Qual deve ser a Santidade do Padre como mediador entre Deus e os homens


03.05.2017 -

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De mais, deve o sacerdote ser santo na qualidade de dispensador dos sacramentos: É necessário que não tenha mancha, como despenseiro de Deus. E deve ser como mediador entre Deus e os pecadores: O sacerdote, diz um santo Padre, está colocado entre Deus e a natureza humana: traz-nos os benefícios que vem do Céu, e leva para lá as nossas orações; aplaca a cólera do Senhor e arranca-nos das suas mãos. É por ministério dos sacerdotes que Deus comunica a sua graça aos fiéis nos sacramentos. — É mediante os sacerdotes que os recebe no número dos seus filhos no Batismo, que é de necessidade para a salvação: Quem não renascer, não pode entrar no reino de Deus. É por ministério deles que Deus cura os doentes e ressuscita os que estão mortos para a graça, isto é, os pecadores, no sacramento da penitência. É por eles que alimenta as almas e lhes conserva a vida da graça, no sacramento da sagrada Eucaristia: Se não comerdes a carne do Filho do homem, não tereis a vida em vós. É por eles que dá aos moribundos a força para vencerem as tentações do inferno, mediante o sacramento da Unção dos Enfermos. 

Numa palavra, diz S. Crisóstomo, sem os padres não nos podemos salvar. S. Próspero chama aos padres os intérpretes da vontade divina. O autor da Obra imperfeita apelida-os — os muros da Igreja; Sto Ambrósio, exército ou campo da santidade; e S. Gregório de Nazianzo, os fundamentos do mundo e as colunas da fé. Daqui a palavra de Sto. Euquério: que os padres devem, pelo vigor da sua santidade, transportar o fardo dos pecados do mundo. Ó, como esse fardo é terrível! Rogará por ele (pelo impudico) o sacerdote e pelo seu pecado diante do Senhor, e o Senhor se lhe tornará propício, e lhe perdoará o seu pecado. É por isso que a santa Igreja obriga os sacerdotes à recitação diária do Ofício divino, e à celebração da missa, ao menos algumas vezes no ano. Santo Ambrósio até diz que os padres nunca devem cessar, nem de dia nem de noite, de orar pelo povo. 

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Mas para obter graças para os outros, é necessário que o sacerdote seja santo. Colocados entre Deus e o povo, diz o Doutor angélico, devem brilhar aos olhos de Deus por uma boa consciência, e aos olhos dos homens por um bom renome. Porque, segundo a reflexão de S. Gregório, seria grande temeridade apresentar-se alguém diante dum príncipe, para obter o perdão para os seus súditos rebeldes, estando ele culpado do mesmo crime. Quem quer interceder pelos outros, deve ser bem-visto do príncipe; se lhe for odioso, ajunta o mesmo santo, mais fará indignar o seu juiz. Por esta razão, escreve Sto. Agostinho, o padre, orando pelos outros, deve ter junto de Deus um tal mérito, que possa obter dele o que os outros em razão dos seus deméritos não ousariam esperar. Foi o que declarou o papa Hormisdas. Convém que o sacerdote seja mais puro que o povo para orar pelo povo. Mas S. Bernardo lamenta, que haja poucos padres bastantes santos para serem mediadores dignos. E Sto. Agostinho, falando dos maus eclesiásticos, diz: É mais agradável a Deus o ladrar dos cães que a oração de tais clérigos. Refere o Pe. Marchese, no seu “Jornal dos Dominicanos”, que uma serva de Deus, religiosa da sua Ordem, pedia um dia ao Senhor que perdoasse ao povo em atenção aos merecimentos dos padres; ele respondeu-lhe que os padres, pelos seus pecados, mais o irritavam do que aplacavam.

A Selva – Santo Afonso

Fonte: http://catolicosribeiraopreto.com

 

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Lembrando: Queridos padres: por favor, nos ensinem! A maioria de nós, estudantes, não sabe nem o básico da fé. Vocês têm que começar do zero. Então, por favor, nos ensinem!

O padre de ontem é o mesmo de hoje? Quem hoje chega a acreditar plenamente que um padre pode salvar uma alma?

 


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