03.03.2017-

Eu nunca tive a coragem ou a força em toda a minha infância, ou parte de minha vida adulta, para chegar a uma percepção de que precisava de Deus em minha vida. Sempre fui a pessoa que pensava que tinha o total controle da minha vida, não o homem lá de cima. Mesmo em meus momentos mais sombrios eu não fui uma crente.

Por Natalie – Mom with lots of thoughts… | Tradução: Sensus Fidei

Depois do nascimento do meu segundo filho, veio-me um pensamento… talvez fosse melhor deixar Deus entrar em nossas vidas, por causa dos meus filhos (realmente, eu não estava pensando em mim) o que poderia machucar. Então fiz o que nunca pensei que faria. Certa noite, fui sozinha a uma igreja católica só para ver se era algo que eu gostasse de apresentar para os meus filhos… novamente, não fui por mim mesma. Sendo aqui muito honesta, a única razão pela qual decidi pela Igreja Católica foi porque este é o lugar onde minha avó, minha tia e meu tio tinham vindo… estava à procura de algo familiar e confortável.

Encontrei meu caminho e deslizei para o banco mais próximo da porta da igreja. Não tenho certeza se foi porque achei que poderia mudar a minha mente, daí quis ficar o mais próximo possível da saída, ou se pensei em ficar lá atrás para que ninguém notasse minha presença.

Se você nunca esteve em uma missa, as tradições que ali se realizam parecem muito estranhas, especialmente quando você não sabe porque certas coisas estão ocorrendo e o porquê. Curiosidade sempre foi o meu forte. Eu queria saber mais. Então, continuei a ir. Depois de várias semanas indo, eu ainda queria saber mais. Assim, acabei me vendo literalmente colada ao meu computador pesquisando tudo o que precisava saber sobre o Catolicismo. Eu mesma estava me inscrevendo para as aulas de Iniciação Cristã para Adultos com o objetivo de me tornar um membro da igreja. Quando compartilhei com amigos ou família sobre minha nova aventura, eu sempre acabei ouvindo um “o que fez você decidir fazer isso”?

Eu ainda estava presa à ideia de fazer aquilo pelos meus filhos. Estranhamente, ainda não tinha levado nenhum dos meus filhos à igreja comigo. Ainda estava nesta viagem sozinha. Até que tive um momento… Uma missa de domingo de manhã, enquanto eu estava lá (sozinha) o órgão estava tocando e os membros da paróquia estavam entoando (cantando) o canto de entrada, o sol estava irradiando através do belo vitral atrás do altar. E fiquei lá, com lágrimas escorrendo pelo meu rosto. Algo que nem consigo explicar tinha vindo sobre mim. Era uma tonelada de diferentes emoções de felicidade… eu estava lá, experimentando o que estava tomando o lugar da tristeza por nunca ter experimentado aquele sentimento antes. Foi o meu momento, o momento em que constatei que a realidade de Deus precisa estar na minha vida, e não apenas na vida dos meus filhos.

Sempre desejei algo mais para a minha vida, e isso era tudo. Minha chave para a felicidade. Parecia tão fácil, tão fácil que me deixou com raiva. Por que eu não tinha pensado nisso há mais tempo atrás, ou por que isso nunca foi introduzido em minha vida desde criança. Fiquei muito sedenta por mais. O processo de Iniciação Cristão para Adultos havia começado e nós tivemos o nosso primeiro encontro. Padre Hollowell pediu-nos para que lêssemos o Catecismo Católico para Adultos. Eu o li em duas semanas. A cada momento livre eu estava virando página após página. Desde então, a verdade estava ali, diante dos meus olhos. Alguns desses momentos me trouxeram lágrimas durante a leitura.

“A principal pena do inferno consiste na separação eterna de Deus (CIC, nº 1035). É impossível que estejamos unidos a Deus se recusamos amá-Lo. Quando pecamos seriamente contra Deus, contra o próximo ou contra eu mesma, falhamos em amar a Deus. A persistência em um estado de pecado grave reflete uma escolha em rejeitar o amor de Deus e uma intenção de nos separarmos d’Ele. A separação eterna e livremente escolhida da comunhão com Deus é chamada inferno. Mas, as imagens de fogo têm sido usadas tradicionalmente para retratar o Inferno, por exemplo, nas Escrituras, a realidade excede nossa capacidade de descrever a dor do isolamento resultante de se rejeitar o amor de Deus.

Continuei tomando aulas de Iniciação Cristã para Adultos todas as noites de quarta-feira por aproximadamente seis meses. Neste período de tempo minha fé cresceu mais e mais forte. Não apenas era capaz de obter respostas para as minhas perguntas, mas tinha que passar a noite com amigos no mesmo caminho em que eu me encontrava. Eu não poderia ter pedido um professor mais paciente, humilde e gentil, Pe. Hollowell. Serei eternamente grata a ele por me guiar durante a minha jornada.

No fim de semana da Páscoa deste ano foi o momento emocionante da confirmação. Naquela sexta-feira, o padre deixou as portas da igreja abertas durante a noite para quem quisesse passar um tempo com Deus. Definitivamente aproveitei isso. Eu estava experimentando muitas emoções sabendo que na noite de sábado seria a “confirmação”. Eu não conseguia dormir na noite de sexta porque minha mente estava acelerada. Naquela noite, encontrei-me na igreja à meia-noite. Eu estava lá, pedindo a Deus para que me tornasse digna o suficiente para o que estava prestes a experimentar na noite seguinte, na confirmação, e para o resto da minha vida. Rezei o rosário e pedi a intercessão de Maria. Mais uma vez experimentei o que experimentara naquele domingo, na Missa. Só, que desta vez, eu sabia o que significavam aquelas lágrimas. Uma sensação de paz veio sobre mim.

Acordei no sábado de manhã com uma mensagem do padre informando que era hora da confissão. Ah, moço, eu estava com medo de morrer! Dirigir o carro para a igreja (imagine você, apenas três quadras de distância) foi a mais longa viagem! Eu tinha 35 anos de pecados para confessar. Como pude funcionar no mundo com todos esses pecados durante tantos anos. Na verdade, eu não estava funcionando muito bem, apenas pensava que estava. No momento em que deixei o confessionário, sabia que estava mais do que pronta para a confirmação naquela noite. Estava em paz e minha alma tido sido limpa de todos aqueles anos de pecado que esperavam para sair. Com tudo o que tinha experimentado nesses dois dias, foi apenas uma confirmação para mim de que eu era mais do que digna de ter Deus em minha vida.

Sábado à noite, na Vigília de Páscoa, eu e mais outros quatro fomos confirmados. Foi a mais bela Missa em que já estive e foi o meu momento. Absorvi cada momento possível e sei que minha avó estava lá comigo em espírito. Ela, provavelmente, era a mais orgulhosa. Cada membro da igreja trazia uma vela acesa para a Missa. Não poderia ter ficado mais feliz por mim mesma e pelos outros que receberam a comunhão pela primeira vez na Igreja Católica. Todos os membros da paróquia não poderiam ser mais acolhedores e tenho orgulho de dizer que encontrei a minha casa. Ela é a casa mais bela que já estive.

Sinto-me tão orgulhosa da jornada pela qual passei e da jornada que tenho pela frente. É muito claro para mim que o Catolicismo estava sempre lá, esperando por mim, para que o explorasse. No entanto, Deus novo, porque agora era o meu tempo de abraçá-Lo da maneira com que Ele sempre quis me abraçar. Então, aqui você tem a resposta… Eu posso responder à pergunta sem usar a desculpa dos meus filhos… Eu não quero ir para o inferno! Quando chegar o meu momento para o último julgamento, quero ser a ovelha, não o bode. Quero viver minha vida ao máximo. Quero ser feliz. Quero amar e ser amada. Eu achava que isto era o que todos queriam e agora sei que isso era o que eu tinha o tempo todo. Agora sei qual é o verdadeiro significado do amor e da felicidade. Graças a Deus! Agora tenho um relacionamento amoroso com Deus e esta foi realmente a chave para a minha felicidade.

Jesus Cristo, meu Deus, eu Te adoro e Te agradeço por todas as graças que me concedeste no dia de hoje. Ofereço-Te o meu sono e todos os momentos desta noite, e peço-Te que me guardes sem pecado. Por isso, coloco-me sob o Teu sagrado lado e sob o manto de Nossa Senhora, minha Mãe. Que os santos anjos permaneçam ao meu redor e me mantenham em paz; e Tua bênção esteja sobre mim. Amém!!!

Fonte: www.sensusfidei.com.br  via  www.rainhamaria.com.br