24.11.2016 -
Quase 100 anos da Revolução Russa podem os promotores da “luta de classes” em favor do capitalismo estatal mostrar alguma experiência bem-sucedida por trás da “Cortina de Ferro” ou da “Cortina de Bambú”? Que nação das dezenas que foram subjugadas pelas várias facetas do comunismo prosperou e tem sido modelo de bem-estar para a humanidade? Existe alguma? É um exemplo para o mundo a experiência soviética? Ou a experiência selvagem do Khmer Vermelho no Camboja? Ou, como hoje, a ditadura eterna dos irmãos Castro em Cuba? É o “paraíso” hermético da dinastia Kim de Coréia do Norte? E a Revolução Bolivariana de Chávez e Maduro que tem conseguido arruinar um país rico em recursos petrolíferos como é a Venezuela? Por que as idéias utópicas de Marx e Lênin estabelecem mudanças sociais para instaurar um mundo idílico que sempre fracassou originando pobreza, miséria e opressão?
Não obstante, às vezes se diria que o Papa Francisco quer reviver estes sonhos, utopias e ilusões ou, pelo menos, não se preocupa muito de que a sua figura pode ser instrumentalizada a serviço das mesmas. Exageramos? Analisemos friamente certos eventos organizados com o inegável apoio de Francisco: os “Encontros Mundiais de Movimentos Populares”. Estes eventos foram promovidos pelo Conselho Pontifício de Justiça e Paz, em colaboração com a Academia Pontifícia das Ciências Sociais e seu organizador é um advogado argentino de nome Juan Grabois.
O primeiro encontro foi realizado em Roma em outubro de 2014 e contou com a participação do presidente da Bolívia, Evo Morales, e João Pedro Stédile, líder do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) do Brasil, também de ideologia marxista, que veio a Venezuela no ano passado em apoio ao regime de Nicolás Maduro, o segundo em Santa Cruz de La Sierra, Bolívia, em julho de 2015.
Mas quem é Juan Grabois?
Juan Grabois é um grande amigo e confidente do Papa Francisco desde que ele era Arcebispo de Buenos Aires.
Depois, em Roma, o Santo Padre o nomeou assessor para o Conselho Pontifício de Justiça e Paz do Vaticano, encarregado da organização dos “Encontros de Movimentos Populares”. O dirigente popular é um declarado militante marxista, promotor de agitações em bairros industriais da periferia de Buenos Aires e um grande admirador de Hugo Chávez. Ele é co-fundador do “Movimento de Trabalhadores Excluídos” e faz parte da Confederação de Trabalhadores da Economia Popular (CTEP) na Argentina.
Juan Grabois não oculta a sua admiração pela Revolução Russa de 1917 e seu gestor, Vladimir Lênin, constata com satisfação a expansão do comunismo em todo o mundo durante muitos anos e destaca com marcos históricos as revoluções de Mao Tse Tung, Fidel Castro e Che Guevara. Ansioso por ver uma sociedade sem classes, considera a rebelião zapatista de 1994 e o movimento bolivariano de Hugo Chávez como os pré-anúncios emblemáticos da maré popular anticapitalista que se avança para o século XXI.
Em suma, Grabois, nostálgico de Perón e o justicialismo argentino sonha com a utopia de grandes mudanças sociais, rebeliões e “governos populares”, ao estilo cubano e venezuelano. Estes antecedentes ideológicos podem ser agrupados no texto de estudo que Grabois publicou junto com o seu companheiro de lutas, Emilio Pérsico, Secretário de Agricultura Familiar do Governo de Cristina Fernández de Kirchner e líder do Movimento Evita: “1) Nossa Realidade. Cadernos de formação para trabalhadores, militantes, delegados e dirigentes de organizações populares”. Na capa deste caderno se lê o sugestivo slogan: “Por uma sociedade sem escravos ou excluídos. Por uma economia a serviço do povo. Pela unidade dos trabalhadores e dos pobres. Sem poder popular não há justiça social”!
Pérsico e Grabois completam esta ansiedade por recrutar e conscientizar militantes em favor do comunismo com outros três cadernos: “2) Nossa Organização”. “3) Nossos objetivos”. “4) Nossa luta”. Dentro desta tetralogia pró-marxista ambos autores propõem Che Guevara como modelo do militante generoso e entregado à causa revolucionária (Caderno 2, cap. 8, p.32).[2]
Ademais, dando a conhecer os métodos e táticas que devem ser postas em prática para lograr aquilo que definem como “O projeto revolucionário. Nosso objetivo estratégico”. Qual é a meta que se propõem? Muito simples, instaurar “a economia socialista para o século XXI”. Nesta seção pode ler-se os seguintes projetos de índole claramente comunista:
“Novo Justicialismo Econômico (bem-estar ou economia socialista do século XXI)
Queremos uma economia a serviço do povo, onde a riqueza e a renda se distribuam com justiça, onde o salário seja fonte de dignidade, onde não haja exploração nem exclusões.
Queremos uma economia onde as principais molas estão nas mãos do governo popular. Nossas minas, nosso petróleo, nossa terra, nosso comércio exterior, nosso transporte, nossos serviços públicos, nossa saúde, nossa educação e lazer são demasiado importantes para estar nas mãos do mercado.
Os trabalhadores podem gerenciar grandes fábricas, sem a necessidade de patrões como demonstram as empresas recuperadas, podemos distribuir os alimentos sem necessidade de intermediários que ficam com o leão, podemos cultivar o solo e cuidar do meio-ambiente se a terra se distribui em partes iguais.
Esta economia não vai contra a iniciativa privada, não pretende eliminar todo tipo de propriedade privada, mas em primeiro lugar por a economia a serviço das pessoas e não do dinheiro, por a propriedade a serviço da comunidade e não do lucro individual. Talvez assim algum dia logremos chegar a uma sociedade onde “todos contribuem de acordo com a sua capacidade e cada um recebe segundo suas necessidades”.
Nem nega o desenvolvimento da individualidade, que é muito distinto do individualismo. Nosso principal objetivo é que todos os companheiros possam desfrutar seu tempo para desenvolver-se como indivíduos, criar, amar, jogar, divertir-se, compartilhar com a família e amigos, apreciar a arte e a cultura, praticar esportes, contemplar o mundo, conhecer sua terra natal. Em muitos países está tentando desenvolver esta nova economia, comunista, cristã, humanista, solidária. No Equador, Bolívia e Venezuela, de distintas maneiras, se tenta avançar para uma nova ordem econômica onde não é o dinheiro mas as pessoas e as famílias é que estão no meio (Caderno 3, cap. 10, pp. 35-37).[3]
Mas também em Cuba, Equador, Bolívia e Venezuela, pode ser visto, embora não de uma maneira muito distinta, os estragos que causam uma economia socialista, de capitalismo estatizado, onde, em nome de erradicar a pobreza e a desigualdade se multiplicam de maneira exponencial os pobres e as desigualdades, que passam a se tornar pretexto para que ditadores ferozes varram a liberdade, a democracia e os direitos humanos.
Estes são países cujos governos contam com o apoio e beneplácito do Papa Francisco, seguros que, por intermediação de socialistas como Grabois, ele fornece munição aos ateus convictos e confessos como Maduro, Correa e Morales para realizar um dos seus sonhos mais afeiçoados pelo comunismo ateu: acabar com a Igreja Católica tradicional.
"Mas Jesus, voltando-se para ele, disse-lhe: Afasta-te, Satanás! Tu és para mim um escândalo; teus pensamentos não são de Deus, mas dos homens"! (São Mateus 16, 23)
Referências:
[1] https://denzingerbergoglio.com/los-comunistas-nos-han-robado-la-bandera-la-bandera-de-los-pobres-es-cristiana-asi-que-cuando-hablan-se-les-podria-decir-vosotros-sois-cristianos/
[2] http://www.ctepargentina.org/descargas/2.pdf
[3] http://www.ctepargentina.org/descargas/3.pdf
Fonte: FactorMM.com via Blog Mãe da Salvação
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Nota de www.rainhamaria.com.br
ESTES SÃO OS FRUTOS DO MARXISMO COMUNISTA (SOCIALISTA)
UMA GRANDE DESTRUIÇÃO DE POVOS!!
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