23.10.2016 - Hora desta Atualização - 22h55
Helena Kowalska (Sóror Maria Faustina em religião) nasceu num lar camponês em Glogowiec, município de Lodz (atualmente Swinice Warckie, Konin), na Polônia, em 25 de agosto de 1905, quando a região estava anexada ao império russo, o qual favorecia o cisma dito ‘ortodoxo’ e hostilizava o catolicismo.
Entrou para a vida religiosa em 1924 na Congregação das Irmãs de Nossa Senhora da Misericórdia. Seu confessor, Beato Miguel Sopoćko, exigiu de Santa Faustina que ela escrevesse as suas vivências em um diário espiritual. Este diário compõe-se de alguns cadernos, com algumas centenas de páginas, contendo a descrição das suas vivências místicas. Faleceu como religiosa professa no convento da Congregação das Irmãs da Bem-aventurada Virgem Maria da Misericórdia, na cidade de Cracóvia, em 5 de outubro de 1938, aos 33 anos de idade.
Visões: Estradas que conduzem ao inferno e ao Céu
Um dia eu vi duas estradas: uma estrada larga, coberta de areia e flores, cheia de alegria, música e vários passatempos. As pessoas andavam por essa estrada dançando e se divertindo. E assim chegam até o fim sem perceberem que acabou.
No final dessa estrada havia um espantoso precipício, isto é, o abismo do inferno. As almas caíam cegamente naquela voragem, assim que iam chegando e se precipitavam dentro.
E era um número tão grande, era impossível contá-las.
E eu vi uma outra estrada, ou melhor, uma senda, porque era estreita e cheia de espinhos e pedras, e as pessoas que caminhavam por ela tinham lágrimas em seus olhos e estavam cheias de dores. Algumas caíam sobre as pedras, mas se levantavam imediatamente e prosseguiam.
E no final da estrada havia um estupendo jardim cheio de toda forma de felicidade e todas essas almas entravam nele. Imediatamente, desde o primeiro instante, esqueciam as suas dores” (páginas 82-83).
Visão do inferno: Nosso Senhor manda escrever o que vi
Durante os exercícios espirituais de oito dias, em 20 de outubro de 1936, a Santa relatou ter descido ao inferno por expressa vontade de Deus para contar o que ali assistiu. Hoje, sob a orientação de um anjo, eu estive nos abismos do inferno. É um lugar de grandes tormentos em toda a sua extensão assustadoramente grande.
Estas são as várias penas que eu vi:
A primeira pena que constitui o inferno é a perda de Deus;
A segunda, os constantes remorsos de consciência;
A terceira, a consciência de que esse destino nunca vai mudar;
A quarta pena é o fogo que penetra na alma mas não a aniquila; é um terrível castigo: é um fogo puramente espiritual, aceso pela ira de Deus;
A quinta pena é a escuridão contínua, um horrível fedor sufocante e, embora seja tudo escuro, os demônios e as almas condenadas se veem entre si e veem todo o mal dos outros e o próprio;
A sexta pena é a companhia constante de Satanás;
A sétima pena é o tremendo desespero, o ódio a Deus, as pragas, as maldições, as blasfêmias.
Estas são as punições que todos os condenados sofrem juntos, mas este não é o fim dos tormentos. Existem tormentos especiais para diferentes almas, que são os tormentos dos sentidos.
Cada alma é atormentada de uma maneira terrível e indescritível por onde pecou. Há cavernas horríveis, voragens de tormentos, onde cada tortura é diferente da outra. Eu teria morrido à vista daquelas horríveis torturas, se não me sustentasse a onipotência de Deus.
Que o pecador saiba que será torturado durante toda a eternidade pelo sentido com o qual peca.
Eu escrevo isso por ordem de Deus, de modo que nenhuma alma se justifique dizendo que o inferno não existe, ou que ninguém nunca foi, ou que ninguém sabe como ele é.
Eu, Irmã Faustina, por ordem de Deus, estive nas profundezas do inferno, com a finalidade de contar às almas e dar testemunho de que o inferno existe. Eu não posso falar sobre isso agora. Tenho ordens de Deus para deixá-lo por escrito.
Os demônios mostraram um grande ódio contra mim, mas por ordem de Deus tinham que me obedecer.
O que eu escrevi é uma pálida sombra das coisas que eu vi. Uma coisa que notei, é que a maioria das almas que estão lá, são almas que não acreditavam que havia um inferno. Quando voltei a mim, não conseguia me recuperar do susto pensando que lá as almas sofrem tão terrivelmente, por isso eu rezo com mais fervor pela conversão dos pecadores, e invoco incessantemente a Misericórdia de Deus para eles.
Ó meu Jesus, prefiro agonizar até o fim do mundo nas maiores torturas, do que Vos ofender com o menor dos pecados (páginas 276-277).
Fonte: www.mulhervestidadesol.com.br (visita recomendada)
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