17.07.2017 - Nota de www.rainhamaria.com.br
Artigo publicado no site em 15.03.2016
Na minha experiência de exorcista, apercebi-me de que nenhuma oração extralitúrgica é tão odiada, temida e hostilizada pelo demônio como o Santo Rosário.
Por Padre Francisco Bamonte.
Um dia, enquanto eu pegava o terço, o demônio exclamou: "É uma coisa que não suporto, não suporto! Aquele estúpido velho apelidara-a bem, tinha-lhe dado o nome certo: chamava-lhe "arma", porque é uma verdadeira arma. Uma verdadeira arma contra nós"1. Eu disse: "Em nome de Jesus, quem é o estúpido velho a que te referes?" E ele: "Pio" - "Padre Pio de Pietrelcina?" - "Siiim!" Então, eu rebati: "Não é um estúpido: é inteligente, sábio e devoto." E ele: "Para nós é um estúpido. Ainda agora, aquele estúpido trabalha ao lado do Nazareno e daquela mulher que está lá em cima." - "Como se chama aquela mulher que está lá em cima?" - "Chama-se como esta (e dirige um palavrão à pessoa possessa)."
São Pio de Pietrelcina disse, um dia: "Satanás procura destruir esta oração, mas nunca o conseguirá: é a oração daquela que triunfa sobre tudo e sobre todos. Foi ela quem no-la mostrou, como Jesus nos ensinou o Pai-nosso."
Um dia, ordenei ao demônio: "Descreve as maravilhas do Rosário!" Respondeu-me: "A mim, mete-me nojo." E eu: "Para nós é maravilhoso. Em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo, que deu a Virgem Maria por Mãe a cada um de nós, descreve todas as coisas que te metem nojo e que, para nós, são boas." E o demônio: "Descreve todo o itinerário de dor que Ele ofereceu por vós e que custou tanto sofrimento não só a Ele, mas também à sua Mãe, para vos salvar a todos, para vos abrir as portas do Paraíso. Ela sofreu tanto, tanto quanto o Filho, e expiou juntamente com Ele os vossos pecados. É por isso que cada conta (do Rosário) é uma lágrima daquela Mulher que sofreu durante os três anos que Ele padeceu por vós, evangelizou, curou e se manifestou. Tudo fez naqueles três anos, compreendendo aquilo que realizou naquela cinquentena, que o Papa mandou consagrar antes disto, compreendendo isso (refere-se evidentemente aos "mistérios da Luz" que João Paulo II ajuntou aos mistérios do Rosário).
Quando vós rezais aquele terço maldito, tudo nos faz mal, porque contemplais tudo aquilo que ele faz contra nós. Tudo. Naqueles três anos, Ele lutou só e exclusivamente para fazer-nos mal e afastar as almas de nós, porque antes não era possível. Depois da sua vinda e especialmente depois da sua revelação (pública), naqueles três anos que contemplais nestes mistérios, vós "massacrais-nos", porque nós revivemos os acontecimentos da sua vida, especialmente se os contemplais oferecendo-os revivendo (em vós) os seus sofrimentos, como esta (diz um palavrão referindo-se à pessoa possessa). Esta mulher (a possessa, que oferece todos os seus sofrimentos a Deus) é um verdadeiro perigo, como são outras como ela. Se, ao meditardes os mistérios desta arma (o Rosário), vós unis os vossos sofrimentos aos deles (Jesus e maria) e ao de todos os sofredores que Ele (Jesus) escolheu, como esta mulher - porque ela não os escolheu para si, é Ele quem a mantém neste estado -, então, sim, vós fazeis realmente muito mal."
Noutro exorcismo, o Maligno disse: "Quando dizeis a Ave-Maria é como se ela tomasse o vosso espírito e o levasse diante do Pai. Todas as vezes. Porque ela ama-vos como ninguém mais vos ama, leva-vos lá acima consigo".
"E quando tu recordas a vida daquele (refere-se à meditação de cada mistério durante o Rosário), para mim é um suplício reviver todas as vezes o que aquele estabeleceu (mais um palavrão), porque quando tu acabas, começa outro, e [quando] este deixa, outro inicia, e este sai, outro entra. Sempre, há sempre alguém que está a rezá-lo. Não há um instante em que não seja rezado. É uma cantilena ininterrupta, em todas as partes do mundo. Mas, para nós, é um fundo musical mortal. Com todos aqueles (outro palavrão) mistérios, lembrais-nos todas as vezes o que nos fez e nos faz maaaaaal!"
E um dia 7 de outubro, dia da memória litúrgica da Senhora do Rosário. Tirei do bolso o terço e ele disse imediatamente: "Essas contazinhas fazem-me mal, bastardas! E também bastardos os que o fazem! (talvez se referisse àqueles que confeccionam os terços do Rosário)." Ordenei-lhe: "Por que te aborrecem tanto aquelas contazinhas?" E ele: "Porque me dais muitos murros. Acabai com isso! Já não vos dou o suficiente?" Então, coloquei o terço em cima daquela pessoa e o demônio berrou: "É pesado, esmaga-me, tira-o, esmaga-me! Estás a esmagar-me! Saem-me as "tripas", não vês!" O que é que estas reações do demônio nos ensinam para a nossa vida diária? Que o Rosário, bem rezado, "pesa" no demônio de tal maneira que já não pode fazer-nos todo o mal que quereria, porque a Senhora, precisamente através do Rosário, faz-nos crescer na fé em Deus e protege-nos das insídias do inimigo.
Noutro dia, enquanto eu exorcizava, tirei novamente um terço do bolso e imediatamente o demônio gritou: "Tira essa corrente, tira essa corrente!" E eu: "Que corrente?" E ele: "Essa com a cruz ao fundo. Ela chicoteia-nos com essa corrente!" Trata-se, na verdade, de uma linguagem metafórica, mas faz-nos compreender de maneira muito concreta o poder do Rosário e quanto o demônio o teme.
Outra vez, eu tinha posto ao pescoço da pessoa possessa um terço; o demônio gritou: "Queres matar-me? És um assassino! Estas contas são pior do que os espinhos da coroa de Cristo! São fogo vivo. Cada pérola é um coração consagrado! Mata-nos a todos! Tira-nos a respiração! Está a sufocar-me! Para nós é morte certa!"
Outra vez, enquanto eu estava a dependurar o terço ao pescoço de uma pessoa possessa, o demônio gritou, tentando travar-me: "Tira essas rosas: fedem, fedem, essas rosas!" Instintivamente, eu disse: "Onde estão as rosas?" E o demônio: "Puseste-as em cima dela (referia-se à pessoa possessa)." Depois do exorcismo, essa pessoa referiu-me que se recordava apenas de que, em determinado momento, se tinha sentido envolvida por uma coroa de rosas.
Outras expressões sobre o Rosário, em diversos outros exorcismos:
"Cada conta desse terço, com que vós rezais, é para nós uma chicotada, queima-nos."
"Quando usais aquela maldita corrente, sinto-me mal, porque invocais aquela (a Ave-Maria), recordais-me a vida daquele (a nossa contemplação dos mistérios do Evangelho no Rosário atormenta-o e faz-lhe perder as forças)"
"Quem se agarra a esta (e procurou arrancar o terço que eu tinha posto ao pescoço da pessoa possessa), nunca se perderá."
"Quando contemplais os mistérios daquele terço, fico doente. São bastonadas. Arranca de mim muitas, muitas almas. Porque é sua. Porque é daquela."
"Odeio-o (o terço), porque é uma coroa de amor que une todas a Ele e a ela."
Finalmente:
"Se vós todos soubésseis, eu seria destruído em menos de um segundo. Se rezardes o Rosário, esta coisa aqui bastarda, com fé! (E afastou com desprezo o terço que eu tinha nas mãos.) Sabes o que é que ela faz quando vós rezais o terço? (diz uma série de insultos contra mim): Ela pega a vossa mão, estica-se para o Céu e pega na do vosso Deus, e, através desta oração, desta corrente de (um palavrão), aproxima as duas mãos e aproxima-as para fazer com que se toquem. Quando estas duas mãos se encontram, ela exulta, exulta, exulta, ajoelha-se e reza. Só poucos homens alcançam aquela mão, porque muitas vezes arrancam-ma da mão daquela, porque não querem fazê-lo, graças a mim que sou o seu deus, mas os que conseguem (e repete), mas os que conseguem, têm plena consciência disso e ela exulta. Ei-la que se ajoelha e beija os pés perfurados do Filho e diz que fez graça a este (isto é, a alguma pessoa), porque tocou naquela mão e no meio daqueles (os habitantes do Paraíso), quando acontece, todo o Paraíso, todo o Paraíso exulta. Que nojo, que nojo! E lágrimas de alegria saem daqueles olhos (diz um palavrão). Que nojo, que nojo, que nojo, que nojo, que nojo, que nojo, que nojo!"
Padre Francisco Bamonte, A Virgem Maria e o Diabo nos exorcismos.
Fonte: www.amormariano.com.br - Sugerido pela amiga Audren Fabiana (Caxias do Sul RS)
============================
Nota de www.rainhamaria.com.br
Artigo Publicado em 19.04.2015
O Poder de Maria sobre todos os demônios brilhará particularmente nos últimos tempos
“Deus constituiu não somente uma inimizade, mas ‘inimizades’, não apenas entre Maria e o demônio, mas também entre a descendência da Virgem Santa e a de Satanás. Isto quer dizer que Deus estabeleceu inimizades, antipatias e ódios secretos entre os verdadeiros filhos e servos da Santíssima Virgem e os filhos e escravos do demônio: eles não se amam, nem têm qualquer correspondência interior uns com os outros. Os filhos de Belial (Dt 13, 13), os escravos de Satanás, os amigos do mundo (não há diferença), até hoje perseguiram sempre, e perseguirão mais do que nunca, aqueles que pertencem à Santíssima Virgem, como outrora Caim perseguiu seu irmão Abel, e Esaú perseguiu Jacó, figuras dos réprobos e dos predestinados. Mas a humilde Maria alcançará sempre a vitória sobre este orgulhoso.
Essa vitória será tão grande que chegará a esborrachar-lhe a cabeça, onde reside o seu orgulho. Ela descobrirá sempre a sua malícia de serpente, e porá a descoberto as suas tramas infernais. Dissipará os seus conselhos e protegerá, até o fim dos tempos, os Seus servos fiéis contra aquelas garras cruéis.”
“Mas o poder de Maria sobre todos os demônios brilhará particularmente nos últimos tempos, em que Satanás armará ciladas contra o seu calcanhar, ou seja, contra os humildes escravos e pobres filhos, que Ela suscitará para lhe fazer guerra.
Eles serão pequenos e pobres na opinião do mundo, humilhados perante todos, calcados e perseguidos como o calcanhar o é em relação aos outros membros do corpo. Mas, em troca, serão ricos da graça de Deus, que Maria lhes distribuirá abundantemente. Serão grandes e de elevada santidade diante de Deus, e superiores a toda criatura pelo seu zelo ardente. Estarão tão fortemente apoiados no socorro divino que esmagarão, com a humildade de seu calcanhar e em união com Maria, a cabeça do demônio, fazendo triunfar Jesus Cristo.”
[São Luís Maria Grignion de Montfort, Tratado de Verdadeira Devoção à Ssma. Virgem, capítulo 1, artigo II, 2ª consequência, 3, I, Ofício Especial de Maria nos Últimos Tempos, n. 54; edição em *pdf, pp. 50-51.]
Veja também...