09.04.2017 -
Cumpre, em primeiro lugar, dizer que a metempsicose defendida por Platão e fundamentada em mitos e mistérios escatológicos da antiguidade deve-se ao fato de o filósofo não ter conseguido explicar bem o conhecimento humano a partir dos sentidos e, então, propor a teoria do mundo das ideias, segundo a qual o conhecimento se daria por recordação e, consequentemente, só ser possível se a alma fosse preexistente. Ademais, Platão não soube explicar bem a união entre a alma e o corpo. Para ele, no homem não há uma união substancial entre corpo e alma. Concebe o corpo como um cárcere da alma. Aliás semelhante equívoco foi defendido por Orígenes que dizia serem as almas preexistentes e, por castigo de uma culpa grave, se transformavam em demônios ou se uniam a corpos materiais.
Ao contrário, Aristóteles e Santo Tomás de Aquino explicaram o conhecimento humano com base na distinção entre conhecimento sensível e conhecimento intelectivo. No homem não há ideias inatas; a alma não é preexistente, o conhecimento não se dá por recordação nem iluminação (salvo uma revelação sobrenatural), mas a partir dos sentidos. A alma (ou princípio vital) é a forma do corpo; é ela que organiza o corpo de um ser vivo e lhe garante uma unidade em suas operações. Como forma substancial de um ser vivo, a alma não pode informar senão o corpo do qual é forma, não pode encarnar em outro corpo, porque é parte constitutiva do homem.
Como explana de modo admirável o Padre Enrico Zoffoli em sua obra Principi di Filosofia: “Toda alma difere das outras da sua espécie segundo a determinada e inconfundível porção de matéria que é destinada a informar. Trata-se de uma distinção profunda, que a caracteriza como substância absolutamente única, inédita, irrepetível. E acrescenta logo a seguir: “À luz da genética pode-se dizer que a individuação deriva de uma entre milhares de bilhões de combinações dos cromossomos maternos com os paternos que fixam o código genético da cada zigoto. Portanto, as diferenças entre as almas dependem da relação de cada uma à particular constituição do corpo ao qual Deus a destina em sintonia (misteriosa) com a causalidade desenvolvida pelos respectivos genitores. (…) Resulta que não seria humana uma alma que, por absurdo, não se relacionasse a um determinado corpo” (o. c. p. 325).
Por conseguinte, é um desarrazoado e contra os dados da ciência genética afirmar que a alma possa reencarnar em diferentes e sucessivos corpos.
O espiritismo, independentemente da boa fé das pessoas que por ignorância o abraçaram como uma filosofia de vida, é uma grave ofensa ao Deus Criador. Efetivamente, a alma humana, por ser imaterial, é incorruptível e após a morte está sob o domínio de Deus, aguardando o Juízo Final e a ressurreição da carne para voltar a unir-se ao corpo de que é a forma. É uma injuria ao Criador, é uma forma de magia diabólica pretender evocar uma alma para entrar em comunicação com os homens aqui na Terra. Nisto só pode haver charlatanismo ou ocasião para que o demônio possa enganar as pessoas que ousam desobedecer à lei de Deus que interdiz tal prática. Ademais, a crença no espiritismo e suas diversas práticas como as mesas falantes, mediunidade etc levam muitas pessoas a perder a sua própria identidade, a não saber mais quem elas são depois de terem “incorporado” tantos espíritos . É, portanto, um grande mal para o homem, também.
Nós católicos, nestes tempos de grande confusão de ideias, de ignorância religiosa, em que parece que os homens, cansados da verdade que lhes impõe graves responsabilidades diante de Deus e do próximo, correm atrás de fábulas e novidades, devemos permanecer firmes na doutrina católica tradicional, na qual não há lugar para nenhuma fantasia perturbadora da nossa mente , mas sempre plena harmonia entre a fé e a razão.
Fonte: A Fé Explicada via Icatolica
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Nota de www.rainhamaria.com.br
O espiritismo é cristão, como pregam os seus adeptos e simpatizantes?
O espiritismo nega pelo menos 40 verdades da fé cristã:
Vou citar algumas negaçöes muito graves:
Nega a inspiração Divina da Bíblia.
Nega a autoridade do Magistério da Igreja.
Nega a instituição divina da Igreja.
Nega a suficiência da Revelação.
Nega o mistério da Santíssima Trindade.
Nega a existência dos anjos.
Nega a existência dos demônios.
Nega a Divindade de Jesus.
Nega os Milagres de Cristo.
Nega os dogmas de Nossa Senhora (Imaculada Conceição, Virgindade perpétua, Assunção, Maternidade divina).
Nega nossa Redenção por Cristo (é o mais grave!).
Nega o pecado original.
Nega a possibilidade do perdão dos pecados.
Nega o valor dos Sacramentos.
Nega a eficácia redentora do Batismo.
Nega a presença real de Cristo na Eucaristia.
Nega o valor da Confissão.
Nega o juízo particular depois da morte.
Nega a existência do Purgatório.
Nega a existência do Céu.
Nega a existência do Inferno.
Nega a ressurreição da carne.
Nega o juízo final.
Apesar de tudo isso muitos continuam a proclamar que ´o espiritismo e o Cristianismo ensinam a mesma coisa.
Diz na Sagrada Escritura:
"Mas, ainda que alguém, nós ou um anjo baixado do Céu, vos anunciasse um evangelho diferente do que vos temos anunciado, que ele seja anátema. (maldito) Repito aqui o que acabamos de dizer: se alguém pregar doutrina diferente da que recebeste, seja ele excomungado!" (Gálatas 1,6-10).
Portanto, note bem, o evangelho segundo Alan Kardec é um anátema (maldito); seja ele e seus seguidores excomungados, alerta São Paulo!
O Católico: crê que após esta vida, há Céu e inferno.
O Espírita: nega - crê em novas reencarnações.
A Bíblia condena a reencarnação, a incorporação de espíritos e a comunicação com os mortos, a chamada necromancia, portanto condena o espiritismo em geral e o kardecismo em particular.
Sobre a reencarnação lemos: "Como está determinado que os homens morram uma só vez, e logo em seguida vem o Juízo" (Hebreus 9, 27).
Somos salvos pelo Sangue do Senhor, pela graça justificadora, e não por sucessivas reencarnações purificadoras.
Jesus disse a São Dimas, o bom ladrão: "Hoje estarás comigo no paraíso" (Lc 23,43).
Jesus eliminou nitidamente, nessa expressão, a chance de qualquer reencarnação. Dimas não reencarnaria muitas vezes para ser salvo.
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