que a dependência do Bolsa Família se tornou crônica, como no Nordeste e no Norte, em que nada menos que 43% dos habitantes têm renda igual ou inferior à estabelecida como linha de pobreza pelo Banco Mundial.

Felizmente, contudo, o quadro começa a mudar. Com o fim da recessão, a retomada do emprego e a queda da inflação – resultados diretos da troca de governo depois do impeachment –, o número de pessoas abaixo da linha de pobreza já diminuiu neste ano, conforme informou Marcelo Néri, da FGV. Segundo ele, o recuo da inflação foi o fator fundamental para essa reversão, pois resultou em ganho real de renda. Em resumo, os pobres não precisam de mágicos, e sim de governantes que respeitem os fundamentos da economia.

Fonte: Editorial do Estadão  via  ataqueaberto.blogspot.com.br

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Nota de www.rainhamaria.com.br

Lembrando o artigo publicado no site em 12.06.2017

Professor da Uerj com pós-doutorado pede emprego nas redes sociais

A grave crise financeira pela qual passa o Estado do Rio de Janeiro, decorrente da má gestão do dinheiro público e da corrupção e desvio de recursos públicos da organização criminosa comandada pelo ex-governador Sérgio Cabral (PMDB), levou o professor da Uerj Evandro Brum Pereira a fazer um protesto contra o governador Luiz Fernando Pezão (PMDB).

Professor do Departamento de Físico-Química da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), com pós-doutorado na Espanha, Evandro lembra que, sem receber salários, docentes altamente qualificados da instituição estão passando por uma "situação catastrófica".

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"Estou postando uma foto que expressa a situação que estamos passando na Uerj, devido ao descaso total do Governo do Estado do Rio de Janeiro em relação à nossa Instituição. O objetivo desta foto é ser divulgada nas redes sociais visando dar visibilidade ao caos que o Governo implantou em nossa Instituição. Se quiserem compartilhar será ótimo. Tirei essa foto também na rua e já causou impacto. Um senhor quis contribuir com dinheiro e expliquei que era só uma foto para divulgação", escreveu o professor.

A publicação já teve 2 mil compartilhamentos e comentários de indignação contra a situação da Uerj e de seus funcionários e alunos.

Fonte: Jornal do Brasil notícias

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Lembrando também...

25.08.2017 - Professor com pós-doutorado pede emprego no semáforo em Taubaté SP. Ele trabalhou 20 anos como professor em Universidades, mas está há quase dois anos desempregado.

Ele está desempregado há um ano e oito meses e recorreu à placa no sinal para tentar uma oportunidade.

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Um doutor em literatura pela Universidade de São Paulo (USP) está pedindo emprego no semáforo em Taubaté. Eduardo Cobra, 57 anos, trabalhou 20 anos como professor em universidades, mas está há quase dois anos desempregado. Ele estava vendendo doces nas ruas, mas conta que tomou a atitude ‘radical’ porque precisa manter a família.

O professor relata que até 2015 dava aulas em uma universidade em Pindamonhangaba, mas foi demitido depois de um corte no orçamento. Após a perda, tentou vagas em outras instituições, mas não conseguiu - foram mais de 600 currículos enviados. Com o tempo, desistiu de buscar uma vaga apenas em sua área e chegou a fazer bicos.

“A gente se esforça para ser o melhor no que faz, mas diante da necessidade, tudo vale. Minha última atividade foi vendendo doces nas ruas da cidade, mas não foi o bastante para manter minha família”, conta Eduardo.

Ele afirma que, apesar de querer voltar à sala de aula, aceita propostas fora da sua área. Familiares têm ajudado com as contas da casa, relata o professor.

Há uma semana ele passa cerca de sete horas no semáforo da avenida Nove de Julho com uma placa em que pede emprego e onde mostra suas formações acadêmicas.

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No currículo constam licenciatura em história, bacharelado em teologia, mestrado em ciências da religião, doutorado em educação e pós-doutorado em letras. O último curso, de acordo com a USP, onde ele foi realizado, foi concluído no início de 2016.

O professor conta que começou a atuar na área de educação ainda jovem e que se especializou acreditando no potencial da troca de conhecimentos. “Foram anos de renúncia, de estudo e qualificação para oferecer o melhor aos meus alunos. Mas é triste ver que a educação também é negligenciada. Com tantos títulos, terminei pedindo qualquer emprego no semáforo”, diz. Fonte: G1

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Nota de www.rainhamaria.com.br

Diz na Sagrada Escritura:

"Como se transformou em prostituta a cidade fiel! Antes era cheia de direito, e nela morava a justiça; agora, está cheia de criminosos! A sua prata tornou-se lixo, o seu vinho ficou aguado. Os seus chefes são bandidos, cúmplices de ladrões: todos eles gostam de suborno, correm atrás de presentes; não fazem justiça ao órfão, e a causa da viúva nem chega até eles.  Pois bem! Ai de vós! - oráculo do Senhor Javé dos exércitos, o Poderoso de Israel. Eu vingar-Me-ei dos meus inimigos e pedirei satisfação aos meus adversários. Voltarei a minha mão contra ti, para te limpar com soda e tirar a tua impureza" (Isaias 1, 21-25).

"Virei ter convosco para julgar vossas questões e serei uma testemunha pronta contra os feiticeiros, os adúlteros, os que juram falsamente, contra os que retêm o salário do operário, que oprimem a viúva e o órfão, que maltratam o estrangeiro e não me temem - diz o Senhor" (Malaquias 3, 5).

"Eis que o salário, que defraudastes aos trabalhadores que ceifavam os vossos campos, clama, e seus gritos de ceifadores chegaram aos ouvidos do Senhor dos exércitos. Tendes vivido em delícias e em dissoluções sobre a terra, e saciastes os vossos corações para o dia da matança! Condenastes e matastes o justo, e ele não vos resistiu" (São Tiago 5, 3-5).

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"Porque conheço o número de vossos crimes e a gravidade de vossos pecados, opressores do justo, exatores de dádivas, violadores do direito dos pobres em juízo" (Amós 5, 12).

"Ouvi isto, exploradores do necessitado, opressores dos pobres do país!" (Amós 8, 4)

 

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