Pulando em judeus mortos: A postura sem misericórdia e desrespeitosa, de certas pessoas de hoje, em relação a seres humanos que foram exterminados, em nome de uma ideologia de superioridade racial


25.01.2017 -

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Por Francisco Vêneto

Faleceu no começo deste mês o sociólogo polonês Zygmunt Bauman, propositor da ideia de que, nos tempos atuais, as relações entre os indivíduos nas sociedades tendem a “escorrer pelo vão dos dedos”, como água. O seu conceito de “relações líquidas” considera que as ligações humanas, tanto amorosas quanto de amizade ou convivência social, passam a ser mero acúmulo de experiências, superficiais e até levianas.

Nesta semana, repercutiu no mundo todo uma iniciativa que literalmente fotografa esse “fluir” superficial da modernidade líquida.

O projeto “Yolocaust”, do artista israelense Shahak Shapira, é bastante simples na forma e bastante forte no conteúdo.

Shapira criou um site no qual reúne fotos e selfies tiradas por turistas no Memorial do Holocausto, em Berlim, e depois compartilhadas por eles próprios em suas redes sociais. Daí o nome “Yolocaust”, que combina “you” (“você”) e “Holocausto”, à maneira dos vários sites e aplicativos que dão ao usuário o protagonismo na produção ou disponibilização de conteúdos visuais.

As imagens reunidas no site mostram os visitantes do memorial se divertindo, passando “momentos agradáveis” entre amigos sorridentes e fazendo poses que vão de malabarismos a yoga, como se o local em que se encontram não fizesse qualquer alusão aos milhões de seres humanos em cuja recordação o monumento foi criado: as vítimas do extermínio nazista na Segunda Guerra Mundial.

A página “Yolocaust” acrescenta a essas fotos e selfies um efeito impactante: quando se passa o mouse sobre cada imagem, os turistas fotografados são mantidos em cena, mas o fundo é substituído por registros reais dos campos de concentração, que, ao mostrarem o horror imposto aos prisioneiros, ainda vivos ou já mortos, compõem um contraste chocante entre a barbárie nazista e a aparente leviandade com que os turistas se comportam num local erguido para recordar às consciências uma das maiores carnificinas premeditadas da história da humanidade. Em algumas das fotos originais compartilhadas por visitantes e expostas pela página há legendas especialmente provocativas, como “Pulando em judeus mortos”.

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Várias dessas imagens, a pedido de seus autores originais, foram retiradas da página de Shapira, que está ficando cada vez mais vazia – ele tinha disponibilizado um endereço de email para todos os que quisessem solicitar a retirada de suas fotos do projeto. No entanto, centenas de sites reproduziram as imagens, algumas das quais mostramos ao final desta matéria ocultando o rosto dos visitantes que as postaram (a proposta não é expor pessoas, mas questionar comportamentos).

Para Shahak Shapira, o “Yolocaust” é uma proposta de reflexão sobre o respeito pelo próximo.

“O que é permitido fazer no Memorial do Holocausto e o que não é?”, pergunta ele. E prossegue, confiando a cada um o que, de fato, depende de cada um: “Depende de você saber comportar-se num lugar que recorda a morte de 6 milhões de pessoas”.

O extermínio levado à prática por Adolf Hitler perseguiu e assassinou, entre outras vítimas, judeus, ciganos, homossexuais e sacerdotes católicos, como São Maximiliano Kolbe e o pe. Karl Leisner. Por constituírem a grande maioria das vítimas, os judeus são o grupo mais associado à memória do Holocausto. A página “Yolocaust”, no entanto, não faz distinções entre vítimas e se limita a questionar a postura das pessoas de hoje em relação a seres humanos que foram exterminados de propósito em nome de uma ideologia de superioridade racial.

Não é preciso “gostar” ou “simpatizar” com essas vítimas, sejam elas do “grupo” que forem. Não é isto o que está sendo pedido. Ninguém pode ser obrigado a “gostar” de judeus, nem de católicos, nem dos rabinos, nem de Deus. Mas, provavelmente, para que o mundo se torne o local que todos gostam de sonhar como “melhor no futuro”, respeitar os outros, ainda que não se goste deles, é indispensável. E o respeito inclui posturas que bem poderiam ser enxergadas por muito mais gente como óbvias, como a de renunciar a tirar e postar fotos nas quais se salta num memorial a seis milhões de pessoas assassinadas e se agrega a legenda “Pulando em judeus mortos”. É o tipo de abstenção que vai doer bem pouco – principalmente quando comparada às dores que ainda latejam no mundo real ao nosso redor, ontem e hoje. http://pt.aleteia.org

AS POLÊMICAS IMAGENS – A postura de certas pessoas de hoje em relação a seres humanos que foram exterminados de propósito em nome de uma ideologia de superioridade racial.

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Nota de www.rainhamaria.com.br

Diz na Sagrada Escritura:

"Sabei antes de tudo o seguinte: nos últimos tempos virão escarnecedores cheios de zombaria, que viverão segundo as suas próprias concupiscências". (2Pedro 3, 3)

Diz também na Sagrada Escritura: (Sobre Israel)

"Ora, o SENHOR disse a Abrão: Sai-te da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei. E far-te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei e engrandecerei o teu nome; e tu serás uma bênção. E abençoarei os que te abençoarem, e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as famílias da terra". (Gênesis 12, 1-3)

"Porque povo santo és ao Senhor teu Deus; o Senhor teu Deus te escolheu, para que lhe fosses o seu povo especial, de todos os povos que há sobre a terra". (Deuteronômio 7, 6)

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"Naquele tempo, diz o SENHOR, serei o Deus de todas as famílias de Israel, e elas serão o meu povo. Virão com choro, e com súplicas os levarei; guiá-los-ei aos ribeiros de águas, por caminho direito, no qual não tropeçarão, porque sou um pai para Israel, e Efraim é o meu primogênito. Ouvi a palavra do Senhor, ó nações, e anunciai-a nas ilhas longínquas, e dizei: Aquele que espalhou a Israel o congregará e o guardará, como o pastor ao seu rebanho". (Jeremias 31)

"Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaac, e o Deus de Jacó? Ora, Deus não é Deus dos mortos, mas dos vivos". (São Mateus 22, 32)

"Quem se compara a vós, Senhor, Deus dos exércitos? Sois forte, Senhor, e cheio de fidelidade. A justiça e o direito são o fundamento de vosso trono, a bondade e a fidelidade vos precedem. Feliz o povo que vos sabe louvar: caminha na luz de vossa face, Senhor. Vosso nome lhe é causa de contínua alegria, pela vossa justiça ele se glorifica, porque sois o esplendor de sua força, e é vosso favor que nos faz erguer a cabeça, pois no Senhor está o nosso escudo, e nosso rei no Santo de Israel". (Salmos 88)

"Salvai-nos, Senhor, nosso Deus, e recolhei-nos de entre as nações, para que possamos celebrar o vosso santo nome e ter a satisfação de vos louvar. Bendito seja o Senhor, Deus de Israel, pelos séculos dos séculos! E que todo o povo diga: Amém!" (Salmos 105)

 

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