Maria Valtorta, mística italiana, que teve revelações de Jesus: Peço um movimento de fé, e um de amor. Abri o coração para a fé. Abri o coração para o amor. Daí para terdes. Começai a amar os irmãos. Sabei ter misericórdia


21.08.2016 - Hora desta Atualização - 18h33

Nota de www.rainhamaria.com.br

A Igreja Católica define de forma muito clara (CIC 65, 66) que a revelação pública, oficial, está concluída e é a que vemos nos livros canônicos da Bíblia. Corresponde à fé cristã compreender gradualmente seu conteúdo.

Isso não impede que haja revelações privadas (CIC 67), que não melhoram nem completam a Revelação definitiva de Cristo, mas sim podem ajudar a vivê-la mais plenamente em uma determinada época histórica. Ou seja, pode haver livros inspirados, mas não canônicos.

O especialista François Michel Debroise nos dá uma informação muito completa sobre o tema.

Maria Valtorta, mística italiana falecida em 1961, foi um exemplo de alma extraordinária com vida extraordinária. Foi uma das 18 grandes místicas marianas. Aos 23 anos, um anarquista a espancou com uma barra de ferro, deixando-a com limitações físicas. Ficou 9 anos de cama. E uniu todas as suas dores à paixão de Jesus.

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Seu confessor, ao ver a grandeza dessa alma, pediu-lhe que escrevesse sua biografia. Tudo isso aconteceu em plena guerra mundial. Depois de escrever sua biografia, de 1943 a 1950, ela começou a receber uma série de visões, que transcreveu em 17 volumes, entre eles sua obra mais conhecida e polêmica: “O Evangelho como me foi revelado”. Em 4800 páginas, ela relata a vida de Cristo, dia a dia.

O Papa Paulo VI apoiou a leitura da obra de Maria Valtorta, assim como o Padre Pio. A Madre Teresa de Calcutá era uma leitora assídua dos seus escritos. A celebração dos 50 anos da morte de Maria Valtorta foi acompanhado por altas personalidades da Igreja.

Do ponto de vista histórico, os biblistas se surpreendem com como uma pessoa que não teve estudos possa ter um conhecimento tão detalhado.

O leitor desta narração fica preso, porque a obra o introduz nas cenas da vida de Jesus como um espectador presente. É uma narração extraordinária do ponto de vista teológico, histórico e científico. (Fonte: Aleteia)

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Peço um movimento de fé, e um de amor. Abri o coração para a fé. Abri o coração para o amor. Daí para terdes. Começai a amar os irmãos. Sabei ter misericórdia.

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Diz Jesus:

“A misericórdia abre as portas para a graça. Sede misericordiosos, e obtereis misericórdia. Todos os homens são pobres em alguma coisa, uns em moedas, outros em afetos, outros na liberdade, outros na saúde. E todos os homens têm necessidade da ajuda de Deus, que criou o universo, e que pode como único Rei, socorrer aos seus filhos.”

Ele faz uma pausa, como para dar tempo aos ouvintes de escolherem se vão querer ouvir, ou se querem ir aos banhos. Mas os banhos são deixados de lado pela maior parte. Israelitas se aglomeram para ouvir, e alguns romanos escondem sua curiosidade com uma brincadeira dizendo: “Hoje não falta nem um reitor, para fazer deste lugar umas termas romanas.”

...Jesus continua. “Ontem me foi dito: “É difícil fazer isso que Tu fazes.” Não. Não é difícil. A minha doutrina se fundamenta no amor, e o amor não é difícil se ter. Que é que prega a minha doutrina-- O culto de um verdadeiro Deus, e o amor ao nosso próximo. O homem esse eterno menino, tem medo das sombras, e segue as quimeras, porque não conhece o Amor.

O Amor é sabedoria e luz.

É sabedoria, porque desce para instruir.

É luz porque vem para iluminar.

Lá onde há luz, cessam as sombras, e onde há sabedoria, morrem as quimeras. Entre os que escutam há gentios. Esses dizem: “Onde está Deus?” Dizem: “ Tu me garantes que o teu Deus seja o verdadeiro?” Dizem: “Com que nos garantes que és verdadeiro em Tuas palavras?” Não são somente os gentios que dizem isso. Outros também me perguntam: “Como podes fazer estas coisas?” Com o poder que me vem do Pai, que colocou todas as coisas a serviço do homem, sua criatura predileta, e que me manda instruir os homens, meus irmãos. Pode o Pai, que deu às vísceras deste solo o poder de tornar medicinais as águas das fontes, ter delimitado o poder do seu Cristo? E quem como Deus, a não ser o Deus verdadeiro, pode conceber ao Filho do homem, que faça os prodígios que criam os membros destruídos? Em que templo de ídolos já se viu cegos recuperando a vista, paralíticos o movimento, em qual deles já foram vistos moribundos que, diante do “eu quero” de um homem, surgem mais sãos do que os sãos? Pois bem. Eu, para dar louvor ao Deus verdadeiro, para fazer que Ele por vós seja conhecido e louvado, digo a estes aqui reunidos, seja qual for a sua raça e religião, que terão a saúde que vieram pedir às águas, mas a obterão de Mim, que sou a Água Viva, que dou a vida do corpo e do espírito a quem crê em Mim e pratica a misericórdia com reto coração.

Eu não peço coisas difíceis. Peço um movimento de fé, e um de amor. Abri o coração para a fé. Abri o coração para o amor. Daí para terdes. Daí aos pobres moedas, para terdes a ajuda de Deus. Começai a amar os irmãos. Sabei ter misericórdia. Dois terços de dentre vós estão doentes por causa do egoísmo e da concupiscência. Acabai com o egoísmo, refreai a concupiscência. Ganhareis em saúde física e em sabedoria. Abatei a soberba. E sereis beneficiados pelo verdadeiro Deus. Eu vos peço a esmola para os pobres, e depois vos farei o presente da saúde.”

E Jesus levanta uma aba do manto, e a estende para receber as esmolas. São muitas moedas que os pagãos e os israelitas se apressam em jogar-lhe. E não são somente moedas é que lhe são dadas, mas também anéis e outras jóias jogadas despreocupadamente pelas mulheres romanas que, ao chegarem perto de Jesus, ficam olhando para Ele, e algumas murmuram certas palavras que Jesus aprova ou responde brevemente.

A oferta terminou. Jesus chama os apóstolos para que conduzam até Ele os mendigos e, com a mesma rapidez com que aquele pecúlio se havia formado, eis que ele desaparece até a última moeda. Sobram as jóias, que Ele devolve às doadoras, porque no lugar não há quem as admira, trocando-as por moedas. E, para consolar as doadoras, Ele lhes diz: “O desejo tem o mesmo valor que o ato. A oferta feita é preciosa, como se tivesse sido distribuída, porque Deus vê o pensamento do homem.”

Depois, Ele se põe de pé e grita: “De quem me vem o poder? Do verdadeiro Deus. Pai, faze que resplendas no teu Filho. Em teu Nome, Eu ordeno às doenças: ide-vos embora!”

E já são muitas as vozes dos doentes que se levantam sãos, dos aleijados que se põem de pé, dos paralíticos que se movem, do encherem-se de vida e cor os rostos, dos olhos que agora brilham, dos gritos de Hosana, das felicitações entre os romanos, entre os quais há duas mulheres e um homem que ficaram sãos, e querem imitar os curados de Israel, e, não conseguindo ainda humilhar-se como os hebreus, beijando os pés do Cristo, se inclinam, pegam uma das abas do manto e a beijam.

Depois, Jesus se afasta dali, e vai saindo do meio do povo. Mas não consegue sair, porque, a não ser um ou outro gentio, ou algum hebreu ainda culpavelmente obstinado, todos o vão acompanhando pela estrada que vai para Tariquéia.

(de Jesus à Valtorta, Vol. 7, pgs.229 e 230)

Fonte: www.provasdaexistenciadedeus.blogspot.com.br  (do amigo Antonio Calciolari)

 

Diz na Sagrada Escritura:

"Haverá juízo sem misericórdia para aquele que não usou de misericórdia. A misericórdia triunfa sobre o julgamento. De que aproveitará, irmãos, a alguém dizer que tem fé, se não tiver obras? Acaso esta fé poderá salvá-lo? Se a um irmão ou a uma irmã faltarem roupas e o alimento cotidiano, e algum de vós lhes disser: Ide em paz, aquecei-vos e fartai-vos, mas não lhes der o necessário para o corpo, de que lhes aproveitará? Assim também a fé: se não tiver obras, é morta em si mesma. Mas alguém dirá: Tu tens fé, e eu tenho obras. Mostra-me a tua fé sem obras e eu te mostrarei a minha fé pelas minhas obras". (São Tiago 2, 13-18)

 

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