O grito terrível dos pecadores na hora da morte será: Enganamo-nos (mas será tarde). O que ganhamos com o nosso orgulho, e que nos trouxe a riqueza unida à arrogância? (Sabedoria 5, 8)


04.09.2017 -

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Loucura dos pecadores

Por Padre Divino Antônio Lopes

“A sabedoria deste mundo é loucura diante de Deus” (1 Cor 3, 19).

Caríssimos irmãos, reflitamos hoje sobre a maior loucura: a loucura dos pecadores.

A maior miséria e desgraça dos pecadores é: ofenderem a Deus, pisarem na sua misericórdia, desafiá-lo e ainda acharem que estão com toda a razão: “Vinde, portanto! Aproveitemo-nos das boas coisas que existem! Vivamente gozemos das criaturas durante nossa juventude!” (Sb 2, 6).

Os pecadores vivem na cegueira espiritual, são infelizes, e se julgam sábios e prudentes, sendo que na realidade são os homens mais cegos e loucos que podem haver na face da terra; somente na hora da morte verão que aquilo que o pecado oferece é pura angústia e tormento: “Marchamos nas sendas da iniqüidade e da perdição, erramos pelos desertos sem caminhos e não conhecemos o caminho do Senhor!” (Sb 5, 7).

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Os pecadores ofendem a Deus e se gabam dessa rebeldia, são pessoas tapadas e orgulhosas; somente na hora da morte verão com amargura a desgraça deles e a ilusão do mundo: “O que ganhamos com o nosso orgulho, e que nos trouxe a riqueza unida à arrogância?” (Sb 5, 8).

A maior de todas as loucuras, seria uma pessoa tomar veneno e sorrir de alegria, ou enfiar uma faca no braço e cantar de felicidade. O mesmo acontece com os pecadores; eles bebem o veneno do pecado, fazem discursos usando o palanque da rebeldia contra Deus, e se gabam da própria desgraça, mas diante de Deus um dia terão que dizer: “É no mal que nossa vida se consumiu!” (Sb 5, 13).

Os pecadores chamam os santos de loucos, sendo que na realidade, loucos são eles, que trocaram a eternidade feliz por um momento de prazer. Um dia, querendo ou não, reconhecerão que loucos são aqueles que servem ao demônio, e sábios são os que servem a Deus: “Ei-lo, aquele de quem outrora escarnecemos, e a quem loucamente cobrimos de insultos! Considerávamos sua vida como uma loucura, e sua morte como uma vergonha” (Sb 5, 4).

O grito terrível dos pecadores na hora da morte será: “Enganamo-nos”, mas será tarde: “Portanto, nós nos desgarramos para longe da verdade: a luz da justiça não brilhou para nós e o sol não se levantou sobre nós!” (Sb 5, 6).

Qual será o nosso grito na hora da morte: “Enganamo-nos” ou “Acertamos”?

Padre Divino Antônio Lopes FP - “Loucura dos pecadores”.

Fonte: www.filhosdapaixao.org.br

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Nota de www.rainhamaria.com.br

Santo Afonso de Ligório resume sabiamente, que o pecador não quer obedecer a Deus:

"O Senhor lhe diz: não te vingues, e o homem responde: quero vingar-me; ― não te aposses dos bens alheios: quero apossar-me deles; ― abstém-te desse prazer desonesto: não quero abster-me. O pecador fala a Deus do mesmo modo que Faraó, quando Moisés lhe levou da parte de Deus a ordem de restituir o seu povo à liberdade. Aquele temerário respondeu: Quem é esse Senhor, para que eu ouça a sua voz? Não conheço o Senhor (Ex. 5, 2). O pecador diz a mesma coisa: Senhor, não Vos conheço, quero fazer o que me agrada. Numa palavra, ultraja-o face a face, e volta-lhe as costas".

Então...

"Não digas: A misericórdia do Senhor é grande, ele terá piedade da multidão dos meus pecados, pois piedade e cólera são nele igualmente rápidas, e o seu furor visa aos pecadores". (Eclesiástico 5, 6-7)

Porque...

"A reunião dos pecadores é como um amontoado de estopas: seu fim será a fogueira. O caminho dos pecadores é calçado de pedras unidas, mas ele conduz à região dos mortos, às trevas e aos suplícios". (Eclesiástico 21, 10-11)

 

Veja também...

Padre Divino Antônio Lopes: Os Santos são chamados pelos mundanos de loucos e fanáticos aqui nesse mundo, mas eles serão tomados de surpresa no dia do Julgamento, quando virem os loucos num trono de glória

Santo Afonso de Ligório: São Camilo de Lelis, ao ver os túmulos, dizia consigo: Se estes defuntos voltassem ao mundo, quanto não fariam pela vida eterna! E eu, que ainda tenho tempo, que faço pela minha alma?

Santo Afonso de Ligório: Deus pôs diante de nós dois caminhos a seguir, o do céu e o do inferno. Cada qual se dirigirá à morada que escolheu em vida

Santo Afonso de Ligório: A fé, portanto, não basta por si só para a salvação; são necessárias também as obras, sem as quais a fé é morta

Santo Afonso de Ligório: Desdenhado tempo! Tu serás o que os mundanos desejarão mais na hora da morte. Desejarão então mais um ano, mais um mês, mais um dia, mas não o terão, e ouvirão dizer: Não haverá mais tempo

 


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