19.10.2017 -
A menina María del Carmen González-Valerio, também conhecida como Mari Carmen, tinha apenas nove anos quando morreu. Mas, apesar de sua pouca idade, atualmente é Serva de Deus e seu processo de canonização foi aberto em 1996, durante o pontificado de São João Paulo II.
Desde que nasceu, María del Carmen sofreu graves problemas de coração. Era a segunda filha de cinco irmãos. Seu pai morreu durante a perseguição religiosa da Guerra Civil espanhola, quando ela tinha apenas 6 anos.
Antes de morrer, seu pai pediu a sua mãe que dissesse aos filhos quando estivessem maiores que ele havia lutado e “entregado a sua vida por Deus e pela Espanha, para que fossem educados em uma Espanha católica, onde o crucifixo estivesse presente em todas as escolas”.
A pequena Mari Carmen rezava todos os dias pelos assassinos do seu pai e especialmente pelo presidente da Segunda República espanhola, Manuel Azaña.
A Segunda República é o regime político espanhol a partir de abril de 1931, durante a Guerra Civil (1936-1939) até o fim da mesma. Durante o período de governo de Azaña, a perseguição religiosa foi muito cruel.
Segundo contam os que seguem a causa de beatificação, um dia Mari Carmen estava na Missa e perguntou à sua avó o que significava “entregar-se”, ela respondeu que era “dar-se por inteiro a Deus e pertencer completamente a Ele”.
Pouco depois, a menina adoeceu de escarlatina, a doença foi piorando com o passar do tempo. A pequena não pediu em nenhum momento a Deus para salvar-se, mas repetia “que seja feita a Sua vontade”. Mari Carmen sofreu muito durante sua doença.
Os responsáveis pela causa de canonização assinalam que a pequena afirmou que “a Virgem Maria iria procurá-la no dia do seu aniversário, 16 de julho. Mas quando soube que uma das suas tias se casaria nesse dia, anunciou que morreria no dia seguinte”.
E aconteceu exatamente assim. Em 17 de julho de 1939, sentada na cama, embora não pudesse estar naquela posição desde que ficou doente, anunciou: “Eu vou morrer hoje, vou ao Céu!”.
Junto com a sua mãe e seus irmãos, a pequena disse antes de morrer: “Amem-se uns aos outros” e, em seguida, morreu.
Patrícia Gómez Acebo, da Associação de Amigos da Causa de Beatificação de Mari Carmen González-Valerio, disse ao Grupo ACI que nos últimos dias de vida, a menina pressentia a presença próxima da Mãe de Deus e dos anjos.
Alguns afirmam inclusive que no momento da sua morte podiam escutar o canto dos anjos e que partiu para a casa do Pai acompanhada pela Virgem Maria.
Apesar da doença ter deixado a menina deformada, um dos seus tios apontou como seu rosto ia voltando ao normal no momento da sua morte e que o seu corpo exalava um doce aroma.
Quando Manuel Azaña morreu, em 3 de novembro de 1940, um ano e quatro meses após a morte de Mari Carmen, o Bispo de uma diocese francesa estava com o ex-presidente da Segunda República espanhola. Segundo declarações do Prelado, “Azaña recebeu com toda lucidez o sacramento da penitência, recebeu o amor de Deus e tinha a esperança de encontrá-lo” – intenção pela qual a pequena havia rezado e oferecido suas dores até a morte.
Atualmente, a causa de canonização de Mari Carmen González-Valerio está aberta e a difusão de sua devoção chega aos cinco continentes.Fonte: ACI Digital via Aleteia
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Nota de www.rainhamaria.com.br
Diz na Sagrada Escritura:
"Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida. Aquele que crê em mim, ainda que esteja morto, viverá" (São João 11, 25)
"Não se perturbe o vosso coração. Credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas. Não fora assim, e eu vos teria dito; pois vou preparar-vos um lugar. Depois de ir e vos preparar um lugar, voltarei e tomar-vos-ei comigo, para que, onde eu estou, também vós estejais"(São João 14, 1-3).
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