24.01.2017 -
O açude do Cedro é resultado de uma das maiores secas que o Brasil e o Nordeste já enfrentaram.
Em 1877, uma estiagem que se estenderia por três anos motivou, apenas no Ceará, a retirada de 100 mil sertanejos do interior rumo a Fortaleza. O imperador d. Pedro 2º pediu então um estudo das melhores áreas para construção de açudes.
Iniciado em 1890, o açude do Cedro, em Quixadá (a 160 km de Fortaleza), seria concluído 16 anos depois, já no período republicano, com cinco barragens que represam o rio Sitiá. Foi a primeira grande construção no Brasil envolvendo canais de irrigação.
Com capacidade para 125 milhões de m³ de água (ou 50 mil piscinas olímpicas), o açude se integrou à paisagem local, em que se destaca a Pedra da Galinha Choca. Ponto turístico tombado pelo patrimônio histórico nacional, é usado nos dias atuais sobretudo para lazer.
Resultado de uma das maiores secas que o Brasil e o Nordeste já enfrentaram.
Cento e quarenta anos (e uma seca de cinco anos consecutivos) depois, o açude do Cedro secou em setembro de 2016 - o que tinha ocorrido apenas quatro vezes, em 1930, 1932, 1950 e 1999.
Caminhando pelo local no mês passado, uma equipe de biólogos e estudantes registrou uma amostra do tamanho do impacto ambiental: contou 439 carcaças de cágados - o réptil de carapaça muito parecido com as tartarugas e os jabutis.
“O número ainda está subestimado, pois muitos levaram carcaças para casa. É alarmante, pois encontramos apenas uma espécie de cágado (Phrynops geoffroanus), justamente a mais resistente, quando esperávamos pelo menos outras duas”, afirmou à BBC Brasil o biólogo Hugo Fernandes-Ferreira, professor de Zoologia da Universidade Estadual do Ceará (UECE).
Dimensão da seca
O Ceará entrou no quinto ano seguido com chuvas abaixo da média - é a pior seca em cem anos, segundo a Fundação Cearense de Meteorologia.
O resultado se vê no mapa dos açudes do Estado - todos os 136 estão com volume inferior a 30% da capacidade, e quase cem estão vazios.
População e indústria já sofrem com restrições no abastecimento e taxas extras sobre o consumo.
Para o climatologista Alexandre Araújo Costa, da UECE, a situação combina fatores naturais e ação humana.
A seca recorde, afirma, possivelmente está associada ao aquecimento global, mas também teve a influência do El Niño, fenômeno climático que costuma agravar o quadro no Nordeste por impedir a chegada de frentes frias à região.
Costa também critica a política de recursos hídricos do Estado, que para ele favorece grandes empreendimentos como termelétricas em detrimento do uso sustentável.
“Há negócios com outorgas indecentes, com algumas empresas autorizadas a usar água que abasteceria quase dois milhões de pessoas.” Fonte: BBC noticia.
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Nota de www.rainhamaria.com.br
Diz na Sagrada Escritura:
"O quarto derramou a sua taça sobre o sol, e foi-lhe dado queimar os homens com o fogo. E os homens foram queimados por grande calor, e amaldiçoaram o nome de Deus, que pode desencadear esses flagelos; e não quiseram arrepender-se e dar-lhe glória". (Apocalipse 16, 8 -9)
"Clamo a vós, Senhor, porque o fogo devorou a erva do deserto, a chama queimou todas as árvores do campo; os próprios animais selvagens suspiram por vós, porque as correntes das águas secaram, e o fogo devorou a erva do deserto". (Joel 1, 19-20)
"Porque estes serão dias de castigo, para que se cumpra tudo o que está escrito". (São Lucas 21, 22)
"Estava grávida e gritava de dores, sentindo as angústias de dar à luz". (Apocalipse 12, 2)
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