A Irmã Dulce, o anjo bom da Bahia, dormiu durante 30 anos em uma cadeira de madeira


18.08.2017 -

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Mas seu sacrifício maior foi a entrega da própria vida por amor aos mais pobres

A beata irmã Dulce, muito reconhecida no Brasil pela grande obra de caridade que levou adiante em prol dos mais necessitados, dormiu durante 30 anos em uma cadeira de madeira.

A penitência foi feita em ação de graças a Deus pela recuperação de sua irmã, Dulcinha, que, em 1955, tinha passado por uma gravidez de alto risco. A religiosa cumpriu sua promessa durante 30 anos com muita dificuldade, já que tinha um enfisema pulmonar. Em 1985, os médicos a convenceram a encerrar essa penitência – mas não foi fácil, porque a Irmã Dulce pretendia continuar fazendo o sacrifício.

Conhecida como “Anjo bom da Bahia“, a religiosa dormia um máximo de quatro horas por dia. Ela afirmava que gostaria de não precisar descansar, porque assim teria mais tempo para ajudar os pobres.

E isso que ela tinha começado a sua vida de caridade já aos 13 anos de idade, quando conheceu uma favela em Salvador, e dedicou todo o restante dos seus quase 78 anos de vida a “amar e servir”, lema da sua ação em benefício dos mais necessitados.

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Com essa intenção, ela criou um “bandejão” em 1950 para dar comida aos pobres, ao que se seguiu a rede de aleitamento materno e toda a sua série de obras de caridade, para cujo sustento a própria irmã Dulce chegou a tocar acordeon e a cantar nas ruas de Salvador tentando arrecadar dinheiro.

O espírito solidário vinha de família, já que o avô e o pai participavam de instituições filantrópicas, mas, além de ajudar, a então adolescente queria também evangelizar. Ela conheceu as Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus em 1929 e tentou entrar às escondidas na congregação, mas o irmão mais novo a denunciou ao pai – que queria que ela fosse professora. A futura religiosa até chegou a estudar para fazer a vontade do pai, mas, logo que terminou o curso, aos 20 anos, conseguiu convencê-lo de que sua vocação era outra e entrou na congregação.

Foi então que a jovem Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontesescolheu o nome de irmã Dulce: uma homenagem à mãe, que havia falecido quando ela tinha apenas 8 anos de idade.

“O amor supera todos os obstáculos, todos os sacrifícios. Por mais que fizermos, tudo é pouco diante do que Deus faz por nós” (Irmã Dulce) Fonte : Aleteia

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Nota de www.rainhamaria.com.br

Disse a Irmã Dulce, o "anjo bom" da Bahia: "Se o pobre representa a imagem de Deus, então nunca é demais o que fazemos pelos pobres. O importante é fazer caridade, não falar de caridade. Se Deus viesse à nossa porta, como seria recebido? Aquele que bate à nossa porta, em busca de conforto para a sua dor, para o seu sofrimento, é um outro Cristo que nos procura".   

 

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