24.06.2017 - Nota de www.rainhamaria.com.btr
Artigo publicado no Site em 02.12.2016
Um jovem de caráter assim, francamente católico, é meu ideal. Pena é que os haja tão poucos! Tal mocidade é de maior valor para a pátria do que minas, fábricas, ferrovias, comércio; vale mais do que todos os bens materiais. Tenho a firme esperança de que, da mocidade de hoje, saiam muitos homens assim, religiosos por convicção.
Se perguntássemos aos adultos de hoje: “Meu amigo, por que é você tão católico?” — de muitos receberíamos como resposta: “Ora, meus pais eram católicos e deles herdei essa religião”. Nunca dês essa resposta, meu jovem. Espero que quando adulto, hás de dizer: “Por que sou católico? Ora, porque quero sê-lo. Porque é minha íntima e sagrada convicção, que a fé católica se funda numa verdade divina, eterna, infalível. Porque sinto — e em toda a minha existência o vou comprovando — que unicamente uma vida segundo a fé católica nos torna fortes e felizes. Não sou católico por hábito, ou porque por acaso me batizaram, porque meus pais o foram (que mérito seria isso?), mas porque sei que esta é a verdadeira fé, porque é meu maior tesouro.
É verdade que não é a melhor prova da veracidade da minha religião, mas estou convencido de que nenhum credo corresponde tão bem como o católico às aspirações da alma humana. Vejo claramente sua missão divina, ao considerar que onde a vida é organizada segundo suas normas, ela produz os melhores, os mais nobres e amáveis dos homens.
Além disso, nenhuma religião se atreve a opor-se tão franca e decididamente às más inclinações e injustas exigências da natureza humana decaída. Ela examina e dirige não somente nossas palavras e ações, mas ainda nossos mais secretos pensamentos. É certamente a mais severa das religiões, mas é exatamente o que me causa impressão, pois, apesar da severidade de sua moral, ela dá direção e finalidade a centenas de milhões de homens”.
Estas palavras eu espero de ti! Nos tempos primitivos do cristianismo, vivia um soldado romano chamado Mário, ao qual foi concedido o “vitismilitaris”, o “bastão de comando”, por causa de sua intrepidez. Essa distinção o habilitava a candidatar-se para a primeira vaga de comandante. Mário aproveitou a primeira ocasião e foi nomeado.
Eis porém, aparece outro soldado, antagonista de Mário e relata: “Mário é cristão, não pode ser comandante, seu lugar cabe a mim”. Perguntado, Mário não nega; “Sou cristão!” Recebe três horas para decidir-se.
Mário procura o Bispo e pede conselho. O bispo conduz o valoroso militar à igreja, toma-lhe a espada do lado, e com o evangelho noutra mão, diz: Escolhe entre ambos. Entre as glórias guerreiras e o Evangelho. Entre a vida e a morte!” O soldado estendeu a mão para o evangelho. Não esperou que terminasse o prazo concedido e apresentou-se ao tribuno. Foi executado.
Escolhe! — dir-te-á a vida cem vezes ao dia, esta vida mísera, enganadora, dirigida só para a matéria.
Escolhe! — dir-te-á a sociedade em que se travam conversas ambíguas ou obscenas; queres continuar ainda a lutar intransigentemente em prol da pureza, ou passar para a nossa banda, a uivar conosco?
Escolhe! — diz aquela leitura filosófica, — queres conservar escrupulosamente tua fé, embora eu te diga: “Deus está morto”?
Escolhe! — falará um romance moderno, um filme, um teatro, que com estilo elegante e fino, e viva imaginação, insinuam imoralidades. Escolhe! Queres permanecer um jovem valoroso que, com alma pura e de cabeça erguida, pode seguir altivo o seu caminho, independente do conceito dos libertinos, ou queres tornar-te um efeminado e pretencioso escravo da vida moderna?
Sim, que escolhes?
Peço ao céu que te ilumine.
Religião e Juventude – Monsenho Tihamer Toth
Fonte: http://catolicosribeiraopreto.com via www.rainhamaria.com.br
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